quinta-feira, 19 de agosto de 2021

AS TARAS SEXUAIS DE ALGUNS IMPERADORES ROMANOS




Júlio César, fundador do império romano

Quem melhor nos transmitiu conhecimentos sobre a vida da maioria dos imperadores romanos, foi Suetônio, que trabalhou na corte do imperador Adriano. Ele escreveu o livro A Vida dos Doze Césares no qual  narra  as diversas facetas do caráter desses imperadores, inclusive suas taras sexuais.

Júlio César foi o fundador do império. Um homem de extraordinária capacidade, grande conquistador. Com a conquista da Gália, anexou um imenso território ao império romano. Era idolatrado pelos seus comandados, mas esses diziam que o general era o homem de todas as mulheres e a mulher de todos os homens. Os relacionamentos sexuais de Júlio César  remontam a sua juventude. Entre três casamentos, Júlio ainda encontrou tempo para diversos relacionamentos extraconjugais, destaca-se aqui Cleópatra, com quem teve um filho e o abandonou: Cesarião, o último faraó da Dinastia Ptolomaica. Não só com mulheres o romano mantinha relações, César viveu amores intensos também com homens.

Tibério (de 14 a 37 d.C.) filho adotivo de Augusto. Em seu reinado, apesar de muita violência, sufocando rebeliões em várias províncias, não empreendeu guerras de conquistas. Era uma verdadeiro tarado sexual. Em seu palácio, na ilha de Capri, para onde se retirou nos últimos anos do governo, criou um verdadeiro bordel, cercado de numerosas prostitutas. Era também dado à pedofilia, usando crianças em sua banheira para as práticas mais abomináveis.

Calígula (de 37 a 41 d.C.) - Seu nome significa  O Sandalinha, apelido que lhe deram os legionários, quando ele ainda era criança e costumava circular pelos acampamentos militares, calçando caligas (cáligas), as sandálias dos soldados. Seu governo, inicialmente, dava mostras de bem intencionado, ajudando os pobres e ensaiando algumas práticas democráticas. Mais tarde, provavelmente acometido por uma doença que lhe atingiu o cérebro, passou a cometer atos insanos. Costumava convidar os senadores para banquetes em seu palácio e, no final, arrastava a mulher do convidado  para seus aposentos, onde a estuprava. Casou com sua irmã  Drusila, por quem era muito apaixonado. Segundo alguns historiadores, teria tido relações incestuosas também com outras duas irmãs.

Nero (54-6 d.C. ). Agripina, mãe de Nero fez com que ele se casasse com a filha de Cláudio, Otávia. Depois envenenou o marido, Cláudio, e conseguiu que a guarda pretoriana  aclamasse Nero imperador, com apenas 17 anos, esperando governar em seu lugar, pois o filho não estava preparado para o cargo. Os primeiros anos do governo de Nero foram profícuos, aconselhado que era por seu preceptor, o filósofo Sêneca e por Burrus, prefeito do pretório. Sentindo-se fora do poder, Agripina uniu-se a Britânico, que foi logo condenado à morte por Nero. A seguir, ele assassinou Agripina, repudiou a esposa Otávia, casou-se com Pompeia, exilando-a  e depois mandando também  matá-la. Com a morte de Burrus e o afastamento de Sêneca (depois assassinado por ordem do imperador),  Nero entregou-se a uma vida devassa, promovendo orgias e assassinatos. Acusou os cristãos pelo incêndio de Roma que provavelmente foi ateado a mando do próprio Nero. Os generais se revoltaram e o imperador teve que fugir, sendo morto por um de seus auxiliares.
Segundo Suetônio, Nero mantinha relações sexuais com a própria mãe e isso era comum quando passeavam em liteiras. Ao sair, as vestes do imperador mostravam manchas relativas ao ato sexual. Isso não impediu que mais tarde ele mandasse matar  a genitora. 

Cômodo (180-192 d.C.) Filho de Marco Aurélio, chegou a dividir o governo com o pai, durante um período, em razão de uma grande revolta verificada no Oriente. Depois da morte do pai, consolidou a paz no Danúbio, mas foi desafiado pelo Senado ao nomear estrangeiros  para ministros, resultando daí várias conspirações que ele abafou à custa de muitas execuções. Foi acusado de ter condenado à morte a irmã Lucila e a esposa Crispina. Era conhecido em Roma por sua vida depravada. Participava  das lutas de gladiadores, nos anfiteatros, vestindo-se como Hércules, temas muito bem  explorados pelos filmes O Fim do Império Romano  e  O  Gladiador.  Morreu estrangulado, mas antes, sua amante  de nome Márcia, tentou envenená-lo. 
                                         
Apesar do governo despótico de alguns imperadores, depois de Augusto, o império gozou de relativa paz e prosperidade, por mais de dois séculos, tendo alcançado com Trajano o auge das conquistas territoriais. O comércio expandiu-se, alcançando as mais remotas províncias. Roma torna-se um centro cultural, com numerosas obras de arte, com uma arquitetura desenvolvida, onde se destacam os templos,  os palácios, os arcos de triunfo, os estádios monumentais como o Coliseu. Nas províncias, os romanos constroem aquedutos, estradas, ginásios esportivos, palácios para seus administradores.

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AS TORRES DAS TRÊS VIRTUDES- livro dividido em duas partes. A primeira se passa num seminário, com a narrativa de fatos vivenciados pelo autor em sua juventude, mostrando como se desenvolvia a vida de um jovem, baseada no estudo, no trabalho e na oração, além das atividades esportivas. A segunda parte é vivida pelo herói da narrativa, na fazenda de seu pai, onde impera a corrupção, a violência e a lei da Winchester.

MENINO TROPEIRO - é a biografia da infância do autor, filho de um professor primário,  que dava aulas em povoados do Planalto Catarinense. Aulas para 4 turmas, simultaneamente, com a maioria dos alunos vindos das propriedades agrícolas. Eles não tinham condução, como os  alunos atuais. Vinham a pé, na escola não havia refeições e, à tarde voltavam para casa e pegavam uma enxada para ajudar os pais no trabalho das lavouras. Eram outros tempos.

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