Edgar Cayce, ( 1877-1945) conhecido como o profeta adormecido, fazia suas profecias em estado adormecido, sendo que uma taquígrafa estava sempre a seu lado para transcrever para o papel as suas predições. E essas foram em número de 14 mil, pelas quais ele não recebia um tostão. Sobre a Antártica, o continente gelado, ele disse que um dia nela cresceria uma vegetação verde, como está acontecendo agora, segundo os noticiários da imprensa, como verificamos na foto. Leia o texto que segue.
Scripta e Virtual
O blog da cultura e do conhecimento. Inicio com trecho do poema de Gonçalves Dias, Y- Juca Pirama: - Assim, o Timbira, coberto de glória/ Guardava a memória/ Do moço guerreiro, do velho tupi./ E à noite nas tabas,/ se alguém duvidava/ Do que ele contava/ Dizia prudente:“Meninos, eu vi”. Eu também vi muita coisa e vou contar, neste blog, para vocês. Por favor, faça seus comentários e torne-se um seguidor de meu blog. E-mail do autor: vsom01@yahoo.com.br
sábado, 6 de dezembro de 2025
MAIS UMA PROFECIA DE EDGAR CAYCE QUE ESTÁ SE CONCRETIZANDO
Edgar Cayce, ( 1877-1945) conhecido como o profeta adormecido, fazia suas profecias em estado adormecido, sendo que uma taquígrafa estava sempre a seu lado para transcrever para o papel as suas predições. E essas foram em número de 14 mil, pelas quais ele não recebia um tostão. Sobre a Antártica, o continente gelado, ele disse que um dia nela cresceria uma vegetação verde, como está acontecendo agora, segundo os noticiários da imprensa, como verificamos na foto. Leia o texto que segue.
terça-feira, 18 de novembro de 2025
HISTÓRIAS HILÁRIAS RELATADAS NO LIVRO MENINO TROPEIRO, QUE DIVERTIAM A GAROTADA
Os livros escolares traziam também histórias curiosas, como aquela do carpinteiro, proprietário de um serrote, cujo nome criado por ele era o vai-e-vem. Ele o emprestava aos vizinhos, com toda a boa vontade, mas algumas pessoas não devolviam a ferramenta no devido tempo e ele precisava buscá-la na casa do esquecido. Resolveu, então, não mais emprestar o seu instrumento de trabalho. Aos que insistiam, ele respondia com a seguinte frase: “Se o vai-e-vem fosse e viesse, o vai-e-vem ia, mas, como o vai-e-vem vai e não vem, o vai-e-vem não vai.”
Dois
amigos, José e Antônio, viajavam a cavalo por uma estrada. Enquanto
conversavam, um deles, Antônio, o mentiroso, falou para o outro:
–
Sabe, José, lá na minha terra uma vez nós encontramos um sapo que era do
tamanho de um boi...
–
Do tamanho de um boi, Antônio? Como isso é possível?
–
Juro que é verdade – retrucou o outro.
Cavalgaram
mais um pouco e José falou para o com-panheiro:
–
Estás vendo aquela ponte lá em baixo, Antônio?
–
Sim, mas o que tem a ponte?
– O
pessoal daqui conta que ela despenca no rio toda vez que por ela passa um
mentiroso.
–
Deve ser besteira...
–
Não é besteira, não. Já caiu duas vezes e o povo teve que reconstrui-la.
– E
os mentirosos?
–
Ora, foram levados pelas águas do rio.
Andaram
mais um pouco e o mentiroso voltou-se para o companheiro e falou:
–
Aquele sapo de que lhe falei, amigo, acho que não era do tamanho de um boi, mas
talvez do tamanho de um terneiro... de um terneiro não muito grande.
–
Faz sentido...
Os dois amigos continuaram cavalgando, enquanto a ponte ficava
mais próxima. Antônio, o mentiroso, dava
mostras de nervosismo. Voltou-se
novamente para o amigo e acrescentou:
–
Sobre aquele sapo que te falei... ele não era tão grande como pensei. Talvez
fosse do tamanho de um leitão ou de um galo...de um galo não muito grande.
O
companheiro ouviu e nada falou. Já estavam para entrar na ponte, quando o
mentiroso segurou as rédeas da montaria e concluiu:
–
Devo confessar, meu amigo: aquele sapo, na verdade, tinha mesmo o tamanho de um
sapo. Era um sapo como outro qualquer. Acho que me enganei.
José
deu uma gargalhada e entrou com seu cavalo pela ponte, enquanto era seguido
pelo mentiroso, ainda muito nervoso.
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quarta-feira, 12 de novembro de 2025
O LIVRO OPERAÇÃO KAABA DESCREVE UMA CURIOSA INCURSÃO PELA SERRA DA MANTIQUEIRA
"Abdel
chegou à Fazenda Manga-Larga numa tarde de domingo, pois nesse dia a vigilância
nas estradas era praticamente nenhuma. Ficou acertado com o Khaled, o
comandante da Operação Kaaba, que ele subiria à Serra da Mantiqueira disfarçado
de cientista alemão, com o nome de Karl Wilhelm von Humboldt. Antes de viajar,
comprou roupas e material adequado para a escalada, sem esquecer, naturalmente,
dos equipamentos para suas pesquisas científicas, como
potentes máquinas fotográficas e
equipamento de gravação de alta sensibilidade para gravar o canto dos pássaros.
A
chegada de Fábio Abdel Aziz à fazenda foi comemorada pelos companheiros, Mara e
Fuad, pois a monotonia já tomava conta de suas cabeças. O proprietário, Nestor,
recebeu cordialmente o novo hóspede, pois fora informado pessoalmente pelo
Grão-Mestre da missão do terrorista. Quando falaram da excursão à Mantiqueira,
Nestor lhe disse que tinha um mateiro de absoluta confiança, que conhecia bem
os caminhos da serra, pois, em outros tempos, andara por lá à procura de uma
mina de pedras preciosas da qual seus antepassados muito falavam.
– E
encontrou a mina? – perguntou Abdel muito curioso.
– Encontrou umas pedrinhas sem grande valor,
mas sua experiência agora pode nos ser valiosa.
– Certamente! E quando posso conhecê-lo?
–
Amanhã vou mandar chamá-lo e faremos as apresentações. Seu nome é
Antônio...Antônio Godói. Ele poderá lhe ser de muita utilidade, pois a escalada
da serra será longa e difícil.
Numa
reunião entre os três guerrilheiros foram delineadas as ações a serem
executadas na Serra da Mantiqueira por Abdel e seu guia. Eles não poderiam
tentar a escalada próximo à cidade de Lorena, mas bem antes, para não serem
percebidos pelo posto da Polícia Federal na subida para o Mosteiro dos Novos
Templários. Ambos seriam levados por um furgão da fazenda e deixados na raiz da
serra, com seus equipamentos.
Enquanto
Abdel fazia a escalada da serra para traçar os caminhos para o ataque, Khaled
fotografaria do alto toda a região, além do mosteiro e áreas próximas.
Já
estávamos no mês de outubro e os dias eram mais quentes e foi na madrugada de
uma sexta-feira, que o furgão da fazenda deixou os dois excursionistas num
lugar ermo, na raiz da Mantiqueira. Abdel Aziz e Antônio Godói combinaram toda
a estratégia a ser desenvolvida , no caso de se
depararem com pessoas estranhas ou elementos da polícia ou do exército.
O mateiro alertou Abdel:
–
Vamos encontrar trechos de difícil acesso, muitas escarpas, com córregos, mata
fechada e outros obstáculos. Conheço algumas trilhas, que irão facilitar a
nossa escalada A cada 4 horas de caminhada, paramos para descansar. À noite,
vamos armar a barraca perto de algum córrego e acenderemos fogo para afugentar
os bichos.
–
Tem muita cobra ? – perguntou Abdel.
–
Tem todo tipo de cobra e precisamos tomar cuidado. É só não mexer com elas,
pois não atacam.
– O
sr. Nestor me disse que você andou atrás de pedras preciosas...
–
Sim, andei, mas achei pouca coisa e sem muito valor. Meu avô falava da
existência na Mantiqueira de uma grande mina de pedras preciosas. Quem
sabe, um dia ainda acharei essas pedras e ficarei rico.
Os
dois iniciaram a subida e Abdel logo sentiu as dificuldades da caminhada. Em
muitos trechos, o terreno era escorregadio e, em outros, precisavam andar
agarrados às cordas presas por Antônio em pedras ou em árvores para passarem
sobre os abismos.
Por
toda parte havia animais silvestres, pássaros em quantidade e répteis, o que
justificava a atividade de cientista a que Abdel se propunha. Pelo caminho, ele
fotografava os pássaros, gravava seus trinados e teve que explicar ao guia o significado
de sua “profissão” de ornitólogo.
Alcançar
o alto do paredão localizado atrás do Mosteiro dos Novos Templários a partir do
pátio próximo ao laboratório, era uma operação difícil, pois não havia trilha
de acesso. Para chegar ao alto era necessário o uso de cordas e material de
alpinismo e foi dessa maneira que o sargento do exército, Alfredo Duarte, com
mais cinco soldados, alcançaram o topo, onde montaram um posto de observação,
com o objetivo de detectar a chegada de qualquer suspeito através da floresta.
Lá do alto também podiam ver a paisagem ao longe e perceber a aproximação de
qualquer aeronave suspeita vinda em direção ao mosteiro. No local foram
instalados equipamentos de vigilância e
rastreamento e uma metralhadora ponto 50, protegida por uma barricada de sacos
de areia e voltada para a floresta. Os soldados usavam metralhadoras portáteis.
A Polícia Federal solicitara a ajuda do
exército na vigilância da floresta, porque ele dispunha de equipamentos
altamente sofisticados, que detectava sons e imagens a uma distância de até
dois quilômetros. Antenas foram levantadas acima das árvores e os equipamentos
de rastreamento estavam localizados numa grande barraca, onde dia e noite
ficavam dois operadores fazendo o monitoramento.
No
segundo dia de incursão de Abdel e Antônio Godói pela floresta, o operador de
radar do exército chamou o Sargento Duarte e informou que o equipamento
detectava a presença de duas pessoas a uma distância de dois quilômetros e que
vinham em direção ao mosteiro. Imediatamente, o sargento mandou que dois homens
bem armados se dirigissem ao encontro dos intrusos e se comunicassem com a base
através do rádio.
Os
dois soldados avançaram cautelosamente e, depois de algum tempo, avistaram os
dois indivíduos. Um, o “cientista” com barba e cavanhaque, vestindo roupa
cáqui, constituída de calça e um blusão tipo militar, cheio de botões, além de
botas, capacete, óculos pequenos, com aro de metal, portando uma máquina
fotográfica com potente objetiva. O outro, o assistente, carregava um microfone
na ponta de uma haste de metal e trazia nas costas uma grande mochila com
vários outros equipamentos.
Abdel,
ao perceber que ele e o companheiro eram observados, falou baixinho para
Antônio:
–
Levante o microfone e finja que faz uma gravação, enquanto que eu vou virar a
teleobjetiva para a copa das árvores para fotografar os pássaros. Faça tudo com
naturalidade e deixe que eu falo com eles. Os soldados se aproximaram e um
deles, de nome Jacinto, apontou a metralhadora na direção dos dois suspeitos e
ordenou:
–
Coloquem no chão os equipamentos e mãos
ao alto para serem revistados.
Abdel,
imitando o cientista alemão, retrucou:
–
Senhor zoldat por acaso me digas se é proibidas fotografiren pázaros do
floresta?
–
Mãos para cima ou atiramos! – gritou o soldado.
Os dois não pensaram duas vezes e arriaram no
chão os equipamentos, com as mãos para o alto, para serem revistados. Em
seguida, o soldado Jacinto mandou o colega carregar os equipamentos dos
suspeitos e ordenou que eles colocassem as mãos na cabeça e seguissem à frente,
em direção ao posto de observação.
Abdel
mantinha-se tranquilo, enquanto Antônio Godói demonstrava intenso nervosismo,
pois nunca passara por situação semelhante. Ao chegarem ao posto de comando, o
soldado Jacinto levou-os até o sargento Alfredo Duarte e falou:
–
Prendemos esses dois suspeitos lá no alto. Disseram que fotografavam pássaros e
gravavam seus cantos. Trouxe-os para serem interrogados.
Abdel
fixou o sargento e reagiu:
– Eu quer saber por
que eu e meu guias estar aqui presas. Nós não violar nenhum lei do naçón
brasileiras...
–
Acalme-se, amigo. Em primeiro lugar, me diga seu nome completo.
– Eu se chamar Dóctor Karl Wilhelm von
Humboldt... von, sargentas deve saber, em álemon significar orrigem nobre. Avô
meu, famosa duque do Saxônia. Eu, zientista, ornitólogas, pertencer a Instituto
Dresden para Pesquisas do Natureza. Esta é meu passaport e querer protestar com
raiva, muita raiva, contra meu prizón e de meu amigas Antonios Gódoi. Vocês
cometer um crime contra o ciências internacional.
O
sargento examinou o passaporte e não achou nenhuma irregularidade, mas era
preciso conferir. Afastou-se do posto e ligou para os agentes da Polícia
Federal de plantão junto ao mosteiro, forneceu os dados do passaporte do alemão
e pediu confirmação, enquanto mantinha detidos os dois suspeitos. Depois,
voltou à tenda e se dirigiu ao guia do “cientista” alemão:
–
Agora, vou conversar aqui com o amigo do nosso cientista. Nome e endereço, por
favor?
–
Meu nome – falou o guia com voz trêmula – é Antônio Godói e moro num sítio a
dez quilômetros da Dutra. O sítio não tem nome.
– E
por que trabalha como guia aí do alemão?
–
Porque eu conheço a Mantiqueira há muitos anos. Andei por aí atrás de uma mina
de pedras preciosas.
–
Pedras preciosas ?
–
Sim, mina de pedras preciosas, mas, infelizmente, não encontrei nada.
– E como conheceu o alemão?
–
Ele veio do Rio de Janeiro e andou aí pela Dutra à procura de um guia. Um
fazendeiro, que estava num posto de
gasolina se lembrou de meu nome e mandou me chamar. Como preciso de dinheiro,
aceitei na hora, pois o alemão paga bem.
–
Que meio de transporte trouxe o alemão até aqui?
Neste
ponto da conversa, Abdel, ou Karl Wilhelm, irônico, interferiu:
–
Eu vir no trenós do Papai Noel, Sargentas.
–
Sr. Karl Wilhelm, não estou aqui para brincadeiras. Quero saber como o sr. veio
do Rio de Janeiro até aqui, por favor?
–
Eu vir de ômnibas, sargentas...Descer no estrada, quando ver o Mantiqueirras.
Neste
ponto da conversa o telefone tocou e um agente da Polícia Federal informou ao
sargento Alfredo Duarte que, aparentemente, o passaporte do ornitólogo alemão
estava em ordem. Foi essa a informação fornecida por Brasília. E eram
aconselhados a soltarem o suspeito, pois não havia nenhum mandado de prisão
contra ele, assim como não era crime fotografar pássaros na floresta. Quanto à
existência do Instituto de Pesquisas, em Dresden, era preciso consultar o
Itamaraty e levaria algum tempo.
– O
sargento aproximou-se do “alemão” e informou que ele e seu guia
estavam livres, mas pediu que se afastassem do lugar, porque era área proibida.
Estava sob controle militar.
–
Proibidos por quê? Por acaso estamos num guerra, sargentas?
–
Não, sr. Karl Wilhelm von....
– Dóctor Karl Wilhelm von Humboldt, sargentas!
– Sim, Dóctor von
Humboldt! Não estamos em guerra, mas esta área é controlada agora pelo Exército
Brasileiro. Pode fotografar seus pássaros, mas longe daqui, bem longe.
Abdel
e Antônio Godói pegaram seus equipamentos e se afastaram lentamente em direção
ao alto da serra, pois de lá poderiam fotografar o mosteiro e arredores, com as
poderosas lentes de que dispunham, sem serem
perturbados pelo sargento Duarte e seus soldados. Antônio Godói quis
puxar conversa, mas Abdel o interrompeu, em voz baixa:
–
Não fale nada, porque eles têm microfones que captam ruídos a grandes
distâncias. E não olhe para trás, para não despertar suspeitas. Vamos nos
afastar e subir a serra até o pico mais alto.
Depois
de umas duas horas de caminhada, os dois excursionistas alcançaram o topo da
serra de onde tinham uma visão completa de uma vasta região do vale, com suas
cidades, uma em continuação a outra, formando o maior complexo industrial do
país, ligado pela Rodovia Presidente Dutra, com seu intenso movimento de
veículos. De lá podiam também observar o Mosteiro dos Novos Templários, construído
sobre um platô, cercado pela floresta. Abdel assestou seu potente binóculo
sobre a área do mosteiro e observou o movimento dos monges, que entravam e
saíam de uma construção ao fundo, que devia ser o laboratório de pesquisas. Na
frente do mosteiro, cinco a seis pessoas formavam um grupo, junto ao qual ele
identificou barricadas e armas de grosso calibre, como metralhadoras e até um
lança míssil. Próximo ao grupo, estava estacionado um grande helicóptero
militar. Animado, Abdel alertou o companheiro:
–
Está na hora do serviço fotográfico.
A
seguir, tirou da mochila sua máquina fotográfica de fabricação alemã, marca
Zeiss, com uma grande teleobjetiva, que podia fotografar a placa de um carro à
distância de mais de um quilômetro. Durante alguns minutos só se ouviam os clics da
máquina, que Abdel disparava com rapidez. De repente, parou de fotografar,
pegou novamente o binóculo e o assestou
sobre deter-minado ponto atrás do mosteiro. Então, acionou novamente o
obturador da câmera, agora, freneticamente, por diversas vezes. Em seguida, com
a euforia do caçador, que acabou de avistar sua presa, falou para o guia:
–
Acho que consegui um furo de reportagem. Acabei de fotografar um indivíduo de
certa idade, com roupas civis, escuras, passeando pelo gramado ao fundo do
Mosteiro.
– E
quem seria?
–
Acho que é o papa! Acho não, tenho certeza! Está com um livro na mão. Missão
cumprida, companheiro. Podemos voltar para casa. Auf viedersehen,
sargentas!
De
volta à Fazenda Manga Larga, Abdel se comunicou com Omar Khaled e lhe fez um
relato sucinto a respeito da incursão à Serra da Mantiqueira. Informou o
comandante da Operação Kaaba sobre a situação local, como armas fotografadas,
helicóptero, número de agentes federais e soldados do exército, que davam
proteção ao papa. Disse, inclusive, ter fotografado um indivíduo no jardim do
mosteiro, tudo indicando ser ele Pedro Paulo I. Satisfeito, Omar Khaled concluiu:
–
Excelentes informações você me fornece e elas irão me ajudar muito na
estratégia final. Por favor, transmita meus parabéns a esse Doctor Karl Wilhelm
von Humboldt pelo magnífico desempenho como ornitólogo alemão nesse trabalho de
pesquisa fotográfica dos pássaros da Serra da Mantiqueira.
segunda-feira, 3 de novembro de 2025
OS VENDEDORES E A EMPATIA COM O CLIENTE. MAS O QUE É EMPATIA?
Todos nós usamos
diariamente a técnica de influenciar as pessoas, quando queremos que alguém
aceite o nosso ponto de vista sobre determinado assunto. Usam e abusam dessas
técnicas os políticos, que pretendem vender aos eleitores os seus nomes para sufrágio nas urnas; os pregadores, que
procuram influenciar seus adeptos para que adotem os conceitos de sua doutrina;
os vendedores, que procuram influenciar as pessoas para que comprem o seu
produto.
Os psicólogos promoveram estudos
sobre a capacidade de influência que têm os vendedores e se perguntaram: Por
quê uns profissionais vendem mais e outros vendem menos? E chegaram à
seguinte conclusão: Para influenciar o cliente é necessário que se
estabeleça empatia com ele.
O que significa empatia?
Empatia é a aptidão de colocar-se no lugar de outra pessoa e sentir-se na
situação dessa outra pessoa, identificando-se com ela. É sinergia. Existe
empatia entre amigos, entre casais que vivem harmoniosamente, entre pessoas da
mesma religião, do mesmo clube, porque se estabeleceu uma identitade no modo de
pensar e agir dessas pessoas.
O vendedor precisa estabelecer
empatia com o cliente, deve colocar-se no lugar do cliente e se sentir como se
fosse o cliente. O vendedor deve racionar assim: se
alguém hoje viesse me oferecer este produto, como eu iria reagir, que respostas
eu daria, qual a minha
atitude diante desse profissional? O vendedor sabe que
os compradores
não são iguais,
sabe que cada um tem temperamento diferente. Uns se julgam
donos da verdade, outros não sabem
o que querem, são volúveis. E existem os tímidos, os
curiosos, os teimosos, os desconfiados. Se o vendedor estabelecer a empatia com
o cliente, mais facilidade terá de influenciá-lo.
Mas como vamos estabelecer a empatia com o cliente? Em primeiro lugar,
vamos fazer o cliente participar da venda e não transformá-lo em mero ouvinte
de dircursos preparados com antecedência. O cliente quer ser ouvido e
compreendido pelo vendedor, pois a melhor maneira de sentir o cliente é
dialogar com ele, conversar sobre um assunto de seu interesse. Mas como o vendedor vai saber qual o assunto de interesse do
cliente? Há um assunto sobre o qual todos nós gostamos de falar. É falar de nós
mesmos. Quem não gosta de falar de suas experiências, de contar suas histórias,
de falar de seu trabalho, de sua família, de sua empresa, de seu clube, de suas
preferências políticas. A venda está bem encaminhada quando o cliente começa a
falar de si mesmo. Se o cliente puder falar de suas experiências, o gelo se
quebra mais facilmente, dando oportunidade ao vendedor de entrar no assunto que
lhe interessa, a venda de seu produto. Mas cuidado para que a conversa não se
prolongue em demasia.
É através do diálogo com o cliente que você vai
sentir melhor suas necessidades e desejos. Faça perguntas e ouça as respostas.
Deixe o cliente falar à vontade. Sócrates disse que temos dois ouvidos para ouvir duas vezes e uma boca para falar uma
vez. Quando você ouve o cliente com atenção, está
tomando conhecimento de suas necessidades e
desejos.
O presidente
Teodoro Roosevelt, ao deixar o governo, pretendia empreender uma grande caçada
na África. Sabendo que um grande caçador inglês estava nos Estados Unidos,
convidou-o para um jantar na Casa Branca, pois pretendia colher ideias e
informações sobre suas experiências no continente africano. Depois de duas horas com Roosevelt,
o caçador saíu e um repórter lhe perguntou como fora a conversa
com o presidente e o homem, bastante contrariado, respondeu: “Apenas consegui lhe dizer o meu nome”.
Veja alguns exemplos para um
início de conversa por parte do vendedor:
Vendedor: Bom dia, sr. Nogueira. Hoje o sr. deve estar se sentido feliz pela
vitória de seu time.
Vendedor: Tudo bem, d. Margarida. Com as modificações que fez na loja, o aspecto
geral ficou muito convidativo. Certamente vai vender mais
Vendedor: Parabéns, dr. Gilberto. Falei com
seu filho, à entrada do escritório. Está um garotão e fico feliz em saber que
já trabalha com o senhor.
Vendedor visitando médico em
consultório.
Vendedor: Bom dia, dr. Paulo. Estive aqui na semana passada para lhe mostrar o
último lançamento de nossa empresa, mas sua secretária me informou que o sr.
estava no hospital, numa delicada cirurgia.
Médico: Exatamente! Fiquei 4 horas na sala de cirurgia.
Vendedor: mas correu tudo bem, dr. Paulo?
Médico: Graças a Deus, correu tudo bem, pois o hospital é muito bem aparelhado e
conto com uma equipe altamente qualificada.
Esse vendedor
iniciou com muita propriedade a sua entrevista de vendas, foi quebrado o gelo e
deu-se início ao processo de empatia entre vendedor e cliente. Quando visitamos
um cliente a primeira vez, é mais difícil quebrar o gelo, pois não sabemos qual
será a sua reação. A primeira entrevista é sempre a mais difícil.
Naquele longo jantar entre o
presidente Teodoro Roosevelt e o caçador inglês não se estabeleceu a empatia,
porque o presidente só falou de si mesmo e não estabeleceu o diálogo com o seu
convidado. Sem diálogo não existe empatia. O
vendedor, embora sinta que as pessoas têm comportamento e atitudes diferentes,
não se preocupa muito com isso, mas procura pontos de encontro que lhe permitam
compreender o cliente, pois é preciso sentir o cliente, sintonizar-se com o
cliente, estabelecer a comunicação e o diálogo.
Em lojas é muito comum nos
depararmos com a antítese da empatia que é a antipatia, quando nos
deparamos com aquele vendedor ou vendedora que recebe o cliente e nem se digna
olhar para ele, responde com monossílabos e dá a impressão de que, quanto mais
rápido o cliente se mandar, melhor. Esse cliente, provavelmente não retornará
àquela loja e o futuro desse vendedor ou vendedora não será muito promissor e
também o futuro da loja, pois ela ficará de portas abertas até se instalar nas
proximidades um concorrente competente.
No dia-a-dia de vendas, o vendedor pode se deparar com situações
inusitadas, encontrar cliente nervoso, explosivo ou passar por uma situação que
exija dele uma reação. Mas, em qualquer circunstância, o vendedor deve sempre
agir racionalmente e não emocionalmente, comportamento recomendado não só em
vendas, mas em nossa vida diária, como no trânsito e em outras circunstâncias.
Aaron Levenstein,
em seu livro Use a Cabeça, nos dá dois exemplos de comportamento em que as pessoas agem emocional
ou racionalmente diante de um problema. No primeiro exemplo, ele nos conta a
história de Xerxes, rei dos persas, que precisava atravessar o mar com seus
exércitos para invadir a Grécia. Mandou construir uma ponte feita de barcos
sobre o Helesponto, um estreito situado no Mar Negro. Mas, durante a noite, uma
grande tempestade destruíu os barcos. O rei, enfurecido, ordenou a seus
escravos que aplicassem 300 chibatadas no mar e executassem os construtores da
ponte.
O outro exemplo é do menino
holandês que percebeu um pequeno furo no grande dique que represava as águas do
mar, furo que iria se expandir se não fosse logo
estancado, causando uma grande catástrofe. O que fez o menino? Tapou o furo com
o dedo e ali ficou até chegar socorro.
Xerxes fracassou,
porque enfrentou o problema encolerizado. Agiu emocionalmente. Já o menino
holandês foi bem sucedido, porque aplicou, no caso, a sua capacidade de
resolver problemas. Agiu racionalmente, usou a cabeça. Ambos lutavam contra o
mesmo elemento - o mar.
Conhecemos o caso
de um gerente de vendas de uma grande empresa que, ao conversar sobre descontos
na compra de determinado produto com um grande atacadista numa cidade do Sul,
recebeu um copo d’água na cara, porque não podia dar o desconto exigido pelo
nosso destemperado comerciante. O que fez o gerente? Não se exaltou e esperou
que passasse a raiva do cliente, dando prosseguimento à negociação dentro das
condições da empresa vendedora. O comportamento do gerente deixou o agressor
com vergonha e acabou por lhe pedir desculpas.
A atividade de
vendas também exige que, além do raciocínio, o vendedor exerça a sua
criatividade. Criativo é aquele vendedor que, diante de determinadas
circunstâncias, encontra saída em favor de seu produto.
Akio Morita, fundador da Sony,
conta em seu livro Made in Japan como conseguiu, em 1955, introduzir nos
Estados Unidos o primeiro rádio transistor, fabricado pela empresa. Era um
produto de pequenas dimensões, quando o mercado estava acostumado aos aparelhos
de grande porte, pois os americanos viviam em casas grandes, com muitos
quartos. Para introduzir seu produto, ele argumentava que, face à grande
quantidade de emissoras existentes
O fato aqui narrado demonstra
o espírito de criatividade do vendedor, seu senso de oportunidade e sua
presença de espírito.
(Texto extraído do livro VENDER É PRECISO de R.H Souza. autor deste blog. Para comprá-lo, acesse: atendimento@clubedeautores com.br
terça-feira, 28 de outubro de 2025
MUITOS SÃO OS CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS
“Tomou Jesus de novo a palavra e falou-lhes em parábolas, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um rei que preparou o banquete de bodas de seu filho. Enviou seus criados para chamar os convidados às bodas, mas estes não quiseram vir. De novo enviou outros servos, ordenando-lhes: Dizei aos convidados: Minha comida está preparada; os bezerros e cevados, mortos; tudo está pronto, vinde às bodas. Porém eles, desdenhosos, se foram, este para o campo, aquele para seu negócio. Outros, agarrando os servos, ultrajaram-nos e os mataram. Encolerizou-se o rei, e enviando seus exércitos, fez exterminar aqueles assassinos, e entregou às chamas a sua cidade. Depois, disse a seus servos: O banquete está preparado, mas os convidados não eram dignos. Ide, pois, às saídas dos caminhos, e todos os que encontrardes, chamai-os para as bodas. Saíram os servos aos caminhos, e reuniram quantos encontraram, maus e bons, e a sala de bodas ficou cheia de convidados. Entrando o rei para ver os que estavam à mesa, viu ali um homem que não trazia a veste nupcial, e disse-lhe: Amigo, como entraste aqui sem a veste nupcial? Ele emudeceu. Então o rei disse aos seus ministros: Atai-o de pés e mãos e atirai-o às trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes. Porque muitos são os chamados e poucos os escolhidos.
(Mateus 22,1-14)
sexta-feira, 24 de outubro de 2025
MARKETING SIGNIFICA VERBALMENTE: MERCADO EM AÇÃO
Marketing
significa verbalmente mercado em ação e é definido como “a disciplina que estuda os mercados, os produtos, as políticas e os
planos comerciais, a organização de vendas e distribuição, as atividades
publicitárias e de promoção e tudo o que diz respeito, direta ou indiretamente,
ao fluxo dos produtos e dos serviços do produtor para o consumidor ou
utilizador final, com o objetivo de garantir que todas as decisões da empresa
tenham em conta as exigências dos clientes e as possibilidades de mercado e permitam
à empresa realizar, com o mínimo de despesa, o máximo volume de vendas e de
lucros”.(Manual do Vendedor Moderno de R. Butazzi e F. Ubaldini)
Mesmo antes do
nascimento do produto, o marketing já
desenvolve atividades, auscultando o mercado, pesquisando os concorrentes,
procurando saber as necessidades do consumidor, para então estabelecer as
características do produto. A seguir, irá estabelecer as áreas onde se
encontram os clientes potenciais para o produto e que meios serão usados para
alcançá-los, criando uma política de vendas, com a respectiva organização de
vendas, com alocação de recursos para a publicidade e promoção de vendas.
O marketing está presente em todas as etapas da vida do
produto, orientando as empresas em todos os momentos. Vejamos
um exemplo: Uma empresa pretende lançar no mercado uma nova marca de
refrigerante, com sabor de frutas que já é sucesso em outros países. Mas o
sucesso lá fora não significa que será bem sucedido aqui. A empresa tem que
pesquisar para saber se o sabor do refrigerante é do agrado do consumidor, se a
cor é atraente, se a embalagem se destaca, se é pratica e funcional, saber que
faixas etárias poderão consumir o novo produto. Uma vez respondidas todas essas
perguntas, através de pesquisas com preenchimento de questionários, o
empresário tem elementos para estabelecer o mercado em que o produto será
vendido, o sistema de distribuição, o preço, a campanha de publicidade que será
criada para o mesmo, a promoção de vendas e outros detalhes.
Mesmo preenchidos todos os
requisitos acima mencionados, o produto ainda poderá fracassar. Numerosos
exemplos são conhecidos. O figurino foi seguido rigorosamente, todas as etapas
foram preenchidas, o produto foi lançado, as vendas explodiram no primeiro
momento, mas na reposição, o faturamento despencou.
Os exemplos de produtos que
fracassaram são inúmeros, tanto aqui como no exterior. Em
O escritor Lair Ribeiro, em seu livro Magia da Comunicação, afirma que “Eles, os
pesquisadores, esqueceram a lei da escassez, segundo a qual quanto mais raro é
um produto, mais desejado é ele pelo consumidor.” É possível que seja esse
o motivo do fracasso, no caso em
questão.
Mas quais são as
causas para o fracasso de um produto? Às vezes, é difícil
responder, porque elas podem ser numerosas. Vamos dar alguns
exemplos.
Pode ser a
concorrência que, ao tomar conhecimento do novo produto, trabalhou com grandes
descontos, levando os varejistas a fazerem grandes estoques de suas marcas.
Pode ser também a publicidade que não conseguiu transmitir as qualidades do
novo produto ou não conseguiu atingir seu público alvo. Pode ser, finalmente,
um fato novo surgido entre a pesquisa e o lançamento do produto, que mudou a
maneira de pensar dos consumidores.
Nem sempre é fácil detectar as
causas da morte de um produto. Os meios de comunicação exercem hoje uma
influência extraordinária sobre as pessoas. A notícia sobre intoxicação de
pessoas que consumiram determinada marca de produto alimentício provoca de imediato
a queda nas vendas do produto em questão, como também nas vendas dos produtos
similares dos concorrentes.
Na chamada
economia de mercado, hoje globalizada, o marketing adquire uma
dimensão nunca antes imaginada. São milhares de empresas, fabri-cando milhões
de produtos, numa concorrência sem precedentes. Apenas, a título de ilustração,
compa-remos a indústria automobilística no Brasil depois de 25 anos de seu surgimento.
Segundo o IBGE, em
1979 o Brasil tinha 4 montadoras de carros (Ford, GM, Volks e Fiat) fabricando
40 modelos. 25 anos depois já eram 10 montadoras que fabricavam 400 modelos.
O moderno
consumidor tem hoje, além de opções de produto, opções de preços, de forma de
paga-mentos, de financiamentos. Os produtos, no Brasil, como em outros países,
(carros, eletrodomésticos, alimentos) competem com produtos nacionais e com
produtos importados, produtos importados
com outros importados. Quem lucra com
isso é o consumidor e o marketing é
que indica às empresas o caminho a seguir.
O mercado é hoje
uma verdadeira selva e o marketing é
o guia que conduz o empresário na gestão de seus negócios. Ele faz
levantamentos, acompanha a concorrência, orienta a fabricação, estabelece as
metas de produção, planeja a publicidade e a promoção de vendas e direciona a
equipe de vendas, através do treinamento para que sejam alcançadas as metas
propostas pela empresa.
Todas as atividades de marketing conduzem a um só objetivo:
facilitar a atividade de vendas, criando os meios adequados para o seu bom
desempenho. Dentro da empresa moderna, o Departamento de Marketing desempenha um dos mais importantes papéis, estando
geralmente subordinadas a ele as atividades de vendas, pesquisa, treinamento de
ven-dedores, publicidade e promoção de vendas.
No passado, o grande problema
das indústrias era fabricar um produto, pois a tecnologia era rudimentar.
Hoje, com os avanços tecnológicos, fabricar um produto deixou de ser um
mistério. O nível de qualidade dos produtos praticamente se equivale. Veja o exemplo do mercado de televisores. A maioria
dos equipamentos de TV colocados hoje no mercado apresenta índices de qualidade
semelhantes, embora haja sempre alguma diferença entre um modelo e outro. Onde
fica, então, essa diferença? Pode ser o sistema de vendas do produto, os prazos
de garantia, preços menores, design sofisticado, assistência técnica. É
o marketing que destaca o diferencial entre um produto e outro.
As diferenças entre os produtos
podem também estar no acabamento, na assistência técnica, na qualidade da
matéria-prima, nos rigorosos padrões de qualidade. O que também pode destacar
um produto do outro pode ser a qualificação
do vendedor, uma equipe bem
treinada, capaz de prestar toda a assistência ao cliente.
Três aspectos do marketing são importantes: as pesquisas,
os setores, os objetivos.
As pesquisas recolhem, classificam e analisam todos os dados
necessários para orientar as atividades comerciais. Elas são quantitativas e
qualitativas. As pequisas quantitativas usam dados estatísticos (numéricos) muitas vezes disponíveis na própria
empresa. Exemplo: Vou lançar um poduto farmacêutico indicado para a pediatria.
Para avaliar o potencial do mercado, vou levantar o número de pediatras
existentes nas praças que a empresa pretende atingir, o número de concorrentes
e o potencial de consumidores na faixa de preço do produto.
As pesquisas
qualitativas realizam investigações e
inquéritos psicológicos de nível variável sobre os consumidores. Exemplo: A empresa está lançando
um perfume no mercado e faz previamente
uma pesquisa entre os consumidores que vão indicar sua opinião, para
classificação do produto como ótimo, bom, regular. Na pesquisa qualitativa, a
empresa pro-cura a opinião do consumidor sobre o produto.
Os setores de interesse do marketing são
os mercados, os produtos, a política de vendas, a organização de vendas, a
publicidade e a promoção de vendas.
Os mercados são aqueles segmentos territoriais em que se encontram grupos ou
classes de clientes. Exemplo: Área de uma cidade onde se localiza grande parte
da classe A de determinada sociedade. Se a empresa vai montar uma loja de
carros de luxo, importados, vai localizá-la na área de maior poder aquisitivo.
Um comerciante numa grande
cidade brasileira montou uma sorveteria num bairro da cidade, cercado de
colégios públicos e alguns particulares, confiando no mercado escolar. Vendia
ali exclusivamente sorvete de uma marca famosa, mas de preço bem elevado. Ele investiu
um bom dinheiro em máquinas e instalações e o empreendimento fracassou, porque o poder
aquisitivo da população escolar era baixo. O vendedor do fabricante de sorvete
daquela área não se apercebeu da situação e não alertou o cliente para o problema.
Esqueceu também que a época era de crise e os pais não estavam conseguindo nem
pagar as mensalidades de seus filhos nos colégios particulares. Resultado:
antes de completar seis meses da inauguração, a loja fechou. Era uma loja
bonita, com vendedores atenciosos, mas não resistiu à realidade do mercado.
Os produtos a serem lançados no mercado devem considerar os gostos, desejos e necessidades
dos consumidores e não aqueles do fabricante e dos membros de sua família.
Quando foram
lançados nos Estados Unidos em 1922 os primeiros carros da Ford, produzidos em
série, o Modelo T, conhecido popularmente no Brasil como Ford Bigode, os
consumidores não tinham outra opção. Ou compravam o carro ou ficavam com suas
antigas charretes e carroças. Mas logo entraram outros fabricantes no mercado,
produzindo outros modelos, atendendo outras faixas de consumidores, pois o
modelo da Ford era um modelo popular. Anos mais tarde, o próprio Modelo T,
fabricado para percorrer estradas ruins de antes da guerra, começou a se tornar
obsoleto, porque era de aparência rústica e os consumidores queriam produtos
mais sofisticados e confortáveis. As estradas eram melhores e consmidores de
maior poder aquisitivo estavam no mercado. Havia até uma piada sobre o modelo T.
“Um Ford é como uma banheira: é útil, mas
ninguém quer ser visto dentro dela”.
Henry Ford, empolgado com o
sucesso do modelo T, não queria lançar novos modelos. Chegou ao ponto de dizer
que os compradores poderiam escolher qualquer cor para seus carros, desde que
fosse o preto. Logo, ele teve que lançar um novo modelo (o modelo A) e em cores
diversas, porque o consumidor já tinha outras
opções, pois outros fabricantes, como a General Motors e a Crysler ameaçavam o seu império. A teimosia de Ford, não acreditando no poder do
consumidor, quase levou seu império à ruína. Ele entendia muito de mecânica,
mas pouco de marketing.
A política de vendas. O marketing deve indicar a política de vendas a ser adotada com
relação ao produto, para garantir à empresa os maiores lucros, no maior período
de tempo possível
A organização de vendas compreende a forma-ção da equipe de vendas e o sistema a ser adotado
para alcançar os objetivos. A empresa define se vai
fazer vendas diretas ao consumidor, se vai operar através de representantes,
atacadistas e varejistas, se é venda por telemarketing.
Publicidade e promoção
de vendas. Devem ser definidas as
atividades de publicidade e promoção de vendas que são as mais adequadas para
estimular os consumidores a comprarem o produto.
Os objetivos do marketing são: especificar os mercados mais favoráveis à venda do produto; determinar
o nível de produção mais adequado em função dos custos e do potencial do
mercado; organizar a venda do produto produzido; programar e organizar a
publicidade e as atividades de promoção de vendas.
Outrora, a preocupação com o
lançamento de um produto era de ordem técnica. Hoje, é exatamente o contrário. A empresa procura inicialmente auscultar as
necessidades e os desejos do consumidor, através de pesquisas, para depois
lançar o produto de acordo com os desejos e as necessidades desse consumidor.
Quando Henry Ford dizia que os
compradores de seu Ford T podiam escolher qualquer cor para os seus carros, desde que fosse
a cor preta, demonstrava desconhecer as regras do mercado. Ele estava
preocupado com os seus problemas de produção e não com os desejos dos
consumidores. As coisas tinham mudado e os concorrentes surgiam no mercado e
ele não queria se dar conta do problema.
O conceito de vendas mudou em sua essência. O foco
não é mais a empresa nem o vendedor, mas o
cliente.