quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

QUEM FOI O INVENTOR DO PRESÉPIO?







O inventor do presépio foi são Francisco de Assis. O fato aconteceu na localidade de Greccio, na Itália, no ano de 1223. Conta-se que, naquele ano, o Poverello resolveu celebrar o natal de uma maneira inusitada. Solicitou a um amigo seu, de nome João, homem de posses, que lhe arrumasse um local com uma manjedoura, além da vaquinha e do burro. Na noite de natal, o povo chegou iluminando a paisagem com tochas. No local foi celebrada missa por um sacerdote e São Francisco que era diácono (não quis ser ordenado sacerdote por não se julgar digno), fez uma pregação que emocionou os presentes. Conta-se que, ao tomar em seus braços a imagem do menino, este lhe sorriu, o que foi testemunhado por muitas pessoas presentes. Seus biógrafos relatam que, enquanto fazia sua pregação, ao pronunciar  o nome do menino, o santo passava a língua pelos lábios como se estivesse degustando um mel de sabor celestial e que, ao pronunciar a palavra Belém, sua voz parecia o balido de um cordeiro.
Em razão daquela celebração do natal em Greccio,  São Francisco é considerado o criador do presépio como conhecemos hoje, uma tradição que se espalhou por todo o mundo cristão.


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

EM GUARDA PARA A DEFESA DAS AMÉRICAS








                                 

Na minha adolescência, durante a Segunda Guerra Mundial, eu trabalhava numa farmácia em minha cidade natal, Lages, Estado de Santa Catarina. Eu acompanhava a guerra através de uma revista que era distribuída gratuitamente, sob o título: Em Guarda para a Defesa das Américas. A referida revista era publicada pelo governo americano e tinha por objetivo unir os povos das Américas contra os países do Eixo. Na verdade, os americanos precisavam da cooperação de todos, principalmente das matérias primas que alimentavam sua gigantesca indústria bélica. A revista era muito bem impressa, pelo sistema de rotogravura,  e trazia reportagens sobre a guerra, cenas de combate, vitórias dos aliados, matérias sobre os grandes generais americanos, como George S. Patton. Em Guarda era publicada em português e também em espanhol, distribuída em diversos países sul-americanos. Foi através dela que eu me informava sobre o que acontecia no mundo lá fora, durante a grande guerra, cujas consequências sentíamos nos longínquos campos de Lages, pois havia racionamento de carne e de outros produtos, principalmente de gasolina, com o surgimento dos carros a gasogênio que trafegavam lentamente pelas estradas do interior, movidos a carvão vegetal, cuja combustão produzia o gás que alimentava os motores dos diversos tipos de veículos.
A cooperação brasileira com os americanos era evidente, principalmente pela cessão pelo governo brasileiro da base aérea de Natal através da qual os americanos fizeram uma verdadeira ponte aérea para o Norte da África para abastecer os aliados durante o conflito. Era um projeto gigantesco que movimentava em torno de 500 aeronaves por dia que seguiam carregados de armas e munições, além de alimentos,  rumo ao continente africano. A seguir, o Brasil entrou na guerra com o envio da Força Expedicionária Brasileira que lutou na Itália, ao lado de americanos e aliados.
E existia um outro grande projeto de mútua cooperação entre os dois países, do qual pouco se fala e que tinha por objetivo a produção de alimentos. Para tanto, um grupo de agrônomos brasileiros  foi levado aos Estados Unidos para ali absorverem as mais avançadas práticas agrícolas. Os americanos sabiam que, se a guerra se prolongasse além do ano de 1945, eles não teriam mais condições de produzir alimentos em quantidade suficiente para abastecer a Europa devastada. O Brasil, então, foi escolhido para participar desse esforço de guerra, com o aproveitamento de suas imensas áreas agricultáveis. Conheci um agrônomo que, àquela época, fez parte da equipe que  foi enviada aos Estados Unidos e me disse que o projeto era grandioso e faria o Brasil dar um gigantesco salto na sua produção de alimentos, fato que só iria acontecer quase meio século depois.
A revista Em Guarda foi o retrato de uma época.