terça-feira, 29 de novembro de 2011

50 ANOS DE LUZ NAS TREVAS

       



 Frei Anselmo Fracasso mora hoje no 
  convento de Santo Antônio, Rio de Janeiro.

Num determinado dia do ano de 1950, um grupo de jovens seminaristas do seminário franciscano Santo Antônio, situado em Agudos, São Paulo, conversava animadamente durante o recreio. Os assuntos eram os estudos, os problemas e dificuldades enfrentados, a atuação dos professores, os esportes e outros  de menos importância. Entre esses alunos estava um jovem gaúcho, simpático, bem falante com muitos amigos no recém inaugurado seminário, cuja construção  estava em andamento com muitos anos para ser concluída. O nome desse jovem era  Irahy Fracasso. Em determinado momento da conversa, ele falou que estava com dificuldade de visão e que não estava conseguindo ver nem mesmo o que os professores escreviam no quadro negro das salas de aula. Quando ele acabou de falar, o grupo ficou por alguns momentos em silêncio até que um dos companheiros o advertiu:
- Fracasso (era assim que 0 chamavam), você precisa ver isso com muita urgência. Procure o padre prefeito e peça que o levem imediatamente a um oculista, em Agudos. Com a vista não se brinca.

Esse diálogo foi o ponto de partida para o grande e prolongado calvário do jovem Irahy. Consultando um oculista em Agudos, esse percebeu que se tratava de um problema grave de visão para o qual ele não tinha solução. Aconselhou que o levassem a Campinas, São Paulo, para ser examinado num renomado centro oftalmológico de fama nacional e internacional que funcionava na cidade. Isso foi feito e os especialistas daquele centro constataram  que o problema não tinha mais solução, pois a visão do jovem Fracasso estava totalmente comprometida pela ação de uma terrível bactéria resistente aos medicamentos da época.  Uveíte é o nome dessa doença, responsável pela maioria dos casos de cegueira em todo o mundo.

Quando a notícia chegou a Agudos, a consternação dos companheiros de Fracasso foi muito grande. Todos rezaram por ele, pois  achavam que chegara o fim da linha para o jovem seminarista. Mas aconteceu exatamente o contrário: mergulhado nas trevas, ele encontrou a luz.

Irahy aprendeu a linguagem dos cegos, o braile, e conseguiu apoio de seus superiores para continuar seus estudos. Fez o curso de filosofia e teologia, conseguiu autorização de Roma para ser ordenado sacerdote, o que era proibido pelo Código Canônico,  tornando-se o primeiro padre cego do Brasil e o segundo do mundo, pois só existia um outro na Alemanha, nas mesmas condições. Ao entrar para a ordem franciscana, recebeu o nome de Frei Anselmo e, depois de ordenado, foi designado para o convento de Santo Antônio, no Rio de Janeiro, onde reside há quase meio século, exercendo seu apostolado, dando assistência espiritual a numerosas pessoas que  o procuram com os mais variados problemas. Nesse período, tornou-se um autor consagrado com numerosos livros publicados no Brasil e no exterior, sendo um conferencista muito solicitado em todo o país. Seus livros têm repetidas edições, sendo que um deles – Ajude seu filho a ser feliz – já está em sua 34ª. Edição.

O título de um dos livros de Frei Anselmo Fracasso bem expressa toda a sua trajetória de vida:” 50 anos de luz nas trevas – Deixei de enxergar e comecei a ver.”

Ainda em sua juventude, Irahy foi atingido por uma grande tragédia familiar. Foi o assassinato de seu pai, vítima de uma covarde emboscada. No site do convento de Santo Antônio, do Rio de Janeiro, encontramos a narrativa emocionada do episódio feita pelo próprio Frei  Anselmo  ao jornalista Moacir Beggo, além da história completa de sua vida, com a relação de seus livros. 
Acesse, pois vale a pena:
(www.conventosantoantonio.org.br/.../entrevistafranselmo.../index.ph...)



LIVROS EXTRAORDINÁRIOS PARA SEUS MOMENTOS DE LAZER. LEITURA IMPERDÍVEL !!!

                     

O FILHO DE ANITA - Uma história que beira o fantástico. Um rico fazendeiro que incorpora o Malvado, desenvolve um intenso trabalho para seduzir uma bela jovem, Anita, criando situações inusitadas. A história reúne frades, médicos, vaqueiros, mulheres inteligentes e o povo simples dos vilarejos. E tem um final surpreendente. Só lendo, para crer. Mas, se você é impressionável, compre o livro, mas não leia, para não perder o sono. Deixe que outros o leiam.

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 OPERAÇÃO KAABA - Uma história extraordinária, que se passa no ano de 2035, num conflito internacional de graves consequências e o sequestro de um papa por terroristas islâmicos. O livro fala do surgimento de uma nova ordem religiosa - os Novos Templários, em cujos votos está, agora incluído, o voto de Preservação, com o objetivo de minorar os graves problemas ambientais que surgirão no futuro. A história envolve terroristas, jornalistas, políticos, fanáticos religiosos, personagens do clero e a figura de um papa - Pedro Paulo I, além de uma bela jovem que dá um colorido especial à narrativa. 

 AS TORRES DAS TRÊS VIRTUDES- livro dividido em duas partes. A primeira se passa num seminário, com a narrativa de fatos vivenciados pelo autor em sua juventude, mostrando como se desenvolvia a vida de um jovem, baseada no estudo, no trabalho e na oração, além das atividades esportivas. A segunda parte é vivida pelo herói da narrativa, na fazenda de seu pai, onde impera a corrupção, a violência e a lei da Winchester. 

 MENINO TROPEIRO - é a biografia da infância do autor, filho de um professor primário, que dava aulas em povoados do Planalto Catarinense. Aulas para 4 turmas, simultaneamente, com a maioria dos alunos vindos das propriedades agrícolas. Eles não tinham condução, como os alunos atuais. Vinham a pé, na escola não havia refeições e, à tarde voltavam para casa e pegavam uma enxada para ajudar os pais no trabalho das lavouras. Eram outros tempos. 

 Para comprar, acesse: Atendimento@clubedeautores.com.br




Você que faz parte dos quase 200 mil leitores do meu blog com quase 180 mil inserções, num trabalho de  15 anos, infelizmente não compra os meus livros. Estou quase desistindo, mas se comprar, não vai se arrepender. Se achar caro o preço da versão impressa, compre a versão e-book, pela metade do preço e receba o livro pela internet.

O Autor

 


 


terça-feira, 22 de novembro de 2011

COMO CONHECI FREI JOSÉ MOJICA



No ano de 1950, nascia a televisão no Brasil, com a inauguração da TV Tupi de São Paulo. Para essa inauguração, foi convidado um personagem famoso no mundo musical. Era o frade franciscano Frei José Francisco de Guadalupe Mojica, conhecido simplesmente como frei Mojica. A essa época, eu estudava no Seminário Santo Antônio dos padres franciscanos, em Agudos, São Paulo. Frei Mojica visitou o educandário, fez palestra para os seminaristas e nos proporcionou um show com suas mais belas canções. Ele era uma pessoa simpática, alto, olhos verdes, um boa pinta que ainda arrancava suspiros das mulheres por onde passava, apesar de trajar o humilde hábito franciscano.
Ele fez palestra para os seminaristas, presenteando o seminário com uma imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira do México, sua terra natal. Fez um resumo de sua carreira artística antes de se tornar frade, carreira essa marcada pelo sucesso e pela riqueza. Quando sua mãe faleceu, entrou em profunda depressão e resolveu se desfazer de todos os seus bens e entrar para o seminário franciscano de Cusco, no Peru. Depois de ordenado padre, foi residir no convento franciscano da mesma cidade.
A mãe de Jose Mojica, Dona Virginia Montenegro,  tinha sido a grande companheira e incentivadora de sua vida. Ele não conheceu o pai, um médico, que mantivera um relacionamento com sua mãe, abandonando-a depois, por ser um homem casado e com filhos.  
No show que realizou nas dependências do seminário Santo Antônio, Frei Mojica cantou muitas de suas canções famosas, como Maria a la-Ô, Jura-me, Solamente una vez, Besame Mucho, a maioria de sua autoria. Seus confrades peruanos tiraram proveito de sua fama e permitiram que ele se apresentasse em muitos países, angariando fundos para a construção de um seminário em Arequipa, o que ele conseguiu com relativa facilidade, tal a popularidade que desfrutava nos países sul-americanos. Apesar de ter se tornado um frade franciscano, foi autorizado pelos superiores a cantar as dolentes canções românticas que o tornaram famoso em todo o mundo, o que ele fazia com a maior naturalidade, embora alguns de seus confrades franciscanos, mais antiquados, torcessem o nariz para essa atividade, dita mundana, de Frei Mojica.
A carreira de José Mojica foi marcada pelo sucesso, como cantor, compositor e ator. Participou de dez filmes nos Estados Unidos, seis no México e um na Argentina. Cantou óperas e realizou espetáculos, exibindo sua maravilhosa voz como grande cantor popular. Foi muito incentivado por Enrico Caruso, a maior celebridade do mundo operístico, àquela época.
Como frade franciscano, ele costumava dizer: "Eu tive em abundância tudo o que a juventude persegue, por isso digo que todo o ouro do mundo, a fama, o poder, o aplauso e o prazer não equivalem a uma hora a serviço de Deus”. Em 1958, escreveu um livro intitulado Yo Pecador que foi um grande sucesso editorial, sendo também transformado em filme. Nesse livro, ele narra a trajetória de sua vida até se tornar um frade franciscano.
José Mojica  Faleceu em 20 de setembro de 1974, na cidade de Lima, Peru.


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 AS TORRES DAS TRÊS VIRTUDES- livro dividido em duas partes. A primeira se passa num seminário, com a narrativa de fatos vivenciados pelo autor em sua juventude, mostrando como se desenvolvia a vida de um jovem, baseada no estudo, no trabalho e na oração, além das atividades esportivas. A segunda parte é vivida pelo herói da narrativa, na fazenda de seu pai, onde impera a corrupção, a violência e a lei da Winchester. 

 MENINO TROPEIRO - é a biografia da infância do autor, filho de um professor primário, que dava aulas em povoados do Planalto Catarinense. Aulas para 4 turmas, simultaneamente, com a maioria dos alunos vindos das propriedades agrícolas. Eles não tinham condução, como os alunos atuais. Vinham a pé, na escola não havia refeições e, à tarde voltavam para casa e pegavam uma enxada para ajudar os pais no trabalho das lavouras. Eram outros tempos. 

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O Autor

 


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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O RIO DE JANEIRO E A IMPLACÁVEL ROLETA DO TEMPO









Em 1956, quando cheguei ao Rio de Janeiro, a cidade ainda era a capital da república e tinha uma intensa atividade econômica e cultural. Naqueles dias, o presidente da república era Nereu Ramos,  um conterrâneo meu, da cidade de Lages. Assumiu a presidência, sob estado de sítio, depois do suicídio de Getúlio Vargas, e nela permaneceu de 11 de novembro de 1955 a 31 de janeiro de 1956, quando Juscelino Kubitschek assumiu o poder, sob os auspícios do General Teixeira Lott que garantiu a posse dos eleitos.

Com a mudança da capital federal para Brasília, aliado a outros fatores, o Rio de Janeiro sofreu prejuízos irreparáveis. Só na área da mídia, grandes foram as perdas ao longo dos anos. Vejamos os nomes de alguns órgãos de imprensa e comunicação que desapareceram. Jornais: Correio da Manhã, O Jornal, Diário de Notícias, Jornal do Brasil, Jornal do Comércio, O Jornal, Última Hora, Luta Democrática. Revistas: O Cruzeiro, Cruzeiro Internacional, Manchete, Fatos e Fotos, Mundo Ilustrado, Revista do Rádio e outras de menor circulação. Emissoras de televisão: TV Tupi, TV Continental, TV  Excelsior, TV Manchete, TV Rio.
Hoje, os meios de comunicação do Rio de Janeiro se concentram praticamente nas Organizações Globo, um gigantesco conglomerado, mas a cidade perdeu em definitivo sua diversidade cultural na área da informação.
Na área do comércio, as perdas também foram significativas. Sumiram do mapa importantes empresas comerciais, como Mesbla, uma gigantesca organização que tinha até uma foto de todos os prédios da empresa no Brasil que eles chamavam orgulhosamente de A Cidade Mesbla. Já tinham desaparecido a famosa Casa Canadá, o Grupo Ducal, O Rei da Voz, Lojas do Charque, Os Supermercados Disco, pioneiro na área de auto serviço, Casa José Silva, Casas Tavares. Depois, desapareceu o grupo Casas da Banha, com lojas que, do Rio de Janeiro, se espalharam por diversos estados. Com a mudança da capital para Brasília, muitas empresas multinacionais que aqui tinham suas diretorias, mudaram-se para São Paulo.
Mas, como dizia o comercial de uma transportadora: O mundo gira e a Lusitana roda.


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