sábado, 13 de abril de 2013

NERO: INCESTO E MATRICÍDIO





Nero Cláudio César Augusto Germânico (37 d. C – 68 d. C) foi um dos maiores tiranos da história. Seu governo foi marcado pela crueldade, luxúria e crimes abomináveis. Mantinha relações incestuosas com a própria mãe, Agripina.
Suetônio, autor da Vida dos Doze Césares, escreveu: ”Narra-se, inclusive que toda vez que andava em liteira com sua mãe, satisfazia com ela seus apetites incestuosos e provava esse fato com as manchas apresentadas por suas vestes”. O mesmo autor escreve que o tirano pretendeu coabitar com a própria mãe e os inimigos de Agripina fizeram-no desistir desse propósito, pois temiam que ela se aproveitasse da nova situação para cometer arbitrariedades, pois era uma mulher cruel, difícil de ser contida. Para se consolar, Nero admitiu entre suas concubinas uma cortesã muito parecida com a mãe. Mas o destino de Agripina foi trágico como o de tantos outros, sendo condenada à morte pelo próprio filho, tornando-se ele um dos mais famosos matricidas da historia.



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O FILHO DE ANITA - Uma história que beira o fantástico. Um rico fazendeiro que incorpora o Malvado, desenvolve um intenso trabalho para seduzir uma bela jovem, Anita, criando situações inusitadas. A história reúne frades, médicos, vaqueiros, mulheres inteligentes e o povo simples dos vilarejos. E tem um final surpreendente. Só lendo, para crer. Mas, se você é impressionável, compre o livro, mas não leia, para não perder o sono. Deixe que outros o leiam.

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 OPERAÇÃO KAABA - Uma história extraordinária, que se passa no ano de 2035, num conflito internacional de graves consequências e o sequestro de um papa por terroristas islâmicos. O livro fala do surgimento de uma nova ordem religiosa - os Novos Templários, em cujos votos está, agora incluído, o voto de Preservação, com o objetivo de minorar os graves problemas ambientais que surgirão no futuro. A história envolve terroristas, jornalistas, políticos, fanáticos religiosos, personagens do clero e a figura de um papa - Pedro Paulo I, além de uma bela jovem que dá um colorido especial à narrativa. 

 AS TORRES DAS TRÊS VIRTUDES- livro dividido em duas partes. A primeira se passa num seminário, com a narrativa de fatos vivenciados pelo autor em sua juventude, mostrando como se desenvolvia a vida de um jovem, baseada no estudo, no trabalho e na oração, além das atividades esportivas. A segunda parte é vivida pelo herói da narrativa, na fazenda de seu pai, onde impera a corrupção, a violência e a lei da Winchester. 

 MENINO TROPEIRO - é a biografia da infância do autor, filho de um professor primário, que dava aulas em povoados do Planalto Catarinense. Aulas para 4 turmas, simultaneamente, com a maioria dos alunos vindos das propriedades agrícolas. Eles não tinham condução, como os alunos atuais. Vinham a pé, na escola não havia refeições e, à tarde voltavam para casa e pegavam uma enxada para ajudar os pais no trabalho das lavouras. Eram outros tempos. 

 Para comprar, acesse: Atendimento@clubedeautores.com.br


Você que faz parte dos quase 200 mil leitores do meu blog com quase 180 mil inserções, num trabalho de  15 anos, infelizmente não compra os meus livros. Estou quase desistindo, mas se comprar, não vai se arrepender. Se achar caro o preço da versão impressa, compre a versão e-book, pela metade do preço e receba o livro pela internet.

O Autor

 



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domingo, 17 de fevereiro de 2013

O PESADELO DE ABRAHAM LINCOLN, PREVENDO A PRÓPRIA MORTE

Iconic black and white photograph of Lincoln showing his head and shoulders.

A chamada guerra da secessão que dividiu o povo americano, durou de 1861 a 1865, terminando com a vitória da União contra os confederados do Sul. Após a vitória, liderada por Lincoln, a segurança do presidente passou a ser uma preocupação constante de seus auxiliares mais próximos, pois sabiam do ódio e desejo de vingança dos vencidos. A comemoração da rendição do general Lee aconteceu numa terça-feira, 11 de abril, quando a cidade de Washington se agitou em sucessivas celebrações, com multidões desfilando diante da Casa Branca.

Naquela noite, o presidente em reunião com os principais colaboradores e sua mulher, relatou um estranho sonho que tivera em noites anteriores, narrativa que publicamos com tradução de Carlos Lacerda, extraída de uma condensação do livro de Jim Bishop e publicada pela Biblioteca de Seleções. Eis o texto:

“ - Há uns dez dias, fui deitar-me muito tarde. Estava à espera de um telegrama muito importante. Mal me deitara caí numa madorna, devido ao cansaço. Logo comecei a sonhar. Parecia haver em volta de mim uma quietude de morte. Então ouvi soluços abafados, como se muita gente estivesse a chorar. Pensei ter saltado da cama e descido ao acaso, as escadas.
- Então quebrou o silêncio o mesmo soluçar lastimoso, mas as pessoas eram invisíveis. Fui de sala em sala. Nenhuma pessoa viva à vista, mas os mesmos sons lamentosos vinham ao meu encontro enquanto eu passava. Havia luz em todas as salas. Os objetos eram familiares, mas onde estava aquela gente toda, que se lamuriava de partir o coração?
- Eu estava intrigado e cheio de espanto... decidido a encontrar a causa dessas ocorrências tão misteriosas e despropositadas, continuei o caminho até chegar ao Salão da ala direita, onde entrei. Ali deparei com uma surpresa medonha. Diante de mim, uma essa na qual jazia um cadáver preparado para os funerais. Em volta, soldados montavam guarda; e a multidão... uns a olhar tristemente para o cadáver, cujo rosto estava coberto, outros a chorar de dar pena.
- Quem está morto na Casa Branca? – perguntei a um dos soldados.
- O Presidente – foi a resposta. Abatido por um assassino.
- Então levantou-se da turba uma ruidosa explosão de mágoa, que me despertou do sonho. Não mais dormi naquela noite; embora fosse apenas um sonho, desde então me tem perturbado estranhamente.
Mr. Lincoln calou-se. Ninguém disse nada. A Sra. Lincoln estava horrorizada.
- É medonho – disse – Preferia que você não tivesse contado. Felizmente, não acredito em sonhos, senão passaria a viver apavorada.
O Presidente sorriu.
- Era apenas um sonho, Mãe. Não falemos mais nisto, tratemos de esquecer.
Os amigos começaram as despedidas..."

Lincoln sabia dos riscos que sua vida corria. Num arquivo em seu gabinete guardava uma pasta com mais de 80 cartas que o ameaçavam de morte, mas estava conformado. Se a vontade de Deus permitisse que ele fosse sacrificado, nada poderia fazer. Em Suas mãos entregara o seu destino.

E o sonho do Presidente se tornou realidade, quando o ator John Wilkes Booth, invadiu o camarote do chefe da nação, durante uma apresentação teatral no Teatro Ford, acertando-lhe à queima-roupa um tiro na cabeça. Eram 10h15 da noite de 14 de abril de 1865. Um dies ater (dia negro) para o povo americano.


Veja como foi  o assassinato de \lincoln

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O Autor

 


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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

NOITE DE ENCOMENDAÇÃO DAS ALMAS



   Resultado de imagem para encomendação das almas

A cena narrada a seguir, se passa na localidade de Cerro Negro, um povoado localizado no planalto catarinense e foi extraída do livro Menino Tropeiro de R. H. Souza. Estávamos no início dos anos trinta e minha família morava nessa  localidade, onde meu pai era professor primário. O povo da região mantinha tradições curiosas, entre as quais se destacava aquela da encomendação das almas, uma cerimônia realizada nas sextas-feiras da quaresma. A seguir, a narrativa. 

"Entre a gente nativa da região existia também um costume singular. Numa noite, dormíamos tranquilamente em nossa casa, quando fomos acordados por orações e cânticos, acompanhados do ruído de matracas à porta da escola. Minha mãe acordou assustada e perguntou a meu pai o que aquilo significava e ele respondeu:
– Fiquem todos quietos, porque se trata de uma cerimônia de encomendação das almas.
– Mas o que isso significa?
– Em noites da quaresma, o povo se reúne no cemitério e dali partem grupos de homens, mulheres e crianças. Visitam as casas. cantam e rezam pelas almas. As pessoas da casa devem ficar em silêncio e só abrir as portas depois de terminada a cerimônia. Aí, sim, podem receber os visitantes e lhes oferecer um café ou coisa parecida.
E assim, aconteceu lá em casa. Dona Lina correu para a cozinha, fez um café, cortou fatias de pão e levou tudo até a escola, onde os visitantes noturnos aguardavam em silêncio. Depois que terminaram de comer, se retiraram e foram atrás de outras residências do povoado, repetindo o mesmo cerimonial de cânticos e orações pelas almas sofredoras. Confesso que aquela cerimônia noturna tinha qualquer coisa de misterioso e impressionava as pessoas visitadas."



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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A CONSPIRAÇÃO FRANCISCANA

  1.  


O escritor americano Jobn Sack escreveu um livro intitulado:A Conspiração Franciscana, uma obra de ficção baseada em fatos reais, segundo seus editores. São mais de 400 páginas para concluir no final que, os estigmas de São Francisco de Assis não passavam de feridas produzidas pela lepra, fato escamoteado pela Ordem Franciscana e pela Igreja Católica. Na capa do livro tem um texto que diz:” Há 700 anos a Igreja escondeu do mundo o corpo de São Francisco. Um grande segredo foi com ele para o túmulo”.

O curioso é que os inúmeros biógrafos de São Francisco, entre eles Tomás de Celano, jamais se referiam a essa lepra de São Francisco, que tinha as mãos e os pés envoltos em panos para esconder das pessoa as chagas de Cristo recebidas no Monte Alverne. É sabido também que a lepra se manifesta nas faces e nas orelhas, nas pernas e em outras partes do corpo. Será que ninguém teria percebido? Narram os biógrafos do santo que, ao morrer, Frei Elias, o então Superior da Ordem Franciscana, mostrou aos presentes as chagas no corpo do Poverello e manteve sigilo sobre o local de seu sepultamento para evitar que seu corpo fosse profanado pelos caçadores de relíquias, fato muito comum na Idade Média.

Conspiração Franciscana está inserido no mesmo contexto do Código Da Vinci e de outros livros que estão mais à procura de faturamento do que da verdade. Afinal, o papel aceita qualquer coisa.
















      

O BÁRBARO TORNEIO DA CERVEJA NAS UNIVERSIDADES ALEMÃS




                                             Alte Universität
                                                     Universidade de Heidelberg

Durante a Idade Média, formaram-se numerosas universidades alemãs, como Heidelberg. A vida universitária era intensa com algumas tradições que beiravam à irracionalidade. Entre elas, uma nos chamou a atenção. Era o torneio da cerveja que consistia no seguinte: dois contendores descalçavam as botas (botas de cano curto) e cada um enchia uma delas com cerveja e, diante de uma plateia entusiasmada, iniciavam a disputa. Aquele que primeiro bebesse todo o conteúdo, seria o vencedor. Imagine-se quantos litros do líquido cabiam em cada uma das botas e que devia ser ingerido sem interrupção. Muitos contendores acabavam no hospital.
Heidelberg foi a primeira universidade alemã, fundada em 1380.



     

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

SANTA CATARINA E O PERIGO NAZISTA



Tradições alemãs em Santa Catarina

                

Durante a Segunda Guerra Mundial, o Estado de Santa Catarina foi palco de diversos acontecimentos que vieram perturbar a tranquilidade de suas populações. Como o Estado tinha uma numerosa população constituída por imigrantes alemães e italianos, passou a ser alvo da vigilância das autoridades federais e estaduais, pois muitos desses imigrantes eram adeptos de Mussolini, mas principalmente de Adolf Hitler. Entre a população daquele estado corriam notícias e boatos sobre uma invasão alemã do Sul do Brasil, falava-se de espiões alemães infiltrados entre a população de origem germânica. Em Florianópolis, contava-se a história de um alemão, proprietário de uma empresa de pesca, que usava seus barcos para reabastecerem submarinos alemães que atracavam numa ilhota situada em alto mar. Diziam também que outros submarinos se aproximavam das praias do litoral catarinense e recebiam alimentos frescos das populações locais, formadas por imigrantes alemães e seus descendentes.
O governo federal proibiu que se falasse alemão na região, embora os velhos colonos alemães só soubessem falar esse idioma. Em Blumenau, alguns brasileiros mais revoltados, escondiam-se nas proximidades das casas de alemães para ouvir se falavam alemão e, então, denunciá-los às autoridades. O interventor Nereu Ramos fechou mil escolas que funcionavam nos povoados da zona rural, onde só se falava alemão, simplesmente porque os professores não sabiam português. Logo a seguir, reabriu as referidas escolas com professores brasileiros para que ensinassem a língua pátria aos filhos daqueles colonos. Na verdade, aquelas populações ficaram isoladas durante décadas do restante do Brasil e, só então, o governo brasileiro se dava conta do problema. Em Blumenau se contava a história de um preto velho, criado por uma família alemã que, durante uma reunião com membros da comunidade, preocupados com a guerra e suas consequências, ele teria dito: ”Agora, mais do que nunca, nós os alemães devemos ficar unidos”.
Quando um navio brasileiro era torpedeado por um submarino alemão, recrudescia o antagonismo entre brasileiros e imigrantes alemães, com manifestações de rua, invasão de propriedades. Em Lages, nem mesmo o convento franciscano, fundado por padres alemães, escapou da fúria popular numa tentativa de depredação do mesmo, o que não aconteceu diante da habilidade de seu guardião que veio receber os manifestantes, mostrando aos mesmos o quanto seus irmãos de hábito tinham feito pela cidade.
As pessoas sob suspeita de colaboração com o nazismo e o fascismo eram interrogadas pelos agentes federais e, conforme a situação, levadas para as unidades policiais onde suas vidas eram vasculhadas nos mínimos detalhes.
Àquela época eu, ainda adolescente, residia em Anita Garibaldi, um longínquo povoado no interior de Santa Catarina e assisti a abordagem desses agentes a um médico italiano que morava na localidade. Relato o fato em meu livro, Menino Tropeiro, conforme segue:
“Em 1939, quando começou a Segunda Guerra Mundial, dr. De Negri instalou em sua casa um rádio alimentado a bateria. Ele tinha duas, que mandava recarregar em Lages e, assim, podia acompanhar o desenvolvimento da guerra. Era um dos poucos aparelhos do lugar (talvez o único) e, por meio dele, sabíamos o que se passava lá fora. O jornal que chegava a Anita Garibaldi era um semanário, O Guia Serrano, editado em Lages, pelos frades franciscanos e, assim mesmo, chegava com atraso.
Giovanni De Negri era entusiasta de Mussolini, pois dizia que o Duce dera um progresso extraordinário à sua pátria, a Itália, opinião que era compartilhada por muita gente no Brasil. Acho que ele mantinha contatos com parentes na terra natal que também apoiavam o governo fascista. Em 1942, o Brasil rompeu relações com o Eixo e mais navios brasileiros começaram a ser torpedeados pelos submarinos alemães. A partir desse momento, cidadãos alemães e italianos começaram a ser vigiados pelos serviços secretos do governo Vargas, principalmente os membros mais influentes de cada comunidade, como era o caso do nosso prezado doutor.
Um sábado à tarde, meu pai e eu nos encontrávamos na casa do médico, quando um automóvel parou em frente ao portão. Do carro, saíram dois homens que bateram palmas à entrada. Automóvel em Anita Garibaldi era coisa rara naqueles tempos e o fato causou estranheza ao médico e àqueles que estavam com ele naquele momento. Como fora informado por alguns amigos da possibilidade de estar sendo investigado pelo Governo, pediu a meu pai que escondesse num galpão que ficava aos fundos de sua propriedade, perto do estábulo, uma caixa de correspondência que mantinha com a Itália. Enquanto o professor se deslocava para lá, ele se aproximou do portão e recebeu os visitantes com aquele seu sorriso característico, aparentando a maior tranquilidade.
Os homens disseram que eram do serviço de segurança do Governo Federal e que precisavam colher alguns depoimentos do médico, já que era de nacionalidade italiana e figura de destaque na região.
– Sou figura de destaque, em que sentido? – perguntou dr. Giovanni.
– Ora – disse o mais velho dos agentes –, sabemos que o sr. tem grande influência junto à colônia italiana...
– Se visitar doentes no lombo de um cavalo é ser influente, então, eu sou influente. Se exercer a medicina numa vasta região, sem contar com nenhuma estrutura, sem hospital nem farmácia, então eu sou influente e me orgulho disso.
– Sabemos que o sr. é um homem de grande prestígio, um médico conceituado, mas precisamos saber quais as ligações que mantém com o governo fascista, uma vez que estamos em guerra com a Itália.
Os agentes passaram um longo tempo na casa do médico, pediram para examinar sua correspondência com o exterior e ele lhes mostrou somente as cartas que mantinha com seus familiares, pois àquelas mais comprometedoras, de cunho político, meu pai já dera sumiço. Mas também não eram de conteúdo que pudessem comprometer a segurança nacional.
Depois que os agentes se retiraram, o médico ficou aliviado e passou a rir do ridículo da situação e falou para meu pai:
– Imagine, professor, eu aqui no meio desses matos, atuando como quinta coluna a serviço das forças do Eixo. Não sabia que era tão importante, assim.
– Mas não custa tomar alguns cuidados, doutor, pois existe no país um grande sentimento de animosidade contra alemães e italianos, por causa da guerra e por causa dos torpedeamentos de navios brasileiros. Eu soube que no litoral e em lugares como Blumenau, as pessoas foram até proibidas de falar alemão. Todas as escolas que eram mantidas pelos colonos alemães, com professores alemães, foram fechadas pelo interventor, dr. Nereu Ramos. Agora, foram reabertas e ali só lecionam professores brasileiros. 
– São coisas da guerra – concluiu o médico. – Já se fala que o Brasil vai mandar tropas para lutar na Europa.
As ponderações do professor contaram também com o apoio da mulher do médico, d. Talita, que estava muito assustada com a presença dos agentes federais em sua casa.
– Vamos esquecer o episódio – concluiu dr. De Negri – Amanhã é domingo e vou fazer uma grande macarronada. O professor e sua família estão convidados. Cáspite! – concluiu ele com uma expressão italiana que sempre usava quando queria ironizar ou se admirar de uma situação.
No dia seguinte, estávamos todos lá para nos deliciarmos com a famosa macarronada do médico. Ele mesmo preparava a massa e o molho com todos os ingredientes. Todos que a tinham provado diziam que até na Itália era difícil comer uma macarronada com aquele sabor. Cáspite."




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sábado, 17 de novembro de 2012

E, ENTÃO, O SOL PAROU ...SEGUNDO O LIVRO DE JOSUÉ


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                                                       Galileu Galilei

No dia 22 de junho de 1633, na cidade de Roma, se realizava uma reunião do Santo Ofício com o objetivo de julgar  Galileu Galilei por causa de sua teoria do heliocentrismo, segundo a qual a terra girava em torno do sol e não ao contrário, como se acreditava à época. Predominava, então, a teoria do geocentrismo, segundo a qual a terra era o centro do universo e,  em torno dela, girava o sol. Assim, ensinavam Aristóteles e Ptolomeu. Mas a Igreja defendia essa tese baseada principalmente na Bíblia, mais precisamente no Antigo Testamento, livro de Josué (Js 10.12-14), cujo texto mostramos a seguir:

“Então, Josué falou ao SENHOR, no dia em que o SENHOR deu os amorreus na mão dos filhos de Israel, e disse aos olhos dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeão, e tu lua, no vale de Aijalom. E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Isso não está escrito no Livro do Reto? O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro. E não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, ouvindo o SENHOR, assim, a voz de um homem; porque o SENHOR pelejava por Israel.” 

O curioso  é que Galileu baseava seus estudos nas teoria de um cônego católico, o polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) que apresentava argumentos contundentes em favor da tese do heliocentrimo, sendo considerada  uma das teorias científicas mais importantes de todos os tempos e que marcou o início da moderna astronomia.

Para não ser condenado à fogueira, Galileu se retratou, mas, mesmo assim, foi condenado à prisão domiciliar e impedido de publicar suas obras. Conta-se que, ao ouvir a sentença do Santo Ofício, ele teria resmungado: “Epur si muove!”, cuja tradução é “E, no entanto, ela se move!”
A condenação de Galileu Galilei só foi reconsiderada pela Igreja em nossos dias, por iniciativa do papa João Paulo II que o absolveu em 1998.

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