quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

D. PEDRO II JÁ SE PREOCUPAVA COM AS ENCHENTES DE PETRÓPOLIS



D. Pedro II era um homem inteligente, que acreditava na ciência. Ele passava cinco meses por ano na cidade de Petrópolis, fugindo do calor inclemente do Rio de Janeiro, mas a cidade serrana já sofria, naquela época, das catástrofes causadas pelas enchentes, de acordo com relato do próprio imperador:

“Ontem de noite houve grande enchente. Subiu três palmos acima da parte da Rua do Imperador do lado da Renânia; acordou o Câmara (sic), e um homem caiu no canal, devendo a vida a saber nadar e aos socorros que lhe prestaram. Conversei hoje com o engenheiro do distrito; pouco se fez do ano passado para cá. Os estragos que fez a enchente levaram dois meses a reparar, segundo me disse o engenheiro. (…)

O imperador sabia que o desmatamento das encostas era um grande problema da cidade imperial, tanto é que destinava uma parcela de seus rendimentos para o reflorestamento dos morros da cidade. Se ele hoje voltasse à cidade de seus sonhos, ficaria impressionado com o que fizeram seus governantes com a cidade imperial: a completa favelização das encostas. 

O resultado dessa política atual é a perda de vidas humanas, além dos prejuízos materiais, que são incalculáveis. 



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