terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

VENDER, UMA ATIVIDADE TÃO ANTIGA QUANTO O HOMEM




  • Judas vendeu seu mestre por trinta moedas de prata e, com
    um beijo, o entregou a seus algozes.



A atividade de vendas é tão antiga quanto o homem. Ao se organizar em sociedade, o homem precisava trocar aquilo que produzia por outros produtos de que precisava. Esse sistema, denominado escambo, era uma atividade de vendas, durante a qual os envolvidos desenvolviam suas habilidades para defender as qualidades de seus produtos. Certamente que o progresso de muitos povos foi o resultado de grandes negócios efetuados no decurso de sua história.

 Os fenícios, por exemplo, eram grandes mercadores e levaram seus produtos aos portos do Mediterrâneo. Chegaram à costa atlântica da Espanha e fizeram a viagem de circum-navegação da África, por volta do ano 600 aC. Eles vendiam pratos e vasos de ouro, prata e bronze, garrafas de marfim, cerâmica fina, perfumes, unguentos, lãs, tecidos de linho e também armas. 

A expansão do império romano certamente contribuiu para o desenvolvimento do comércio em larga escala.

 A primeira venda de que se tem notícia aconteceu ainda no paraíso, quando a serpente vendeu a Adão e Eva a famosa maçã, fruto da árvore proibida, usando falsos argumentos. Eles comeram a maça e só então perceberam que foram enganados por aquele vendedor ardiloso e se deram mal. Essa venda hoje seria chamada de venda em sentido lato, ao contrário da venda em sentido estrito.

 Outra venda desastrada, relatada na Bíblia, foi feita por Esaú, que vendeu ao irmão Jacó o seu direito à primogenitura, em troca de um prato de lentilhas. O comprador, Jacó, foi muito esperto, enquanto Esaú, obcecado pela fome, abriu mão de seus direitos à herança do pai, Isaac. 

Mais tarde, o próprio Jacó foi vítima de outro vendedor esperto, Labão, que lhe vendeu a filha Raquel em troca de servidão de sete anos e depois mais sete.

 E os filhos de Jacó não tiveram dúvida e venderam como escravo o irmão José, conhecido como José do Egito, que se destacou na corte do Faraó. 

Também temos na Bíblia a história daquele outro vendedor que vendeu seu Mestre por 30 moedas de prata e mudou o curso da história, não chegando mesmo a usufruir do pagamento.

 No início do século XVI, conhecemos um negócio que deu muito o que falar, quando o Papa Leão X instituiu a venda das indulgências para levantar fundos para a construção da basílica de São Pedro. Segundo os vendedores, a cada pagamento das indulgências, o comprador tinha automaticamente seus pecados perdoados. Esses vendedores percorriam a Europa de Norte a Sul, oferecendo sua mercadoria e arrecadando milhões para as obras de Leão X. Tal procedimento provocou a ira de Lutero, estabelecendo-se um grande cisma religioso e o surgimento do protestantismo, com graves consequências políticas e religiosas para todo o continente europeu, com a diminuição do poderio papal que, pela primeira vez, sofria contestação.



E o homem chegou ao cúmulo de vender seu semelhante. Era o flagelo da escravidão.

 Nas sociedades primitivas, quando o número de produtos a serem trocados ainda era limitado, as trocas se realizavam por escambo, isto é, os produtos eram diretamente comercializados pelo povo em geral. Trocavam-se peles por cerâmica, sal por conchas, tecidos por animais. 

Com o aumento de produtores e de produtos, para facilitar as transações, começaram a ser criadas as primeiras moedas, como por exemplo, o sal, do qual se derivou a palavra salário. Também o gado era usado como moeda. Gado em latim é pecus, de onde veio a palavras pecúnia, que significa dinheiro.

 Nas sociedades mais avançadas começaram a circular as moedas feitas de metais, como cobre, prata e ouro. E o dinheiro se tornou tão importante que reis e monarcas mandaram gravar a sua efígie numa de suas faces.

 Na Idade Média surgiram os artesãos que produziam mercadorias sob encomenda e, em troca, recebiam um pagamento em dinheiro, geralmente, moedas de ouro. Na produção artesanal, cada produto atendia às exigências do comprador que, de maneira geral, acompanhava as etapas de fabricação do mesmo, adequando-os às suas exigências pessoais. Eram roupas, calçados, móveis, armas, carruagens, joias e até palácios e castelos.

Modernamente, o mundo se transformou num grande mercado global.

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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

ZÉ ARIGÓ, UM PARANORMAL DE PROJEÇÃO INTERNACIONAL, FENÔMENO JAMAIS IDENTIFICADO




José Pedro de Freitas (1921-1977)  era o seu nome de batismo, mas passou a ser conhecido internacionalmente como Zé Arigó - um apelido caipira. Era natural de Congonhas do Campo, uma pacata cidade mineira, que ficou conhecida pela obra- prima do Aleijadinho: os doze profetas do santuário do Bom Jesus de Matosinhos. Dizem alguns que o espírito do Aleijadinho também teria tido influência na trajetória mediúnica de Arigó.

Na primeira fase de sua vida, Arigó era atormentado, em sonhos,  por uma luz e vozes estranhas. Chegou a consultar médicos, mas nada indicava que fosse acometido por qualquer tipo de doença, até que sofreu uma estranha aparição. Era a figura de um homem, num cenário hospitalar, trajando um avental de médico, realizando com sua equipe, uma complicada cirurgia. Depois de muitos sonhos, o personagem se apresentou como Dr. Adolph Fritz, médico alemão, desencarnado durante a primeira guerra mundial, cujo trabalho na terra não pudera concluir e que escolhera Arigó para continuá-lo em prol da humanidade, para o qual contaria também com a ajuda de outros espíritos.

Arigó, ao despertar do sonho, estava tão impressionado, que saiu nu pela porta da casa, correndo pelas ruas do povoado. Desesperado, consultou médicos e até foi submetido a um exorcismo por um padre da paróquia, mas nada de anormal foi encontrado nele, até que um dia, resolveu testar seus poderes mediúnicos. Encontrando um conhecido que era aleijado, ordenou que largasse as muletas e andasse. Isso feito, o homem se levantou e começou a andar. Era o início da trajetória de curas levadas a efeito  por Zé Arigó. Instalou-se, inicialmente na sede de um centro espírita da cidade e iniciou suas curas e operações cirúrgicas. Depois, fundou a própria clínica, onde recebia caravanas nacionais e internacionais, com milhares de pessoas, que  o procuravam ao longo do tempo e ele as atendia, gratuitamente,  incorporando a figura do Dr. Fritz. 

 As cirurgias praticadas por Arigó eram peculiares. Dizem que ele, ao entrar no recinto, se recolhia a uma sala, de onde retornava transfigurado. Falava com sotaque alemão e, às vezes , dizia frases em alemão, idioma que não conhecia. Aliás, seu nível de instrução não passava do primário.


Pessoas que acompanharam as cirurgias, descrevem os métodos de trabalho de Arigó. Usava uma faca de cozinha e a introduzia no olho do paciente, revirando-a. Depois, com a faca suja de sangue ou até de pus, ele a limpava com as mãos ou até nas vestes do paciente, que não sentia nada e aguardava o pronunciamento do Dr. Fritz. Ele, então, dava o seu diagnostico. Dizia de que enfermidade a pessoa sofria, dava receitas e, em alguns casos,  aconselhava outros procedimentos cirúrgicos. Com facas de cozinha ou até canivetes, extraía tumores e quistos, sem a mínima preocupação com  a assepsia médica.  Outros chegavam até ele e eram despachados com o aviso de que não tinham enfermidade nenhuma. Essas cirurgias e receitas eram, muitas vezes, acompanhadas por médicos de renome, do Brasil e até do exterior, que ficavam assombrados com a precisão das mesmas. Arigó  receitava remédios de que ele nunca ouvira falar. Diariamente, depois de sair do trabalho (ele era funcionário público), Arigó (Dr. Fritz) dava, em média,  200 consultas por dia. Fez isso, durante quase 20 anos. Atendia seus pacientes e dava seus diagnósticos, numa rapidez incrível. Conta-se que, ao assistir a um filme, mostrando suas cirurgias, ele desmaiou.

A fama de Zé Arigó havia ultrapassado fronteiras e caravanas em ônibus ou até em aviões  chegavam diariamente a Congonhas do Campo, despertando a ira da Associação Médica de Minas Gerais, que o processou, pelo crime de prática ilegal da medicina. Arigó foi condenado e preso, fato que ocasionou uma verdadeira comoção nacional e até internacional, pois o médium e suas curas eram do conhecimento geral das populações, divulgadas pela imprensa nacional e internacional. A salvação de Arigó foi a figura de outro mineiro, agora presidente da República, Juscelino Kubitschek, que o indultou, para alívio de toda a população brasileira. Aliás,  a filha de Juscelino tinha sido atendida por ele,  indicando-lhe a existência de dois cálculos renais.

Posteriormente, Arigó sofreu novo processo e prisão, mas, mesmo dentro do presídio, continuou praticando suas curas. Quando saiu, seu prestígio era ainda maior.

Mas, como diz o provérbio: não há mal que sempre dure e nem bem que nunca se acabe. E o bem proporcionado por Zé Arigó teve um fim trágico. Um dia, diante de seu numeroso público, ele avisou que teria que se afastar por algumas horas, pois iria a um povoado vizinho buscar um carro usado, que acabara de comprar. Era um Chevrolet Opala. Durante o retorno para Congonhas,  sofreu um mal súbito, perdeu a direção do veículo, chocando-se com um carro que vinha em direção contrária. Morreu no local. Dizem que Arigó teve uma previsão de sua morte, quando sonhou com um crucifixo negro. Seu corpo não foi velado numa igreja de Congonhas, como queriam seus familiares, pois todas o rejeitaram por ele praticar o espiritismo.



Cena de Arigó distribuindo produtos aos mais necessitados


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A figura da capa deste livro é de Hermes, deus da mitologia grega (Mercúrio para os romanos). Ele é o protetor de vendedores e compradores, carregando na mão o bastão da riqueza e da prosperidade. Este  livro está agora na amazon.com.br e para comprá-lo e ler no seu computador ou tablet, basta clicar no link, onde tem um resumo completo do mesmo. Isso, por um preço simbólico.


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