Na antiga Grécia, enquanto cidades como
Atenas tinham uma vida cultural intensa, com a construção de magníficos templos,
encenação de peças teatrais, o surgimento de escritores, poetas e filósofos,
Esparta formava uma sociedade totalmente diferente. Sua população vivia num
rigoroso regime em que todos sacrificavam o conforto e as liberdades
individuais em prol da cultura física e dos exercícios militares, transformando
a cidade num gigantesco quartel. Um dos responsáveis por esse modo de viver,
foi Licurgo, seu grande legislador, que teria vivido no século IX a.C).
O pai de Licurgo era rei de Esparta quando morreu ferido por uma
espada ao tentar aplacar um tumulto popular. Seu sucessor foi o filho mais
velho, Polidectes, que morreu pouco depois, deixando grávida sua mulher, cujo
filho seria o sucessor legítimo do reino. Essa mulher propôs a Licurgo abortar
seu filho para que ambos, então, reinassem em Esparta, mas ele não concordou.
Nasceu um menino e Licurgo o
apresentou aos espartanos como legítimo
sucessor do reino, sendo, por essa razão, perseguido por sua cunhada e por seus
opositores. Viajou por várias cidades da Grécia, extraindo delas as bases para
a criação de uma legislação para Esparta, sua cidade natal, legislação essa que
abrangia todos os aspectos da vida dos espartanos.
- Em primeiro lugar, fez uma reforma agrária, dividindo as terras entre os agricultores para melhorar suas vidas.
- Procurou combater o luxo de uma
minoria, anulando o valor de todas as moedas antigas de ouro e prata, criando
moedas de ferro que, pelo seu peso, eram difíceis de serem guardadas e muito
menos transportadas, combatendo, assim,
uma série de crimes. Essas moedas, naturalmente, não foram aceitas no comércio
com outras cidades e foram mesmo assunto de zombaria por parte do povo grego.
- Querendo extirpar o luxo e a riqueza de
uma minoria, proibiu a realização de banquetes, obrigando todos a se reunirem
em refeitórios comunitários onde faziam uma refeição frugal, eliminando, assim,
os diversos males causados pela gula e a intemperança no comer e beber. Essa
medida de Licurgo causou revolta entre os ricos espartanos que não aceitavam privar-se dos prazeres da boa mesa, mas foi bem recebida pelo povo.
- Licurgo não descurou da educação.
Como os homens espartanos passavam seus dias nos quartéis, em exercício
militares, as mulheres espartanas eram as responsáveis por seu lares. Como elas
deviam procriar filhos fortes e saudáveis, o legislador prescreveu que as
jovens deviam praticar toda sorte de esportes. Elas deviam correr, lutar,
lançar o disco e atirar com o arco.
- Querendo estabelecer uma relação
natural entre os jovens, as donzelas também se apresentavam nuas, como os
mancebos, nas danças e espetáculos públicos. Isso nada tinha de lascivo ou
indecoroso e estabelecia uma relação harmoniosa entre os sexos.
- O casamento se constituía num rapto de
donzelas fortes e em idade de casar. As raptadas eram entregues aos cuidados de uma
espécie de madrinha que lhes raspava os cabelos e as vestiam com roupas e
calçados de homens. Depois, eram colocadas sobre um monte de palhas, em
ambiente escuro onde eram procuradas pelos noivos. Depois de uma relação sexual
rápida, os noivos se retiravam para os dormitórios coletivos dos guerreiros, onde
passavam a noite. Os encontros posteriores dos casais eram esporádicos e feitos
dentro de total discrição. Com isso, dizia o legislador, a chama do desejo
permanecia sempre acesa. Como os homens espartanos viviam aquartelados até os
60 anos de idade, as mulheres tinham o direito de se deitar com qualquer outro
homem, à sua escolha, pois o importante é que procriassem numerosos filhos.
- Os filhos não eram considerados
propriedade dos pais, mas do estado. A criança, logo ao nascer, era levada para apreciação dos anciãos que a examinavam
detalhadamente. Se considerada
defeituosa, a enviavam ao um lugar chamado apotetes
(lugar de abandono), uma espécie de despenhadeiro, onde era lançada, pois um
corpo doente de nada serviria ao bem da cidade. As crianças sadias eram
entregues aos cuidados de amas bem treinadas que lhes dispensavam os cuidados
mínimos, educando-as dentro dos princípios da austeridade espartana.
- A educação dos jovens era rígida.
Dormiam em dormitórios coletivos, em leitos de palhas que eles próprios preparavam. Sua alimentação era frugal, para
que mantivessem uma forma física perfeita. Participavam de um intenso
treinamento militar. Os faltosos eram punidos com severos castigos. Eles recebiam educação intelectual, baseada em princípios mínimos, pois a cidade precisava de guerreiros, não de intelectuais.
- A produção de alimentos em Esparta
era feita pelas hilotas, servos a serviço do estado que eram obrigados a entregar
ao poder público metade da produção de suas
lavouras. Eram mantidos sob regime severo, com constantes humilhações. Como
entre eles surgiram numerosas revoltas, Esparta os mantinha sob o regime do
terror, massacrando aqueles considerados perigosos. Isso era feito em incursões
anuais, nas quais os guerreiros espartanos competiam para ver quem eliminava
mais hilotas.
- Os periecos eram descendentes de
povos conquistados pelos espartanos. Habitavam a periferia dos centros urbanos,
faziam parte do estado ao qual pagavam
impostos. Eram considerados homens livres, mas sem nenhum direito político.
Eram obrigados a participar das guerras, embora sem o devido treinamento
militar dos cidadãos espartanos que viviam exclusivamente em função das mesmas,
não podendo se dedicar a qualquer outra atividade, como o comércio e o artesanato, o que era permitido
aos periecos.
Em resumo, esse era o modo espartano
de viver, um povo guerreiro cuja bravura salvou muitas vezes a Grécia dos
ataques de seus inimigos tradicionais, como os persas. O grande exemplo disso foram
os 300 das Termópilas.
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O Autor
G
ResponderExcluirCaramba, daqui 2 dias esse posto irá fazer 9 anos.
ResponderExcluirSe vc é solteiro e quer acumular dinheiro viva no modo Esparta.despreze dificuldades.talvez seja visto como avarento,mas vc vive por vc ou pelos outros!?
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