- Cena de destruição no centro do Rio de Janeiro, provocada pela revolta da Vacina
No momento em que o mundo sofre diante do perigo do coronavirus, todos correm em busca de uma vacina para nos livrar desse terrível mal. E quando sair a primeira vacina, multidões se formarão em filas em busca da prevenção contra o terrível mal. Mas nem sempre foi assim. No Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro, quando foi criada a vacina contra a varíola, obrigando o povo a se vacinar, houve uma tremenda revolta, apoiada pela opinião pública, políticos e imprensa. Vejamos o relato feito pela revista NOSSO SÉCULO, uma extraordinária publicação da Editora Abril do ano de 1980.
" A 31 de outubro de 1904, por iniciativa de Oswaldo Cruz, o congresso aprovou a lei que tornava obrigatória a vacina contra a varíola. Aplicada com êxito na Europa, a vacina era desconhecida do povo brasileiro e encarada com desconfiança. A imprensa atiçava os ânimos, fazendo correr boatos de que a vacina, em vez de imunizar, provocaria a varíola. E as Brigadas Sanitárias, acompanhadas de policiais, entravam nas casas e vacinavam seus ocupantes a força.
No dia 10 de novembro, o descontentamento popular explodiu numa revolução. Por mais de uma semana, as ruas centrais da capital federal encheram-se de barricadas. Bondes foram incendiados, lojas foram depredadas e saqueadas, e postes de iluminação foram destruídos. A Escola Militar da Praia Vermelha aliou-se ao povo, comandados por altos escalões do exército. Os alunos saíram armados à rua, enquanto o prédio era bombardeado por navios fiéis ao Governo. Morreram centenas de pessoas. O que haveria por trás disso?
Em primeiro lugar, uma razão política: os positivistas, civis e militares, que junto com Deodoro e Floriano, haviam proclamado a República e participado de sua direção nos primeiros anos, tinham sido alijados pelos cafeicultores de São Paulo, que impunham seus políticos ao Governo.
De outro lado, a política de saneamento econômico de Campos Salles reerguera as finanças do país, mas causara o rápido aumento do custo de vida das cidades. Os pobres tornavam-se cada vez mais pobres, e mais abertos à pregação antigovernamental. A vacina obrigatória foi o estopim. Com a imprensa a seu serviço, os positivistas a chamavam de "violadora dos lares" e "túmulo da liberdade". Aproveitando-se da revolta popular, políticos como o senador Lauro Sodré e militares como o general Travassos pretendiam derrubar o Governo. Lauro Sodré seria "proclamado ditador". Mas a revolução frustrou-se.
Ameaçado, o Governo agiu rápido e com dureza. Tropas federais foram chamadas para atacar os revolucionários e percorreram os cortiços, capturando não apenas os que haviam participado do motim, mas todos aqueles encontrados desocupados. E enfiou-os todos, sem ouvi-los, em porões de navios, despachando-os para o Território do Acre, que o Brasil acabava de conquistar da Bolívia. Terminava o levante positivista. Começaria a vacinação em massa da população carioca. Em alguns meses, a varíola desapareceria do Rio."
“A lei da vacina obrigatória é uma lei morta.(...)
Assim como o direito veda ao poder humano invadir-nos a consciência, as “A lei da vacina obrigatória é uma lei morta.(...)
sim lhe veda transpor-nos a epiderme. (...) Logo não tem nome, na categoria dos crimes do poder, a temeridade, a violência, a tirania, a que ele se aventura, expondo-se, voluntariamente, obstinadamente, a me envenenar, com a introdução, no meu sangue, de um vírus, em cuja influência existem os mais fundados receios de que seja condutor da moléstia, ou da morte”.
(Discurso de Ruy Barbosa no Senado.)
O presidente Jair Messias Bolsonaro pode se consolar, porque Ruy Barbosa, o baiano mais famoso, também não acreditava em vacina. Como dizem os italianos: cáspite!
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