sábado, 23 de julho de 2022

VENDER É UMA ATIVIDADE INERENTE À NATUREZA HUMANA, MAS VEJAMOS ALGUMAS VENDAS DESASTRADAS REGISTRADAS PELA HISTÓRIA




               Mercado na Roma antiga, onde se vendia de tudo


A  atividade de vendas é tão antiga quanto o homem. Ao se organizar em sociedade, o homem  precisava trocar aquilo que produzia por outros produtos de que precisava. Esse sistema, denominado escambo, era uma atividade de vendas, durante a qual os envolvidos desenvolviam suas habilidades para defender as qualidades de seus produtos.

Certamente que o progresso de muitos povos foi o resultado de grandes negócios efetuados no decurso de sua história. Os fenícios, por exemplo, eram grandes mercadores e levaram seus produtos aos portos do Mediterrâneo. Chegaram à costa atlântica da Espanha e fizeram a viagem de circum-navegação da África, por volta do ano 600 aC. Eles vendiam pratos e vasos de ouro, prata e bronze, garrafas de marfim, cerâmica fina, perfumes, unguentos, lãs, tecidos de linho e também armas.

A expansão do império romano certamente contribuiu para o desenvolvimento de comércio em larga escala.

A primeira venda de que se tem notícia aconteceu ainda no paraíso, quando a serpente vendeu a Adão e Eva a famosa maçã, fruto da árvore proibida, usando falsos argumentos. Eles comeram a maça e só então perceberam que foram enganados por aquele vendedor ardiloso e se deram mal. Essa foi uma venda em sentido lato, como entendemos hoje.

Outra venda  desastrada,  relatada  na  Bíblia,  foi feita por Esaú, que vendeu ao irmão Jacó o seu direito à primogenitura, em troca  de  um  prato  de  lentilhas. O comprador, Jacó, foi muito esperto, enquanto Esaú, obcecado pela fome, abriu mão de seus direitos à herança do pai, Isaac. Mais tarde, o próprio Jacó foi vítima de outro vendedor esperto, Labão, que lhe vendeu a filha Raquel em troca de servidão de sete anos e depois mais sete. E os filhos de Jacó não tiveram dúvida e venderam como escravo o irmão José, conhecido como José do Egito, que se destacou na corte do Faraó.

Também temos na Bíblia a história daquele outro vendedor, Judas,  que vendeu seu Mestre por 30 moedas de prata e mudou o curso da história, não chegando mesmo a usufruir do pagamento.

No início do século XVI, conhecemos um negócio que deu muito o que falar, quando o papa Leão X instituiu a venda das indulgências para levantar fundos para a construção da basílica de São Pedro. Segundo os vendedores, a cada pagamento das indulgências, o comprador tinha automaticamente seus pecados perdoados. Esses vendedores percorriam a Europa de Norte a Sul, oferecendo sua mercadoria e arrecadando milhões para as obras da basílica. Tal procedimento provocou a ira de Lutero, estabelecendo-se um grande cisma religioso e o surgimento do protestantismo, com graves consequências políticas e religiosas para todo o continente europeu, com a diminuição do poderio papal que, pela primeira vez, sofria contestação.

(Texto extraído do livro Vender é Preciso).







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