sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

O PRESENTE DE NATAL, INUSITADO, QUE O ESCRITOR PAULO SETÚBAL DEU PARA SUA FILHA

 


Paulo Setúbal é um escritor curioso de nossa literatura, tendo em sua vida duas fases distintas. A primeira dominada pela incredulidade. A segunda de fé e espírito cristão. Seu livro Confiteor é a história de suas lutas espirituais, até chegar ao caminho da verdade. O seguinte episódio é narrado por ele, neste livro.
"A felicidade veio com suas leves asas de seda, tecer, silenciosamente, o seu ninho fofo, renovado, mas humilde. E aí vive. Mas que felicidade diferente da felicidade que o mundo sonha. É uma felicidade estranha. Felicidade que os homens, correndo atrás de delícias e voluptuosidades, nem sequer suspeitam que existe."
Exatamente, por essa época, o escritor tinha um livro pronto para publicação, um livro que não primava pelo conteúdo moral. A filhinha do escritor estava doente e falou:
- "Não sei porque, papai. Não sei. Mas olhe: há uma coisa aqui dentro, aqui bem dentro (e a menina punha mão com força no coração) que me diz desde ontem que papai não deve publicar aquele livro."
E a criança fez a seguinte proposta ao pai, pois era a festa de Natal.
- Papai, você poderia me dar como presente de Natal a destruição do livro...
- " Você ganhou o presente de Natal. Papai  vai rasgar o romance".
Eis a confissão do escritor: "Custou-me fazer aquele gesto. Custou-me rudíssimo combate, mas eu, afinal, o fiz e venci a mim mesmo. Triunfei. Aquela pouca cinza portanto, aquilo que foi, filha, seu desenxabido presente de Natal, não significava o resto inútil de um romancezinho sem valor. Significava muito mais. Significava, isto sim, que o homem velho, aquele afrontoso homem que havia dentro de mim, tão custoso de arrancar, morrera na labareda que devorara o meu livro. Morrera, filha. O homem novo vencera-o. E havia renascido em espírito".



Maria Teresa, a filha de Paulo Setúbal, que o convenceu a queimar um livro. Ela 
faleceu aos 14 anos, com fama de santidade.

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sábado, 10 de dezembro de 2022

UMA SINFONIA DE BEETHOVEN CHAMADA NAPOLEÃO. EXISTE?

 


Quando Beethoven compôs sua 3a. sinfonia, ele pensou em dar a ela o titulo de SINFONIA NAPOLEÃO. Por quê? Porque ele admirava os ideais da revolução francesa, expressos no slogan: Liberdade, igualdade e fraternidade. Muito bonito, aliás. Mas quando Napoleão deu o golpe e se autonomeou primeiro cônsul e, depois imperador, o compositor alemão mudou de ideia e chamou a sua bela sinfonia de HERÓICA, nome pelo qual ela é conhecida até hoje.

Um fato curioso aconteceu durante a coroação do imperador francês. Napoleão convidara o Papa Pio VII para vir a Paris e presidir a cerimônia de sua coroação. Na cerimônia tradicional, o indivíduo a ser coroado, ajoelhava-se diante da autoridade religiosa, que colocava a coroa em sua cabeça, simbolizando a subordinação do poder temporal ao poder espiritual, representado por um membro da Igreja. Mas, para espanto do papa e do público presente, Napoleão arrancou a sua coroa das mãos do pontífice e a colocou na própria cabeça. Minutos antes, ele própria coroava a imperatriz Josefina, sua esposa. Com esse comportamento, ele queria dizer: conquistei o poder e sou o dono do próprio nariz. Era o dia 2 de dezembro do ano de 1804.



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segunda-feira, 28 de novembro de 2022

INVASÃO DA UCRÂNIA E OUTROS FLAGELOS, PREVISTOS POR UMA INCRÍVEL PROFECIA DE 1961



Quando li as primeiras notícias sobre a invasão da Ucrânia pela Rússia e li a profecia da beata Elena Aiello (foto), fiquei impressionado. Pesquisando sobre a vida de Elena, fiquei sabendo que ela viveu na época do pontificado do papa Pio XII e que ele a consultava com frequência. Ela também escreveu uma carta para Mussolini, dizendo para ele não se aliar a Hitler, pois o castigo seria terrível. Ele o fez e foi fuzilado e teve seu corpo pendurado de cabeça para baixo, juntamente com a amante, Clara Petacci, na cidade de Milão.

Confrontando a profecia da beata Elena com outras sobre o papa Francisco, do Monge de Pádua e de São Malaquias,  fiquei mais impressionado. Veja o texto:

20 - "Ele chegará a Roma de uma terra distante para encontrar tribulação e morte". Seria o novo papa, Francisco, que veio do extremo Sul do continente sul-americano? Esperamos que essa profecia do monge de Pádua não se cumpra. 

A profecia de São Malaquias referente ao papa Francisco é mais detalhada. Ele é chamado de Petrus Romanus, embora não tenha adotado esse nome, mas os intérpretes da profecia dizem que o nome de São Francisco era inicialmente Giovani di Pietro di Bernardone. Portanto, ele tinha Pedro no nome e se preocupou intensamente pela reforma da igreja romana.  Seria ele, então, o Petrus Romanus?  (Pedro Romano).

Sobra esse papa da Igreja Católica, São Malaquias escreveu: " Na derradeira perseguição da Santa Igreja Romana estará sentado (no sólio de Pedro) Petrus Romanus, que apascentará suas ovelhas em meio a múltiplas turbulências, as quais transcorridas e a cidade das sete colinas destruída, o juiz poderoso julgará o povo".

O leitor encontrará na internet uma vasta biografia da beata Elena, pois ela é pouco conhecida no Brasil.


                                     

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domingo, 27 de novembro de 2022

POR QUÊ SANTA CLARA FOI DECLARADA PADROEIRA DA TELEVISÃO?

 

Santa Clara (1193-1253) foi contemporânea de São Francisco de Assis,  quem ela conheceu, muito jovem, entusiasmando-se pelas ideias do Poverello. Ela era filha de uma família muito rica, na cidade de Assis, família essa, dona de palácios e até de um castelo. Aos 18 anos, a família se preparava para arrumar-lhe um casamento, para o qual não lhe faltavam pretendentes, pois Clara era um jovem de extrema beleza. Foi, então que ela tomou a decisão que mudaria para sempre a sua vida. Acompanha da uma amiga, Bona Di Guelfuccio, fugiu para a pequena igrejinha da Porciuncola, onde Francisco e seus irmãos tinha concentrado suas atividades. Ali, Francisco a recebeu e iniciou uma cerimônia, na qual  lhe cortou os lindos cabelos e a revestiu com uma tosca túnica. Iniciava-se, assim, o trabalho das irmãs clarissas, que passou a espalhar-se pela Itália e, depois para todo o mundo cristão.

O filme de Fabrizio Costa, lançado em 2007,  nos conta esta bela história de Clara e Francisco, dois jovens que mudaram o mundo de seu tempo e de tempos futuros. 

Mas, por quê Clara é a padroeira  da televisão, título que lhe foi dado pela papa Pio  XII em 1958. A história é a seguinte. Com idade avançada, Clara se encontrava em seu leito, acometida por grave enfermidade e estava entristecida por não poder assistir à missa de natal que estava sendo celebrada na igreja de São Francisco. Fez uma oração a Jesus e, por um milagre, o som e a imagem da missa surgiram em seu quarto.

Eis como ela própria narra o episódio:

Escutei, por graça do Senhor toda a solenidade celebrada esta noite na igreja de São Francisco e lá estive presente, recebendo até a santa comunhão. Agradecei comigo a Nosso Senhor Jesus".

 

Cartaz do filme Clara e Francisco  

                             



quarta-feira, 5 de outubro de 2022

HELENA, A SANTA QUE FOI MÃE DE UM IMPERADOR E SE TORNOU IMPERATRIZ







Santa Helena (255-329) era de uma família plebeia e pagã. Ela nasceu na cidade de Bitínia, no Golfo da Nicomédia (hoje Turquia), cidade que, mais tarde recebeu o nome de Helenópolis pelo imperador Constantino, seu filho. Casou-se com um oficial romano, de nome  Constâncio Cloro. Converteu-se ao cristianismo, tornando-se uma fervorosa adepta da nova religião que, agora, se tornara a religião oficial do império romano, sob o comando de seu filho, o imperador Constantino que, na luta pela conquista do poder, teve um sonho, no qual via uma cruz com um texto: in hoc signo, vincis (por este sinal, vencerás). Na verdade, na batalha que se seguiu, ele venceu seus  adversários, Magêncio e Licínio, tornando-se imperador. Fundou o império romano do Oriente, cuja capital passou a chamar-se Constantinopla, nome dado à cidade em sua homenagem. Esse império durou até o ano de 1453, quando Constantinopla foi conquistada pelos muçulmanos.

Mas o fato que tornou Helena tão famosa foi a viagem que ela fez a Palestina, onde pesquisou os fatos referentes à vida de Jesus Cristo, mandando construir duas basílicas, a da Natividade em Belém e a da Ascenção, no Monte das Oliveiras. Seguindo o exemplo da mãe, Constantino mandou construir a Basílica da Ressurreição.

 Foi apresentada a Santa Helena, uma cruz com os cravos,  e lhe  diziam ser a cruz em que Cristo foi crucificado. Helena ficou na dúvida e mandou que colocassem sobre o madeiro o corpo de uma pessoa que tinha falecido. E, então, aconteceu o milagre: o homem ressuscitou, diante de Helena, fato que a deixou marcada para o resto de sua existência.

Os três cravos, que perfuraram o Corpo de Jesus, foram doados por Santa Helena para Constantino: um foi encastrado na Coroa de Ferro, conservado na Catedral de Monza, como lembrar que não existe soberano que não deve sucumbir à vontade de Deus. As preciosas relíquias estão guardadas, hoje, na Basílica romana de Santa Cruz de Jerusalém.

Santa Helena morreu aos 80 anos, em 329.




                                                  Imperador Constantino


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terça-feira, 27 de setembro de 2022

A NOITE DE SÃO BARTOLOMEU, UM MASSACRE JAMAIS VISTO NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE


Conhecido como a Noite de São Bartolomeu, foi um massacre acontecido na França, na noite de 24 de agosto de 1572. Esse massacre foi ordenado pelo rei Carlos IX, influenciado pela mãe, Catarina de Medici, que convenceu o filho que os huguenotes estavam tramando um levante contra ele. Então, Carlos ordenou que os chefes huguenotes, que estavam em Paris, fossem eliminados. Isso aconteceu e a matança se estendeu por várias regiões da França, com a morte de milhares de huguenotes. Estima-se que 300 mil huguenotes tenham fugido para diversos países europeus, diante da perseguição sofrida na França.

Mas quem eram os huguenotes? Eles eram os protestantes franceses, seguidores de João Calvino, fundador de um movimento paralelo ao de Lutero e que teve muitos seguidores na França. Estima-se que 3  mil huguenotes  foram trucidados em Paris e 70 mil em outras regiões da França. 

Não há muita certeza da origem da palavra huguenotes, mas o mais provável é que tenha se originado do nome de Besançon Hugues, um líder religioso suíço.

Diante da gravidade da situação, o rei Carlos IX suspendeu a sua ordem para a matança, mas o mal já estava feito e as mortes continuaram em todo o território francês. Esse episódio faz parte das chamadas guerras religiosas que assolaram a Europa, nos séculos XV e  XVI.


Rei Carlos IX, o responsável pela massacre de São Bartolomeu, iniciado na noite em que se celebrava a festa deste santo, um dos apóstolos de Cristo.










 


sábado, 10 de setembro de 2022

LIVROS APROPRIADOS PARA A LEITURA DOS PARTICIPANTES DESTE BLOG


       
Estes livros estão à venda, por um preço simbólico, na amazon.com.br e você pode ler seus conteúdos no computador, tablet celular e outros. Para isto, basta clicar no link de cada livro e terá, logo, um resumo completo da obra. Se ler o resumo, vai ler o livro, temos certeza, porque todos eles são de leitura imperdível. R.H. Souza é ator do blog scripta e virtual, com mais de 170mil acessos. Agora, estamos ao alcance de leitores na área internacional, na qual o nosso blog já tem muitos participantes em mais de 15 países, com destaque para os Estados Unidos.

OPERAÇÃO KAABA – A sensacional narrativa do sequestro de um papa por terroristas islâmicos, no ano de 2035. 

O FILHO DE ANITA – uma narrativa repleta de mistério e suspense. Impróprio para pessoas impressionáveis. 

MENINO TROPEIRO – As aventuras de um menino, no interior da Região Sul do Brasil. Link:

PROVÉRBIOS LATINOS – Sã0 440 dos mais famosos prevérbios da cultura humanística, com a tradução, pronúncia e exemplos de seu uso correto.  Para comprar os livros, acesse: amazon.com.br




                  AS TORRES DAS TRÊS VIRTUDES

Este livro conta uma história diferente, com lances de extraordinária criatividade. Clique no link e leia o resumo da obra:

 

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quarta-feira, 17 de agosto de 2022

POR QUE O AGRONEGÓCIO É O SETOR MAIS IMPORTANTE DA ECONOMIA BRASILEIRA?

                                                 


                                      

Em tempos passados, quando a agricultura brasileira alcançou  a cifra de 50 milhões de toneladas de sua produção anual, o país comemorou, a imprensa deu destaque, as autoridades ficaram eufóricas. Hoje, o quadro é outro. A nossa produção agrícola é de 265,9 milhões de toneladas, uma das maiores do planeta.
As projeções são de uma produção de 333 milhões de toneladas até 2030. 

O Brasil é o segundo maior exportador de alimentos industrializados do planeta. Seus produtos chegam  a 190 países. Somos grandes produtores de soja, milho, café, algodão, amendoim, frutas e de dezenas de outros produtos.





Brasil é dono do maior rebanho bovino do planeta, com 215 milhões de cabeças e as exportações de carne chegam a dezenas de países. Mais de 15 raças de bovinos encontram condições de desenvolvimento no Brasil, tanto na pecuária de corte, quanto na produção leiteira




 O nosso rebanho de suínos também tem grande importância na economia do país, com 41 milhões de cabeças, com exportações para 190 países. Os Estados do Sul do país se destacam como os maiores produtores.



O que o que dizer da produção avícola do Brasil? Ela é extraordinária. Calcula-se que a produção de ovos, atualmente, seja de 56 bilhões de unidades por ano, sendo que cada brasileiro consome 251 unidades no mesmo período. Ovos e carne de frango tem sido a salvação da população mais pobre do país, em épocas de grandes dificuldades econômicas. O Brasil é o segundo produtor e o maior exportador de carne de frango do mundo.

O Brasil possui infindáveis recursos naturais, como terras próprias para a agricultura, com vastas áreas planas, que facilitam a mecanização. Temos, também, a maior reserva de água doce do planeta. O país  dispõe de alta tecnologia, com destaque para o trabalho da Embrapa, que tem uma equipe de técnicos da mais alta relevância para o agronegócio.

O Presidente da República disse, recentemente, que o Brasil tem capacidade de alimentar 1 bilhão de pessoas em todo o planeta. A pergunta que se faz é a seguinte. Com tanta riqueza, porque ainda temos 33 milhões de pessoas que passam fome em nosso país? A conferir!!!






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domingo, 7 de agosto de 2022

HISTÓRIAS QUE MARCARAM A INFÂNCIA DO MENINO TROPEIRO




Os colonos italianos e suas tradições

A seguir, estou publicando um capítulo de meu livro Menino Tropeiro, com lembranças e recordações de outros tempos, que marcaram a minha infância, tempos que não voltam mais.

"A população de Cerro Negro quando para lá nos mudamos naquele ano de 1935 era constituída de pequenos e grandes proprietários de terra de origem brasileira, mas também tinha muitos italianos, dedicados ao comércio, à agricultura e à criação de suínos e de pequenos animais.

No início do ano de 1936, começaram as aulas na escola estadual e meu pai me matriculou no primeiro ano do primário. Uns cinquenta alunos faziam parte das quatro turmas do primeiro ao quarto ano e eles tinham aulas simultaneamente com um único professor. Ele se desdobrava para ensinar coisas diferentes para alunos de níveis diversos. Assim, enquanto alfabetizava o primeiro ano, passava lições para as outras séries. Algumas matérias, como história do Brasil, eram ministradas simultaneamente a todas as turmas.

Cada aluno recebeu o livro da respectiva série e também uma lousa, onde deveria escrever as lições e fazer os exercícios, pois naqueles tempos quase não se fazia uso de cadernos. Papel era um luxo para as pequenas escolas do interior. Cada aluno carregava, preso à lousa, um vidrinho  com  água e  um pano, que  molhava, e com  o qual apagava as lições anteriores. Mas, se acabasse a água, uma cusparada também resolvia o problema desde que, naturalmente, o ato não fosse presenciado pelo mestre.

Com tão grande número de alunos, a disciplina se fazia imperiosa, razão para o uso da palmatória, depois abolida de todas as escolas do país. De acordo com a gravidade da falta, o aluno recebia um determinado número de bolos como eram chamadas as batidas cadenciadas sobre a palmas de suas mãos.

Os alunos que frequentavam a escola estadual vinham do povoado e da periferia. Alguns moravam em sítios e fazendas e faziam um longo percurso até a escola, usando as próprias pernas ou, então, vinham a cavalo. O povo da região valorizava o ensino dos filhos e não media  sacrifícios para que  estudassem,  embora muitos deles ajudassem nas tarefas do campo ou nos cuidados com o gado nas fazendas. À época das colheitas, muitos alunos faltavam às aulas, pois precisavam ajudar os pais para os produtos não se perderem nas lavouras.

Pouco a pouco meu pai estabeleceu relações com o povo do lugar e as pessoas o procuravam para resolver diversos problemas. Passou a ser convidado a visitar residências e fazendas, onde lhe dispensavam acolhida respeitosa. Mantinha também boas relações com a comunidade italiana local, que tinha algumas tradições curiosas, como a passarinhada e a batida surpresa.

A passarinhada se realizava em determinado dia e consistia num grande almoço, cujo prato principal era uma macarronada, acompanhada da carne de pequenos pássaros. Dias antes, os garotos saíam pelos matos atrás de todo tipo de passarinho, que abatiam com suas fundas certeiras. Caçavam centenas de pássaros, depois depenados e cozidos, servidos com macarrão, acompanhados de vinho. A primeira vez que minha família participou desse almoço, senti repugnância e não comi. Certamente, hoje, tal costume seria abominado pelos ecologistas, mas os tempos eram outros.

A batida surpresa era outro curioso costume dos italianos e que consistia  no seguinte: quando um membro da comunidade, de poder aquisitivo razoável, fazia aniversário e deixava a data passar em brancas nuvens, sem convidar os amigos para um almoço ou jantar ou mesmo para umas canecas de vinho, o pessoal aguardava a chegada da noite, quando ele e a família já estivessem dormindo. Aproximavam-se em silêncio da residência, momento em que alguém batia à porta, enquanto rojões estouravam no céu e as sanfonas tocavam músicas típicas italianas. Todos gritavam o nome do aniversariante e lhe davam os parabéns.

Enquanto se fazia grande algazarra em frente à casa da vítima, um grupo de homens invadia os fundos da residência, atrás de galinhas, patos ou perus, que eram levados até a cozinha, onde as melhores cozinheiras do povoado os preparavam para o grande jantar em honra do homenageado. Corriam também até as adegas e traziam garrafas ou pequenos barris de vinho, enquanto o povo, dentro da casa, dançava animadamente. O ponto alto da comemoração era o jantar, durante o qual se faziam discursos e se levantavam brindes em honra do dono da casa que, na maioria das vezes, ainda em trajes de dormir, assistia a tudo atordoado, acompanhado de seus familiares.

Entre a gente nativa da região existia também um costume singular. Uma noite, dormíamos tranquilamente em nossa casa, quando fomos acordados por orações e cânticos, acompanhados do ruído de matracas à porta da escola. Minha mãe acordou assustada e perguntou a meu pai o que aquilo significava e ele respondeu:

– Fiquem todos quietos, porque se trata de uma cerimônia de encomendação das almas.

– Mas o que isso significa?

– Em noites da quaresma, o povo  se  reúne no cemi-tério e dali partem grupos de homens, mulheres e crianças. Visitam as casas e cantam e rezam pelas almas. As pessoas da casa devem ficar em silêncio e só abrir as portas depois do fim da cerimônia. Aí, sim, podem receber os visitantes e lhes oferecer um café ou coisa parecida.

E assim, aconteceu lá em casa. Dona Lina correu para a cozinha, fez um café, cortou fatias de pão e levou tudo até a escola, onde os visitantes noturnos aguardavam em silêncio. Depois que terminaram de comer, se retiraram e foram atrás de outras residências do povoado, repetindo o mesmo cerimonial de cânticos e orações pelas almas sofredoras. Confesso, aquela cerimônia noturna tinha qualquer coisa de misterioso e impressionava as pessoas visitadas.

Minha mãe, uma mulher muito religiosa, se comoveu com a cerimônia e comentou o assunto com meu pai. Ele, então, observou que o ritual das almas se repetia em outras povoações da região e também em outras localidades do país. Trata-se, completou, de uma tradição oriunda na religiosidade portuguesa e é celebrada durante a quaresma e também no dia de finados.



O livro Menino Tropeiro, de autoria do autor deste blog, foi aprovado pela Lei Rouanet, mas, infelizmente,  o autor não teve condições de procurar patrocinadores para a publicação da obra, em razão de uma grave doença de sua esposa, que veio a falecer, tendo se esgotado o prazo para a conquista de patrocinadores. Isso, entretanto, não impede que você leia o livro, uma vibrante narrativa que se passa nos anos 30 e 40, no Planalto catarinense, considerada muito especial, por especialistas. Pela lei Rouant, a edição do livro era para ser distribuída em escolas, mostrando aos jovens de hoje como era o ensino da época, em que os alunos do interior, não tinham cadernos, mas uma lousa, onde faziam as lições, não tinham  condução, nem alimentação nas escolas. Se cometiam uma falta, eram submetidos à tortura da palmatória, depois abolida pelo governo de Getúlio Vargas. Estudavam na parte da manhã e à tarde pegavam uma enxada e iam para a roça, para ajudar os pais no cultivo da terra. Eram outros tempos, com a grave crise proporcionada pela guerra. 

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sexta-feira, 5 de agosto de 2022

IRMÃO CARMELO, UM DOS 25 PERSONAGENS INTERPRETADOS POR JÔ SOARES NO PROGRAMA VIVA O GORDO

 

Irmão Carmelo era um curioso vigário, numa paróquia sui generis, na qual ele tinha Batista como seu principal auxiliar. "Cala a boca, Batista" era um constante refrão no convívio dos dois personagens. Era Batista, inclusive, quem marcava os casamentos, mas a reposta do irmão Carmelo era negar aos nubentes o direito de se casarem na referida paróquia, porque ele alegava: casa, descasa, casa, descasa. E, então, eu não caso!

Num determinado domingo, irmão Carmelo fez um contundente sermão sobre os jogos de azar, que tantos prejuízos causavam às famílias e aos praticantes do diabólico vício. Falou dos estragos causados aos cidadãos e ao país, com a destruição dos lares e perda de renda para todos, inclusive para a sua paróquia.

No final do sermão, com voz embargada pela emoção, ele convidava os paroquianos a participarem da TÔMBOLA (1)  que se realizaria, a seguir,  no salão paroquial, cuja renda se destinava às obras sociais da paróquia.


  1. Tômbola é jogo de azar que consiste num tabuleiro com várias cavidades de cores diferentes e que se pratica acionando um dispositivo que impele uma esfera de marfim para uma dessas cavidades; ganha o jogador que previamente escolheu a cor da cavidade onde a esfera se deteve.

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

A FASCINANTE HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA DE GUADALUPE, NO MÉXICO

 


A Virgem de Guadalupe aparece na colina de Tepeyac em 1531 para um indígena que passava por aquela área. O índio Juan Diego ouviu o chamado no canto dos pássaros e se aproximou para ver quem o chamava. Dias atrás, ele tinha sido batizado e era tanta sua dedicação a Deus que a Virgem o escolheu para lhe dar uma missão. O pedido da Virgem era simples, ela queria que um templo para a adoração de Deus fosse erguido naquele lugar. Juan Diego não teve problemas em cumprir a ordem de Maria, então ele foi à paróquia falar com o bispo.

Em duas ocasiões, ele só encontrou negativos por parte do bispo. Sendo necessária a intervenção da Virgem, dando três milagres como prova.

O primeiro foi a cura do tio de Juan Diego.

O segundo milagre foi cultivar flores na época do inverno. Porém, o mais peculiar é que elas eram únicas em sua espécie e não cresciam naquela região. A virgem ordenou que Juan Diego as cortasse e levasse ao bispo.

Ao mostrar as flores, Juan Diego as deixou cair e em seu manto apareceu a imagem da Virgem. Este último milagre ocorreu em 12 de dezembro d1531, desde então é a data em que se comemora a aparição da Virgem de Guadalupe.

Devoção à Virgem de Guadalupe

A devoção à Virgem de Guadalupe começa no mesmo dia em que se manifestou na túnica de Juan Diego, em 12 de dezembro de 1531. O bispo, ao observar que todas as histórias do índio sobre a colina de Tepeyac eram verdadeiras, não hesitou em ser o primeiro a venerar a Virgem.

No início era uma pequena capela bem próxima à colina. E ao longo dos anos, a Basílica da Virgem de Guadalupe foi construída ao lado do local das aparições.

Uma pequena cabana foi construída na colina de Tepeyac, que funcionava como uma capela para a adoração da Virgem. Durante o percurso alguém disparou uma flecha, ferindo gravemente um homem. Ele foi colocado na frente da imagem e imediatamente curado diante dos olhos de todos.

Outro grande milagre ocorreu durante a peste de 1554, que matou mais de 12 mil pessoas. Mais uma vez os fiéis imploraram à Virgem Morena e a peste desapareceu. Em 1633 veio a coqueluche, uma nova epidemia que devastou o México.

Mas as súplicas do povo devoto levaram a colocá-la em procissão pelas ruas mais afetadas. No mesmo dia, a epidemia acabou.

Algo muito semelhante aconteceu em 1737, quando a febre tifoide estava matando pessoas em massa. Devido à angústia, em 23 de maio ela foi nomeada como padroeira da nação e a partir disto não houve mais mortes.

Finalmente, o milagre que o povo mexicano mais se lembra foi o de 1921. Dentro da Basílica, uma bomba foi colocada no lugar onde a imagem estava. A explosão destruiu parte da Basílica, mas a imagem não sofreu nenhum dano.

A Virgem de Guadalupe foi nomeada pelo Vaticano como Padroeira e Rainha das Américas, dada a sua crescente disseminação de fé para diferentes países do continente.

Por outro lado, como um presente adicional pela graça de Deus, em 12 de dezembro de 2002, o Papa João Paulo II reafirmou sua divina aparição na Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, no México. Para então elevar Juan Diego Cuauhtlatoatzin a condição de Santo.

(texto extraído da Internet)



                     O manto do milagre está exposto  na basílica de Guadalupe, a segunda mais visitada no mundo, sendo a primeira, a Basílica de São Pedro, no Vaticano, em Roma.


sábado, 23 de julho de 2022

VENDER É UMA ATIVIDADE INERENTE À NATUREZA HUMANA, MAS VEJAMOS ALGUMAS VENDAS DESASTRADAS REGISTRADAS PELA HISTÓRIA




               Mercado na Roma antiga, onde se vendia de tudo


A  atividade de vendas é tão antiga quanto o homem. Ao se organizar em sociedade, o homem  precisava trocar aquilo que produzia por outros produtos de que precisava. Esse sistema, denominado escambo, era uma atividade de vendas, durante a qual os envolvidos desenvolviam suas habilidades para defender as qualidades de seus produtos.

Certamente que o progresso de muitos povos foi o resultado de grandes negócios efetuados no decurso de sua história. Os fenícios, por exemplo, eram grandes mercadores e levaram seus produtos aos portos do Mediterrâneo. Chegaram à costa atlântica da Espanha e fizeram a viagem de circum-navegação da África, por volta do ano 600 aC. Eles vendiam pratos e vasos de ouro, prata e bronze, garrafas de marfim, cerâmica fina, perfumes, unguentos, lãs, tecidos de linho e também armas.

A expansão do império romano certamente contribuiu para o desenvolvimento de comércio em larga escala.

A primeira venda de que se tem notícia aconteceu ainda no paraíso, quando a serpente vendeu a Adão e Eva a famosa maçã, fruto da árvore proibida, usando falsos argumentos. Eles comeram a maça e só então perceberam que foram enganados por aquele vendedor ardiloso e se deram mal. Essa foi uma venda em sentido lato, como entendemos hoje.

Outra venda  desastrada,  relatada  na  Bíblia,  foi feita por Esaú, que vendeu ao irmão Jacó o seu direito à primogenitura, em troca  de  um  prato  de  lentilhas. O comprador, Jacó, foi muito esperto, enquanto Esaú, obcecado pela fome, abriu mão de seus direitos à herança do pai, Isaac. Mais tarde, o próprio Jacó foi vítima de outro vendedor esperto, Labão, que lhe vendeu a filha Raquel em troca de servidão de sete anos e depois mais sete. E os filhos de Jacó não tiveram dúvida e venderam como escravo o irmão José, conhecido como José do Egito, que se destacou na corte do Faraó.

Também temos na Bíblia a história daquele outro vendedor, Judas,  que vendeu seu Mestre por 30 moedas de prata e mudou o curso da história, não chegando mesmo a usufruir do pagamento.

No início do século XVI, conhecemos um negócio que deu muito o que falar, quando o papa Leão X instituiu a venda das indulgências para levantar fundos para a construção da basílica de São Pedro. Segundo os vendedores, a cada pagamento das indulgências, o comprador tinha automaticamente seus pecados perdoados. Esses vendedores percorriam a Europa de Norte a Sul, oferecendo sua mercadoria e arrecadando milhões para as obras da basílica. Tal procedimento provocou a ira de Lutero, estabelecendo-se um grande cisma religioso e o surgimento do protestantismo, com graves consequências políticas e religiosas para todo o continente europeu, com a diminuição do poderio papal que, pela primeira vez, sofria contestação.

(Texto extraído do livro Vender é Preciso).




Vender é Preciso, de R.H. Souza. Tem na capa a figura de Hermes (Mercúrio para os romanos). Ele era o protetor de vendedores e compradores. Traz na mão o bastão da riqueza e da prosperidade. Para comprar o livro, acesse Amazon.com.br

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segunda-feira, 18 de julho de 2022

COMO ERA FEITA A DERRUBADA DOS PINHEIROS EM CERTAS REGIÕES DO SUL DO BRASIL, NOS ANOS DE 30 E 40





Para o leitor ter uma ideia de como era feita a derrubada dos pinheirais no Planalto Catarinense, nos anos de trinta e quarenta, vou publicar aqui um capítulo do meu livro, As Torres das Três Virtudes. É uma obra de ficção, mas os fatos narrados são reais, pois as coisas aconteciam aos olhos da autoridades, sem que fossem tomadas medidas para preservação dessa extraordinária riqueza nacional. (R.H. Souza)

"Clarice estava àquela tarde, no escritório com o Professor Virgílio, onde faziam o levantamento das contas a pagar e a receber da fazenda, quando Isabel veio avisá-la que tinha na entrada da propriedade um  homem que queria falar com os proprietários da Fazenda Pedras Negras.

– Receba-o na sala de visitas, Isabel, que já irei encontrá-lo – disse. – Será que é mais um comprador de gado?

– É bem possível! – completou Virgílio.

Quando foi ao encontro do inesperado visitante, Clarice percebeu que se tratava de um indivíduo de baixa estatura, gordo, uns 45 anos de idade. Ao vê-la entrar na sala, ele se levantou e, sorridente, foi ao seu encontro. Falava com um forte sotaque italiano.

– Permita que eu me apresente, senhora. Meu nome é Victório... Victório Parri. Moro no Rio Grande do Sul e percorro as fazendas da região para fazer o levantamento dos pinheirais existentes...

– Para que esse levantamento, sr... Victório?

– Acontece que...mas como é mesmo seu nome, senhora?

– Clarice! Clarice Weber.

– Sim, dona Clarice, porque vou instalar aqui no Município de Campos Novos uma serraria movida a vapor, a última palavra em tecnologia, e estou propondo aos fazendeiros, que têm pinheirais nas suas terras um excelente negócio. Eu derrubo os pinheiros, arrasto eles até a serraria, serro as tábuas, vendo tudo e dou uma parti-cipação pra eles..

– Participação de quanto, sr. Vitório?

– Geralmente, de 20%, livre de qualquer despesa, pois o capital e o trabalho são de minha inteira responsabilidade.

– Aqui em Pedras Negras temos poucos pinheirais.

– Tem madeira de primeira, dona Clarice. Já observei, andando por aí.

– Os pinheiros que temos só são derrubados para uso da madeira na própria fazenda. Com eles, construímos casas para os empregados, fazemos cercas e currais. E, no lugar de um pinheiro derrubado, plantamos outro.

– A sra. é a proprietária da fazenda?

– Sim...eu e meu marido, mas quem administra sou eu. O que eu resolvo, ele assina em baixo.

– Posso lhe garantir, d. Clarice, que quase todos os fazendeiros do Município participam do nosso plano.

– Eu soube que muitos industriais vieram do Rio Grande do Sul para levar os nossos pinheirais. Do jeito que vão as coisas, em pouco tempo não restará mais nada. Aqui no Sul, há muitos anos atrás, pelo que sei, uma empresa estrangeira derrubou milhares de hectares de florestas de pinheiros e imbuias  ao longo da estrada   de  ferro  São Paulo-Rio Grande do Sul, como parte do pagamento pela construção da referida estrada. Devastaram uma faixa de 15 km de cada lado da ferrovia e tudo virou um grande deserto, com milhões de árvores abatidas, enviadas aos Estados Unidos, para construção de casas para os americanos,

– Nós não queremos fazer um deserto da sua fazenda, d. Clarice. Só vamos tirar uns pinheirinhos aqui e outros acolá.

– Agradeço muito o seu interesse, sr. Victório, mas não estamos interessados na sua proposta. Preferimos preservar as nossas áreas de florestas, principalmente os exemplares de araucária.

Clarice acabou de falar e se levantou, para indicar o fim da entrevista. Victório Parri se despediu meio sem graça e saiu pela porta da frente, onde um carro com motorista o esperava.

Ao comentar com Virgílio a visita do italiano, ouviu dele que há muito tempo se iniciara o cerco aos pinheirais das fazendas próximas e que serrarias eram  montadas  na região, com a concordância dos fazendeiros que, assim, ganhavam um dinheiro fácil sem pensar nas consequências futuras.

– Eles derrubam os pinheiros – acrescentou o professor – e depois mandam as tábuas para o litoral. Um comprador de gado me contou que, na estrada que vai de Lages para Florianópolis, existem filas de caminhões, descendo a serra, carregados de madeira, que descarregam nos portos catarinenses, de onde vão para diversas cidades brasileiras e até para o exterior.

– E o nosso governo não acorda para a situação. Temo que, no futuro, nossos filhos e netos só conheçam um pinheiro através de fotografia.

– Podes crer, minha cara, que isso acontecerá, pois a ganância fala mais alto.

Na hora do jantar, Clarice falou com o marido sobre a proposta do italiano e ele concordou plenamente com sua decisão.

– No seminário – disse ele – fui educado dentro de uma filosofia preservacionista, que mantenho até hoje. Todo progresso às custas da natureza deixa feridas profundas, que jamais cicatrizam. Os frades lá falavam muito de São Francisco, o fundador da Ordem, um homem que tinha profundo amor à natureza, amor esse expresso no famoso Cântico do Irmão Sol,  que tem uma estrofe que diz assim: “Louvado sejas tu pela terra, Senhor; Pois ela nos sustenta e produz fruto e flor; Flor dum fino matiz com que nós Te adoramos, fruto diverso e bom com que nos sustentamos”.

– Isso é maravilho! – disse Clarice. – Arranja-me uma cópia do Cântico do Irmão Sol, meu querido, que vou colocar num quadro lá no escritório

– O santo – prosseguiu o advogado– fala do sol, da lua, das estrelas, da água...

– Como ele fala da água?

 Júlio César fez uma pausa, depois declamou: “Louvado sejais sempre ó divino Senhor, Pela água, nossa irmã, a qual, com seu frescor, Pura como o cristal, fecundante e preciosa, Nos suaviza a sede e faz florir a rosa”.

Ela faz florir a rosa – continuou Clarice –, os pomares, faz crescer o trigo que alimenta o homem, as pastagens que nutrem os animais, as matas que alimentam e abrigam os pássaros.

– É isso aí, minha querida – concluiu o ex-seminarista–. Encontramos mais uma entusiasta do Poverello de Assis.

E o casal avançou pela noite, conversando sobre a preservação da natureza e como, na prática, deveriam atuar na fazenda para que a necessidade do lucro não prejudicasse o meio ambiente, face à sua importância no desenvolvimento dos seres vivos, coisas esquecidas por muitos proprietários de terras."





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