quinta-feira, 30 de setembro de 2021

O PROFETA MAOMÉ, EM VÁRIAS SURATAS* DO ALCORÃO, EXALTA O NOME DE MARIA, MÃE DE JESUS

 


Publicamos, a seguir,  passagens do Alcorão em que o nome de Maria é mencionado, como a mãe de Jesus. Leiam, com os comentários  de um conhecedor do assunto.

A VIRGEM MARIA SEGUNDO O ISLAMISMO

Sheikh Muhammad Ragip*

 Maria, mãe de Jesus (as) é assim referenciada no Sagrado Alcorão(Surata 3:42):

 

Recorda-te de quando os anjos disseram"Ó Maria, é certo que Allah te elegeu e te purificou, e te preferiu a todas as mulheres da humanidade!

 Allah manifesta Sua suprema vontade através de infinitas e magníficas formas. Através do milagre da vida, da sofisticação da consciência, da imensidão do espaço, da incomensurabilidade do tempo,...

 Dentre as majestosas expressões de Seus atos, Allah criou Adão (as) por Sua vontade, sem pai nem mãe, criou Eva a partir de Adão (as), porém sem mãe e criou Jesus (as) a partir de Maria (as), porém sem pai. Quando Allah deseja criar, Ele manifesta o comando "Seja" e aquilo que é comandado aparece de imediato.

 

No Sagrado Alcorão (Surata 3:45-48) a anunciação a Maria (as) é assim relatada:

 E quando os anjos disseram: Ó Maria, verdadeiramente Allah te anuncia o Seu Verbo, seu nome será o Messias, Jesus, filho de Maria, honrado neste mundo e no outro, e estará entre os próximos a Allah..

 Falará aos homens no berço e na maturidade, e estará entre os virtuosos.

 Ela perguntou: Ó meu Senhor, como poderei ter um filho se nenhum homem jamais me tocou? Ele disse: Assim será, Allah cria o que deseja. Quando decreta algo, Ele apenas diz: "Seja!" e é.

 Também na Surata 19: 20-21, tem-se

 Disse-lhe: Como poderei ter um filho, se nenhum homem me tocou e eu não perdi a castidade?

 Ele disse: Assim será, pois teu Senhor disse: Isto é fácil para Mim, e desejamos faze-lo um sinal para os homens.e uma Misericórdia: Este é um assunto assim decretado.E na Surata 66:12:

Maria, filha de Imran, que preservou sua castidade, e nela  infundimos nosso Espírito e ela confirmou a verdade das palavras de seu Senhor e de Suas Revelações e se contou entre os servos virtuosos.

 Alguns estudiosos islâmicos entendem tal nobreza na Virgem Maria (as) que consideram sua alma de natureza profética, uma vez que, em diversas passagens do Sagrado Alcorão, há indicações de que o Anjo Gabriel (as) lhe dirigiu a palavra. Isto seria prova suficiente de seu caráter profético, uma vez que o Anjo Gabriel (as) só desce para manifestar-se a profetas.

Dentre as religiões reveladas, nós muçulmanos consideramos o cristianismo a mais próxima, uma vez que, tal como os cristãos, nós honramos e amamos Jesus (as) e sua abençoada mãe, a Virgem Maria (as).

 Hajj Sheikh Muhammad Ragip al-Jerarri

* CAPÍTULOS



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sábado, 18 de setembro de 2021

SERIA ESTE UM RETRATO FIEL DE JESUS DE NAZARÉ?

 

                         
  •  A imagem de cima é da tela que teria sido feita pelo    senador Publius Lentulus e a debaixo é do sudário de Turim, que envolveu o corpo de Jesus, na tumba.    É grande a semelhança entre as duas imagens.

Nos arquivos do Vaticano, existe uma carta atribuída ao senador romano, Publius Lentulus, descrevendo a figura moral e física de Jesus Cristo, carta essa enviada ao imperador Tibério, acompanhada de um retrato (foto), encontrada no arquivo pessoal do duque de Cesadini em Roma.


O livro Há dois mil anos, psicografado por Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, é uma narrativa da vida desse senador, que viveu um período de sua vida na Palestina, a serviço do imperador romano e onde teve contato com a figura de Jesus, tendo o mestre curado da lepra sua filha. Em consequência desse milagre, a mulher do senador, Lívia, tornou-se uma fervorosa cristã, sofrendo mais tarde, o sacrifício do martírio, na defesa de sua fé. O livro de Francisco Xavier não faz menção a essa carta.

A carta do senador Publius Lentulus é considerada apócrifa pela Igreja Católica e também por muitos historiadores. Já outras pessoas, a consideram autêntica. Junto com a carta, o senador teria enviado ao imperador um retrato de Jesus, pintado por ele mesmo, retrato esse que é muito similar à imagem de Cristo, estampada no Sudário de Turim. Existem diversas versões dessa carta e aqui publicamos a mais completa.   

"Sabendo que desejas conhecer quanto vou narrar, existindo nos nossos tempos um homem, o qual vive atualmente de grandes virtudes, chamado Jesus, que pelo povo é inculcado o profeta da verdade, e os seus discípulos dizem que é filho de Deus, criador do céu e da terra e de todas as coisas que nela se acham e que nela tenham estado; em verdade, ó César, cada dia se ouvem coisas maravilhosas desse Jesus: ressuscita os mortos, cura os enfermos, em uma só palavra: é um homem de justa estatura e é muito belo no aspecto, e há tanta majestade no rosto, que aqueles que o veem são forçados a amá-lo ou temê-lo. Tem os cabelos da cor amêndoa bem madura, são distendidos até as orelhas, e das orelhas até as espáduas, são da cor da terra, porém mais reluzentes.

Tem no meio de sua fronte uma linha separando os cabelos, na forma em uso nos nazarenos, o seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno, nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face, de uma cor moderada; o nariz e a boca são irrepreensíveis.

A barba é espessa, mas semelhante aos cabelos, não muito longa, mas separada pelo meio, seu olhar é muito afetuoso e grave; tem os olhos expressivos e claros, o que surpreende é que resplandecem no seu rosto como os raios do sol, porém ninguém pode olhar fixo o seu semblante, porque quando resplende, apavora, e quando ameniza, faz chorar; faz-se amar e é alegre com gravidade.

Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas, antes, chorar. Tem os braços e as mãos muito belos; na palestra, contenta muito, mas o faz raramente e, quando dele se aproxima, verifica-se que é muito modesto na presença e na pessoa. É o mais belo homem que se possa imaginar, muito semelhante à sua mãe, a qual é de uma rara beleza, não se tendo, jamais, visto por estas partes uma mulher tão bela, porém, se a majestade tua, ó César, deseja vê-lo, como no aviso passado escreveste, dá-me ordens, que não faltarei de mandá-lo o mais depressa possível.

De letras, faz-se admirar de toda a cidade de Jerusalém; ele sabe todas as ciências e nunca estudou nada. Ele caminha descalço e sem coisa alguma na cabeça. Muitos se riem, vendo-o assim, porém em sua presença, falando com ele, tremem e admiram.

Dizem que um tal homem nunca fora ouvido por estas partes. Em verdade, segundo me dizem os hebreus, não se ouviram, jamais, tais conselhos, de grande doutrina, como ensina este Jesus; muitos judeus o têm como Divino e muitos me querelam, afirmando que é contra a lei de Tua Majestade; eu sou grandemente molestado por estes malignos hebreus.

Diz-se que este Jesus nunca fez mal a quem quer que seja, mas, ao contrário, aqueles que o conhecem e com ele têm praticado, afirmam ter dele recebido grandes benefícios e saúde, porém à tua obediência estou prontíssimo, aquilo que Tua Majestade ordenar será cumprido.

Vale, da Majestade Tua, fidelíssimo e obrigadíssimo

                              
                      

                                                      



































sábado, 11 de setembro de 2021

MANIFESTAÇÕES DO ALÉM QUE PERTURBAVAM A CABEÇA DE UM POBRE MENINO



Capítulo extraído do livro MENINO TROPEIRO, de autoria de R.H. Souza, autor deste blog.

"Por esses tempos um  fato  perturbador  veio  tirar  um   pouco a  tranquilidade do lugar. A família Babi era nossa vizinha. O dono da casa era Miguel Babi. Ele mantinha um cartório na sala principal da residência. Sua mulher era muito amiga de minha mãe. Eles tinham três filhos: duas moças e um rapaz. Uma das filhas do casal, chamada Anita, era uma jovem alta e bonita, mas um tanto retraída. Tinha apenas 21 anos de idade quando começou a manifestar um comportamento muito estranho. Tinha momentos de crises, quando era acometida por violentas manifestações de agressividade. Quebrava tudo a seu alcance e era preciso várias pessoas para segurá-la e colocá-la sobre o leito. Entrava em transe e dizia coisas  incompreensíveis. Diversas  pessoas  do lugar acorreram à casa de Miguel para lhe dar apoio, entre elas, meu pai. As crises chegavam à noite e todos ficavam à volta da jovem para ajudar a família naquele momento crítico, pois os problemas eram inúmeros. Anita começou a revelar intimidades dos presentes. Falava de coisas que ela não tinha como saber.

Dr. De Negri examinou-a por diversas vezes, mas não encontrou nada que fosse a causa desses distúrbios. Começaram, então, a pipocar os boatos. Dizia-se, a boca pequena, que a moça estava possuída pelo Coisa Ruim, mas a família chegou a outra conclusão: achavam que ela estava possuída, sim, mas pelo espírito de Frei Rogério, um espírito do bem.

Mas quem era Frei Rogério? Era um frade alemão, como já falei, que tinha fama de santidade. Ele percorrera o interior de Santa Catarina durante muitos anos, pregando o evangelho, atendendo os doentes, exorcizando demônios. Até hoje é venerado como santo e em Lages existia mesmo uma capela erguida em sua homenagem. Frei Rogério Neuhaus (era esse o seu nome completo) morreu no Rio de Janeiro, vítima de um câncer no intestino. Minha mãe era devota do frade e, em sua homenagem, batizou seu quarto filho com o nome de Rogério.

Todos os dias eu ouvia meu pai falar com minha mãe das peripécias da jovem Anita e passei a ter muito medo e evitava até mesmo passar perto da casa dos Babi. Certo dia, entretanto, minha mãe mandou  que  eu  fosse  até a  venda  de Silvério  fazer umas compras. Eu desci correndo pelo campo, situado atrás da casa, todo cercado de taipas, formadas por grandes pedras, muito comuns na região. Num determinado trecho tinham tirado umas pedras ao rés  do  chão, dando passagem para a estrada, que levava até a venda. Era um buraco muito  estreito por onde somente um menino podia passar. Eu enfiei a cabeça na abertura e já ia atravessá-la, quando me deparei com uma jovem toda vestida de branco e um lenço na cabeça, parada bem no meio da estrada, a uns três metros da cerca. Era Anita, muito pálida, com o olhar perdido ao longe. Ela nem se deu conta da minha presença. Por alguns instantes fiquei paralisado. Não sabia se avançava ou recuava, mas o senso do dever falou mais alto, pois minha mãe esperava as compras para fazer o almoço. Tomei coragem, ergui-me de um salto e saí correndo a uma velocidade além de minhas forças. Só quando estava a uma distância bem segura, parei e olhei para trás. Lá permanecia a bela Anita, em seu vestido branco, perdida em seus pensamentos, destacando-se na paisagem verde daquela manhã cheia de sol.

         Quando retornei com as compras, tomei outro caminho, mas a imagem da jovem ficou gravada para sempre em minha memória. Ao chegar em casa, relatei o fato à minha mãe e ela ficou preocupada com o descuido da família ao deixar a jovem andar sozinha pelos caminhos ermos do povoado. E concluiu:

– Deus não vai permitir que aconteça alguma coisa ruim à pobre Anita, pois ela está muito doente, meu filho.

– É mãe – respondi –, mas a sra. não sabe o susto que levei. Quando ia pisar na estrada, lá estava ela olhando pras nuvens. Eu não fiquei com medo dela, mas do Tinhoso...                  

–  Isso é bobagem!

–  Bobagem...mas a sra. não  imagina quanto medo eu senti. Ele botou sebo nas minhas canelas. Corri feito um cavalo desembestado.  Nunca  imaginei ser capaz  de correr daquele jeito. Quando cheguei na venda do seu Silvério, meu coração queria sair pela boca. Foi uma coisa terrível e espero que não aconteça de novo.

Com o passar do tempo, as crises de Anita desapareceram e a família voltou a ter a merecida tranquilidade, pois, como dizia meu pai: “Não há mal que sempre dure e nem bem que nunca se acabe”.


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quinta-feira, 2 de setembro de 2021

D. PEDRO II TESTOU O PRIMEIRO TELEFONE E EXCLAMOU: MEU DEUS, ISSO FALA!



Estamos no ano de 1886 numa grande exposição na Filadélfia, comemorativa do centenário da independência dos  Estados Unidos. O público percorre os diversos estandes, tomando conhecimento das últimas novidades tecnológicas
 exibidas na feira, como a lâmpada elétrica, a máquina de escrever, o telégrafo musical e outras. No fundo do grande salão havia um estande, onde era exibido um esquisito equipamento, patenteado por um tal de Alexander Graham Bell. Era o protótipo do primeiro telefone. O seu construtor, entretanto, era um ilustre  desconhecido do público americano. Grahan Bell estava desiludido pela falta de interesse do público da feira pelo seu invento. Mas eis que, de repente, o ambiente se agitou com a entrada na feira de um senhor de elevada estatura, barba e cabelos brancos, de sorriso simpático. Vinha acompanhado de vários jornalistas e de muitos curiosos. Era D. Pedro II, imperador do Brasil, em visita aos Estados Unidos, um homem inteligente, interessado nas novidades tecnológicas. Ele se aproximou do  estande,  cumprimentou o nervoso inventor, falando um inglês perfeito e este o convidou a testar  o seu invento, até o momento ignorado pelo público presente à feira. D. Pedro se aproximou e  falou ao telefone, ouvindo uma voz de retorno. Admirado, exclamou: "Meu Deus, isso fala!". Pronto! O invento de Bell está salvo, pois o fato repercutiu em toda a imprensa americana, pois D. Pedro II era uma figura de destaque nos Estados Unidos. 

O Brasil foi o segundo país a fazer uso do telefone, ligando o imperador a seus principais auxiliares. O aparelho usado pelo imperador está hoje no Museu das Telecomunicações no Rio de Janeiro. É, naturalmente, bem diferente dos modernos aparelhos. Na foto anexa, o aparelho usado pelo imperador, todo em madeira,






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