Estamos no ano de 1886 numa grande exposição na Filadélfia, comemorativa do centenário da independência dos Estados Unidos. O público percorre os diversos estandes, tomando conhecimento das últimas novidades tecnológicas
exibidas na feira, como a lâmpada elétrica, a máquina de escrever, o telégrafo musical e outras. No fundo do grande salão havia um estande, onde era exibido um esquisito equipamento, patenteado por um tal de Alexander Graham Bell. Era o protótipo do primeiro telefone. O seu construtor, entretanto, era um ilustre desconhecido do público americano. Grahan Bell estava desiludido pela falta de interesse do público da feira pelo seu invento. Mas eis que, de repente, o ambiente se agitou com a entrada na feira de um senhor de elevada estatura, barba e cabelos brancos, de sorriso simpático. Vinha acompanhado de vários jornalistas e de muitos curiosos. Era D. Pedro II, imperador do Brasil, em visita aos Estados Unidos, um homem inteligente, interessado nas novidades tecnológicas. Ele se aproximou do estande, cumprimentou o nervoso inventor, falando um inglês perfeito e este o convidou a testar o seu invento, até o momento ignorado pelo público presente à feira. D. Pedro se aproximou e falou ao telefone, ouvindo uma voz de retorno. Admirado, exclamou: "Meu Deus, isso fala!". Pronto! O invento de Bell está salvo, pois o fato repercutiu em toda a imprensa americana, pois D. Pedro II era uma figura de destaque nos Estados Unidos.
O Brasil foi o segundo país a fazer uso do telefone, ligando o imperador a seus principais auxiliares. O aparelho usado pelo imperador está hoje no Museu das Telecomunicações no Rio de Janeiro. É, naturalmente, bem diferente dos modernos aparelhos. Na foto anexa, o aparelho usado pelo imperador, todo em madeira,
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