quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

ZÉ ARIGÓ, UM PARANORMAL DE PROJEÇÃO INTERNACIONAL, FENÔMENO JAMAIS IDENTIFICADO




José Pedro de Freitas (1921-1977)  era o seu nome de batismo, mas passou a ser conhecido internacionalmente como Zé Arigó - um apelido caipira. Era natural de Congonhas do Campo, uma pacata cidade mineira, que ficou conhecida pela obra- prima do Aleijadinho: os doze profetas do santuário do Bom Jesus de Matosinhos. Dizem alguns que o espírito do Aleijadinho também teria tido influência na trajetória mediúnica de Arigó.

Na primeira fase de sua vida, Arigó era atormentado, em sonhos,  por uma luz e vozes estranhas. Chegou a consultar médicos, mas nada indicava que fosse acometido por qualquer tipo de doença, até que sofreu uma estranha aparição. Era a figura de um homem, num cenário hospitalar, trajando um avental de médico, realizando com sua equipe, uma complicada cirurgia. Depois de muitos sonhos, o personagem se apresentou como Dr. Adolph Fritz, médico alemão, desencarnado durante a primeira guerra mundial, cujo trabalho na terra não pudera concluir e que escolhera Arigó para continuá-lo em prol da humanidade, para o qual contaria também com a ajuda de outros espíritos.

Arigó, ao despertar do sonho, estava tão impressionado, que saiu nu pela porta da casa, correndo pelas ruas do povoado. Desesperado, consultou médicos e até foi submetido a um exorcismo por um padre da paróquia, mas nada de anormal foi encontrado nele, até que um dia, resolveu testar seus poderes mediúnicos. Encontrando um conhecido que era aleijado, ordenou que largasse as muletas e andasse. Isso feito, o homem se levantou e começou a andar. Era o início da trajetória de curas levadas a efeito  por Zé Arigó. Instalou-se, inicialmente na sede de um centro espírita da cidade e iniciou suas curas e operações cirúrgicas. Depois, fundou a própria clínica, onde recebia caravanas nacionais e internacionais, com milhares de pessoas, que  o procuravam ao longo do tempo e ele as atendia, gratuitamente,  incorporando a figura do Dr. Fritz. 

 As cirurgias praticadas por Arigó eram peculiares. Dizem que ele, ao entrar no recinto, se recolhia a uma sala, de onde retornava transfigurado. Falava com sotaque alemão e, às vezes , dizia frases em alemão, idioma que não conhecia. Aliás, seu nível de instrução não passava do primário.


Pessoas que acompanharam as cirurgias, descrevem os métodos de trabalho de Arigó. Usava uma faca de cozinha e a introduzia no olho do paciente, revirando-a. Depois, com a faca suja de sangue ou até de pus, ele a limpava com as mãos ou até nas vestes do paciente, que não sentia nada e aguardava o pronunciamento do Dr. Fritz. Ele, então, dava o seu diagnostico. Dizia de que enfermidade a pessoa sofria, dava receitas e, em alguns casos,  aconselhava outros procedimentos cirúrgicos. Com facas de cozinha ou até canivetes, extraía tumores e quistos, sem a mínima preocupação com  a assepsia médica.  Outros chegavam até ele e eram despachados com o aviso de que não tinham enfermidade nenhuma. Essas cirurgias e receitas eram, muitas vezes, acompanhadas por médicos de renome, do Brasil e até do exterior, que ficavam assombrados com a precisão das mesmas. Arigó  receitava remédios de que ele nunca ouvira falar. Diariamente, depois de sair do trabalho (ele era funcionário público), Arigó (Dr. Fritz) dava, em média,  200 consultas por dia. Fez isso, durante quase 20 anos. Atendia seus pacientes e dava seus diagnósticos, numa rapidez incrível. Conta-se que, ao assistir a um filme, mostrando suas cirurgias, ele desmaiou.

A fama de Zé Arigó havia ultrapassado fronteiras e caravanas em ônibus ou até em aviões  chegavam diariamente a Congonhas do Campo, despertando a ira da Associação Médica de Minas Gerais, que o processou, pelo crime de prática ilegal da medicina. Arigó foi condenado e preso, fato que ocasionou uma verdadeira comoção nacional e até internacional, pois o médium e suas curas eram do conhecimento geral das populações, divulgadas pela imprensa nacional e internacional. A salvação de Arigó foi a figura de outro mineiro, agora presidente da República, Juscelino Kubitschek, que o indultou, para alívio de toda a população brasileira. Aliás,  a filha de Juscelino tinha sido atendida por ele,  indicando-lhe a existência de dois cálculos renais.

Posteriormente, Arigó sofreu novo processo e prisão, mas, mesmo dentro do presídio, continuou praticando suas curas. Quando saiu, seu prestígio era ainda maior.

Mas, como diz o provérbio: não há mal que sempre dure e nem bem que nunca se acabe. E o bem proporcionado por Zé Arigó teve um fim trágico. Um dia, diante de seu numeroso público, ele avisou que teria que se afastar por algumas horas, pois iria a um povoado vizinho buscar um carro usado, que acabara de comprar. Era um Chevrolet Opala. Durante o retorno para Congonhas,  sofreu um mal súbito, perdeu a direção do veículo, chocando-se com um carro que vinha em direção contrária. Morreu no local. Dizem que Arigó teve uma previsão de sua morte, quando sonhou com um crucifixo negro. Seu corpo não foi velado numa igreja de Congonhas, como queriam seus familiares, pois todas o rejeitaram por ele praticar o espiritismo.



Cena de Arigó distribuindo produtos aos mais necessitados


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