Ela é hoje
conhecida como Santa Isabel da Turíngia. Viveu no século XIII ( 1207-1231), descendente de uma linhagem nobre por parte de pai e mãe. A
Turíngia era um território pertencente ao reino da Hungria.Sua vida se iniciou como um belo conto de fadas,
transformando-se depois num drama de dores e sofrimentos.
Num dia do
mês de agosto de 1211, a menina Isabel foi levada pelas estradas de Eisenach,
capital da Turíngia, até o castelo de Wartburgo,
onde mais tarde se casaria com o duque
Luís, príncipe herdeiro da Turíngia. A
menina ali cresceu em beleza e sabedoria e o casal viveu dias felizes e de muito
amor, com o nascimento de três filhos.
Nesse
período, Isabel iniciou um trabalho de assistência aos mais necessitados,
distribuindo alimentos aos pobres que se aproximavam dos portões de seu castelo.
Tal fato gerou a lenda, segundo a qual, um dia, a duquesa encheu o seu manto de pães e os levava a um grupo de mendigos, quando veio a seu encontro o duque
Luís e lhe perguntou o que trazia sob as vestes e ela de pronto respondeu:
“Ora, são flores, meu senhor”. E, abrindo o manto, apareceu um belo buquê de
rosas orvalhadas, para espanto do marido. A tradição narra o fato como verdadeiro.
Mas o século
XIII era um período socialmente muito agitado,
pois milhares de cavaleiros atravessavam a Europa de Norte a Sul, em
direção ao Oriente. Era a época das cruzadas. O imperador Frederico II, à
frente de milhares de cruzados, se dirigia à Palestina para libertar os lugares
santos das mãos dos muçulmanos. O duque Luís não podia se recusar a participar
do grande acontecimento. Reuniu seus melhores cavaleiros e seguiu os passos do imperador, deixando o
governo de seu ducado nas mãos de Isabel. Era o ano de 1227.
Depois de
devastadoras batalhas na terra santa, O duque Luís foi atingido pela peste,
vindo a falecer. Tal fato encheu de dor e sofrimento o coração de Isabel, mas
alegrou um grupo de nobres corruptos, todos eles parentes de Luís, que viviam
no castelo. Eles, então, organizaram um complô para tirá-la do poder, pois não
apoiavam o seu trabalho junto aos pobres e necessitados, fato que a tornara
muito querida de todos os seus súditos. Isabel não tinha a quem recorrer, pois
os fiéis cavaleiros de seu marido haviam partido com ele para a Palestina e o
povo que a amava não dispunha de condições de lutar em sua defesa.
Confirmada a morte do duque Luís, os conspiradores acharam que Isabel estava totalmente indefesa e, simplesmente, decretaram a sua expulsão do castelo, juntamente com seus filhos e damas de companhia. Do dia para noite, a jovem duquesa se viu jogada ao relento, totalmente desamparada, com a proibição a seus súditos de lhe darem acolhida. Assim, os conspiradores esperavam que ela viesse a sucumbir juntamente com os filhos e damas de companhia. Isabel sofreu com resignação os sofrimentos que lhe foram impostos, mas, finalmente, sob intervenção de seu tio, Otto, bispo de Bamberg, foi recebida pelas irmãs de um mosteiro perto da localidade de Bodestein, cuja abadessa era sua tia.
Confirmada a morte do duque Luís, os conspiradores acharam que Isabel estava totalmente indefesa e, simplesmente, decretaram a sua expulsão do castelo, juntamente com seus filhos e damas de companhia. Do dia para noite, a jovem duquesa se viu jogada ao relento, totalmente desamparada, com a proibição a seus súditos de lhe darem acolhida. Assim, os conspiradores esperavam que ela viesse a sucumbir juntamente com os filhos e damas de companhia. Isabel sofreu com resignação os sofrimentos que lhe foram impostos, mas, finalmente, sob intervenção de seu tio, Otto, bispo de Bamberg, foi recebida pelas irmãs de um mosteiro perto da localidade de Bodestein, cuja abadessa era sua tia.
Mas, a Divina Providência veio em socorro da duquesa. Muitos dos cavaleiros que acompanharam o marido à terra santa,
retornaram, trazendo os ossos de seu
marido para serem sepultados no ducado de Wartburgo e ficaram estarrecidos ao
tomarem conhecimento dos fatos que aconteceram em sua ausência. Os
conspiradores foram derrotados e Isabel retornou a seu castelo, para alegria de
seus numerosos súditos. Então, ela tomou uma decisão drástica, abdicando do poder e delegando a nobres de
sua confiança a gestão dos negócios de
estado até a maioridade de seu filho mais velho, de nome Hermann e resolveu dedicar sua vida inteiramente aos
necessitados, tornando-se uma lenda viva entre os povos da região. Com recursos deixados pelo marido, construiu um hospital e desenvolveu um intenso trabalho em prol dos mais necessitados, vivendo ela própria na mais extrema pobreza, morando numa humilde choupana, longe do fausto de seu antigo castelo, Tempos
depois de seu exílio e sofrimento, ingressou na Ordem Terceira Franciscana, seguindo
o exemplo de São Francisco de Assis,
sendo hoje patrona dos membros dessa irmandade. Isabel faleceu com a idade de
apenas 24 anos.
A atuação de Santa Isabel, à época, pode ser comparada a de nossos dias, com
aquela desenvolvida pela Madre Tereza de Calcutá, face à dedicação da jovem duquesa aos pobres, doentes e necessitados, razão pela
qual foi canonizada pelo papa Gregório IX em 27 de maio de 1235, ou seja, apenas
4 anos após a sua morte.
Em tempo: No ano de 1954, o autor deste blog escreveu uma peça teatral intitulada: A Canção dos Indigentes, peça essa sobre a vida de Santa Isabel da Turíngia e que foi encenada nas cidades de Curitiba e Petrópolis sob o patrocínio dos membros da Ordem Terceira Franciscana das respectivas cidades. Na cidade de Petrópolis, a peça foi encenada pelo grupo Teatro Experimental Petropolitano (TEP), que fez 10 apresentações, sempre com casa cheia.
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