terça-feira, 20 de dezembro de 2011

EM GUARDA PARA A DEFESA DAS AMÉRICAS








                                 

Na minha adolescência, durante a Segunda Guerra Mundial, eu trabalhava numa farmácia em minha cidade natal, Lages, Estado de Santa Catarina. Eu acompanhava a guerra através de uma revista que era distribuída gratuitamente, sob o título: Em Guarda para a Defesa das Américas. A referida revista era publicada pelo governo americano e tinha por objetivo unir os povos das Américas contra os países do Eixo. Na verdade, os americanos precisavam da cooperação de todos, principalmente das matérias primas que alimentavam sua gigantesca indústria bélica. A revista era muito bem impressa, pelo sistema de rotogravura,  e trazia reportagens sobre a guerra, cenas de combate, vitórias dos aliados, matérias sobre os grandes generais americanos, como George S. Patton. Em Guarda era publicada em português e também em espanhol, distribuída em diversos países sul-americanos. Foi através dela que eu me informava sobre o que acontecia no mundo lá fora, durante a grande guerra, cujas consequências sentíamos nos longínquos campos de Lages, pois havia racionamento de carne e de outros produtos, principalmente de gasolina, com o surgimento dos carros a gasogênio que trafegavam lentamente pelas estradas do interior, movidos a carvão vegetal, cuja combustão produzia o gás que alimentava os motores dos diversos tipos de veículos.
A cooperação brasileira com os americanos era evidente, principalmente pela cessão pelo governo brasileiro da base aérea de Natal através da qual os americanos fizeram uma verdadeira ponte aérea para o Norte da África para abastecer os aliados durante o conflito. Era um projeto gigantesco que movimentava em torno de 500 aeronaves por dia que seguiam carregados de armas e munições, além de alimentos,  rumo ao continente africano. A seguir, o Brasil entrou na guerra com o envio da Força Expedicionária Brasileira que lutou na Itália, ao lado de americanos e aliados.
E existia um outro grande projeto de mútua cooperação entre os dois países, do qual pouco se fala e que tinha por objetivo a produção de alimentos. Para tanto, um grupo de agrônomos brasileiros  foi levado aos Estados Unidos para ali absorverem as mais avançadas práticas agrícolas. Os americanos sabiam que, se a guerra se prolongasse além do ano de 1945, eles não teriam mais condições de produzir alimentos em quantidade suficiente para abastecer a Europa devastada. O Brasil, então, foi escolhido para participar desse esforço de guerra, com o aproveitamento de suas imensas áreas agricultáveis. Conheci um agrônomo que, àquela época, fez parte da equipe que  foi enviada aos Estados Unidos e me disse que o projeto era grandioso e faria o Brasil dar um gigantesco salto na sua produção de alimentos, fato que só iria acontecer quase meio século depois.
A revista Em Guarda foi o retrato de uma época.






LIVROS PARA SEUS MOMENTOS DE LAZER
 O FILHO DE ANITA, VENDER É PRECISO, OPERAÇÃO KAABA, AS TORRES DAS TRÊS VIRTUDES E  MENINO TROPEIRO
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O FILHO DE ANITA -   Uma história que beira o fantástico. Um rico fazendeiro que  incorpora o Malvado, desenvolve um intenso trabalho para seduzir uma bela jovem, Anita, criando situações inusitadas. A história reúne frades, médicos, vaqueiros, mulheres inteligentes e o povo simples dos vilarejos. E tem um final surpreendente. Só lendo, para crer. Mas, se você é impressionável, compre o livro, mas não leia, para não perder o sono. Deixe que outros o leiam.

VENDER É PRECISO-  Um livro para treinamento de vendedores e empresários, mostrando as melhores técnicas de vendas, desenvolvidas no país e no exterior. Agora, em segunda edição.

OPERAÇÃO KAABA - Uma  história extraordinária, que se passa no ano de 2045, num conflito internacional de graves consequências e o sequestro de um papa por terroristas islâmicos. O livro fala do surgimento de uma nova ordem religiosa - os Novos Templários, em cujos votos está, agora incluído, o voto de Preservação, com o objetivo de minorar os graves  problemas ambientais que surgirão no futuro. A história envolve terroristas, jornalistas, políticos, fanáticos religiosos, personagens do clero e a figura de um papa - Pedro Paulo I, além de uma bela jovem que dá um colorido especial à narrativa.

AS TORRES DAS TRÊS VIRTUDES- livro dividido em duas partes. A primeira se passa num seminário, com a narrativa de fatos vivenciados pelo autor em sua juventude, mostrando como se desenvolvia a vida de um jovem, baseada no estudo, no trabalho e na oração, além das atividades esportivas. A segunda parte é vivida pelo herói da narrativa, na fazenda de seu pai, onde impera a corrupção, a violência e a lei da Winchester.

MENINO TROPEIRO - é a biografia da infância do autor, filho de um professor primário,  que dava aulas em povoados do Planalto Catarinense. Aulas para 4 turmas, simultaneamente, com a maioria dos alunos vindos das propriedades agrícolas. Eles não tinham condução, como os  alunos atuais. Vinham a pé, na escola não havia refeições e, à tarde voltavam para casa e pegavam uma enxada para ajudar os pais no trabalho das lavouras. Eram outros tempos.

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Você que faz parte dos quase 200 mil leitores do meu blog com quase 180 mil inserções, num trabalho de  15 anos, infelizmente não compra os meus livros. Estou quase desistindo, mas se comprar, não vai se arrepender. Se achar caro o preço da versão impressa, compre a versão e-book, pela metade do preço e receba o livro pela internet.

O Autor

 









 







             

2 comentários:

  1. Muito bom seu post! Eu ainda muito criança acompanhei o desenrolar da 2ª Guerra, em Barbacena, Minas Gerais, ouvindo as noticias num rádio de ondas curtas e "lendo" a revista Em Guarda Para a Defesa das Américas. Naquela época, fiz inúmeros desenhos de episódios que vi e miniatura de armas. Sob a influência desse material de propaganda tornei meio americanófilo e adquiri alguma formação militar. Seu texto me trouxe boas memórias.

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  2. Moro em Mogi das Cruzes, perto de Sampa, encontrei uma coleção de revistas Em Guarda na Estação e elas são interessantíssimas. Nascí em 1970, assistí a muitos filmes da 2ª Guerra e escutei muitos relatos de parentes que eram crianças nessa época.

    Abraços.

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