Judas vendeu seu mestre por trinta moedas de prata e, com
um beijo, o entregou a seus algozes.
Os fenícios, por exemplo, eram grandes mercadores e levaram seus produtos aos portos do Mediterrâneo. Chegaram à costa atlântica da Espanha e fizeram a viagem de circum-navegação da África, por volta do ano 600 aC. Eles vendiam pratos e vasos de ouro, prata e bronze, garrafas de marfim, cerâmica fina, perfumes, unguentos, lãs, tecidos de linho e também armas.
A expansão do império romano certamente contribuiu para o desenvolvimento do comércio em larga escala.
A primeira venda de que se tem notícia aconteceu ainda no paraíso, quando a serpente vendeu a Adão e Eva a famosa maçã, fruto da árvore proibida, usando falsos argumentos. Eles comeram a maça e só então perceberam que foram enganados por aquele vendedor ardiloso e se deram mal. Essa venda hoje seria chamada de venda em sentido lato, ao contrário da venda em sentido estrito.
Outra venda desastrada, relatada na Bíblia, foi feita por Esaú, que vendeu ao irmão Jacó o seu direito à primogenitura, em troca de um prato de lentilhas. O comprador, Jacó, foi muito esperto, enquanto Esaú, obcecado pela fome, abriu mão de seus direitos à herança do pai, Isaac.
Mais tarde, o próprio Jacó foi vítima de outro vendedor esperto, Labão, que lhe vendeu a filha Raquel em troca de servidão de sete anos e depois mais sete.
E os filhos de Jacó não tiveram dúvida e venderam como escravo o irmão José, conhecido como José do Egito, que se destacou na corte do Faraó.
Também temos na Bíblia a história daquele outro vendedor que vendeu seu Mestre por 30 moedas de prata e mudou o curso da história, não chegando mesmo a usufruir do pagamento.
No início do século XVI, conhecemos um negócio que deu muito o que falar, quando o Papa Leão X instituiu a venda das indulgências para levantar fundos para a construção da basílica de São Pedro. Segundo os vendedores, a cada pagamento das indulgências, o comprador tinha automaticamente seus pecados perdoados. Esses vendedores percorriam a Europa de Norte a Sul, oferecendo sua mercadoria e arrecadando milhões para as obras de Leão X. Tal procedimento provocou a ira de Lutero, estabelecendo-se um grande cisma religioso e o surgimento do protestantismo, com graves consequências políticas e religiosas para todo o continente europeu, com a diminuição do poderio papal que, pela primeira vez, sofria contestação.
E o homem chegou ao cúmulo de vender seu semelhante. Era o flagelo da escravidão.
Nas sociedades primitivas, quando o número de produtos a serem trocados ainda era limitado, as trocas se realizavam por escambo, isto é, os produtos eram diretamente comercializados pelo povo em geral. Trocavam-se peles por cerâmica, sal por conchas, tecidos por animais.
Com o aumento de produtores e de produtos, para facilitar as transações, começaram a ser criadas as primeiras moedas, como por exemplo, o sal, do qual se derivou a palavra salário. Também o gado era usado como moeda. Gado em latim é pecus, de onde veio a palavras pecúnia, que significa dinheiro.
Nas sociedades mais avançadas começaram a circular as moedas feitas de metais, como cobre, prata e ouro. E o dinheiro se tornou tão importante que reis e monarcas mandaram gravar a sua efígie numa de suas faces.
Na Idade Média surgiram os artesãos que produziam mercadorias sob encomenda e, em troca, recebiam um pagamento em dinheiro, geralmente, moedas de ouro. Na produção artesanal, cada produto atendia às exigências do comprador que, de maneira geral, acompanhava as etapas de fabricação do mesmo, adequando-os às suas exigências pessoais. Eram roupas, calçados, móveis, armas, carruagens, joias e até palácios e castelos.
Modernamente, o mundo se transformou num grande mercado global.
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Que incrível, acabei de ler um post sobre espartanos que é de 2012, mesmo assim, o blog continua de pé. Isso é muito bom.
ResponderExcluirMuito obrigado pelo comentário!
ResponderExcluirRH Souza