terça-feira, 18 de novembro de 2025

HISTÓRIAS RELATADAS NO LIVRO MENINO TROPEIRO, QUE DIVERTIAM A GAROTADA

 



    Os livros escolares traziam também histórias curiosas, como aquela do carpinteiro, proprietário de um serrote, cujo nome criado por ele era o vai-e-vem.  Ele o emprestava aos vizinhos, com toda a boa vontade, mas algumas pessoas não devolviam a ferramenta no devido tempo e ele precisava buscá-la na casa do esquecido. Resolveu, então, não mais emprestar o seu instrumento de trabalho. Aos que insistiam, ele respondia com a seguinte frase: “Se o vai-e-vem fosse e viesse, o vai-e-vem ia, mas, como o vai-e-vem vai e não vem, o vai-e-vem não vai.”

Uma história que divertia muito os alunos era a do mentiroso, cujo conteúdo está aqui resumido:

            Dois amigos, José e Antônio, viajavam a cavalo por uma estrada. Enquanto conversavam, um deles, Antônio, o mentiroso, falou para o outro:

– Sabe, José, lá na minha terra uma vez nós encontramos um sapo que era do tamanho de um boi...

– Do tamanho de um boi, Antônio? Como isso é possível?

– Juro que é verdade – retrucou o outro.

Cavalgaram mais um pouco e José falou para o com-panheiro:

– Estás vendo aquela ponte lá em baixo, Antônio?

– Sim, mas o que tem a ponte?

– O pessoal daqui conta que ela despenca no rio toda vez que por ela passa um mentiroso.

– Deve ser besteira...

– Não é besteira, não. Já caiu duas vezes e o povo teve que reconstrui-la.

– E os mentirosos?

– Ora, foram levados pelas águas do rio.

Andaram mais um pouco e o mentiroso voltou-se para o companheiro e falou:

– Aquele sapo de que lhe falei, amigo, acho que não era do tamanho de um boi, mas talvez do tamanho de um terneiro... de um terneiro não muito grande.

– Faz sentido...

Os dois amigos continuaram cavalgando, enquanto a ponte ficava mais próxima. Antônio, o mentiroso, dava  mostras  de nervosismo. Voltou-se novamente para o amigo e acrescentou:

– Sobre aquele sapo que te falei... ele não era tão grande como pensei. Talvez fosse do tamanho de um leitão ou de um galo...de um galo não muito grande.

O companheiro ouviu e nada falou. Já estavam para entrar na ponte, quando o mentiroso segurou as rédeas da montaria e concluiu:

– Devo confessar, meu amigo: aquele sapo, na verdade, tinha mesmo o tamanho de um sapo. Era um sapo como outro qualquer. Acho que me enganei.

José deu uma gargalhada e entrou com seu cavalo pela ponte, enquanto era seguido pelo mentiroso, ainda muito nervoso.

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