sexta-feira, 29 de julho de 2011

A RESSONÂNCIA DE SCHUMANN, O PLANETA TERRA E SEUS HABITANTES





Dr. Winfried Otto Schumann

Todos os dias somos surpreendidos pelos noticiários do país e do mundo. São desastres naturais, enchentes, erupções vulcânicas, terremotos, tsunamis. Mais ligados aos seres humanos, temos assassinatos, acidentes de trânsito, pedofilia, estupros, assédio sexual, consumo de drogas com overdoses, loucos atirando em multidões e assim por diante. Quais são as causas de tudo isso? Para muitos é a degeneração dos costumes, para outros são castigos de Deus, a falência do núcleo familiar, o consumismo, o alcoolismo ou mesmo a ação do Maligno sobre os seres humanos.
Em 1952, o físico alemão, Dr. Winfried Otto Schumann desenvolveu uma teoria científica que ficou conhecida como a Ressonância de Schumann, segundo a qual a terra é envolta por um campo eletromagnético formado entre a sua superfície e a parte inferior da ionosfera, que fica a uma distância de 100 km do solo terrestre. Nesse campo existe uma ressonância de 7,83 pulsações por segundo, que recebeu o nome de seu descobridor: Ressonância de Schumann. É uma espécie de marca-passo que mantém o equilíbrio da biosfera, responsável por todas as formas de vida em nosso planeta. O curioso é que o cérebro humano e todos os animais vertebrados atuam nessa mesma frequência, ou seja 7,83 hertz (Hz). Uma mudança nessa frequência, teria consequências funestas para a saúde dos seres vivos em geral.
Dr. Schumann (1888-1974) era um emérito cientista alemão, com doutorado em engenharia elétrica e professor de física de diversas universidades alemãs, além de desenvolver experiências de laboratório na Universidade Técnica de Munique e em outras instituições de ensino e pesquisa.
A partir dos anos 80, segundo alguns autores, a frequência da ressonância de Schumann vem aumentando de 7,83 para 11 e hoje estaria na faixa de 13 Hz. Portanto, o coração da terra disparou e é responsável pelo desequilíbrio que verificamos atualmente no planeta, com enchentes, erupções vulcânicas, tsunamis e outros. Pari passu, verificamos conflitos entre povos e nações, comportamento desequilibrado dos indivíduos, com a prática de crimes, revoluções, ações terroristas e outras mazelas sociais.
Segundo esses pesquisadores, como o coração da terra está pulsando com maior velocidade, os dias, atualmente, têm 16 horas, ao contrário das 24 tradicionais. Muitas pessoas sentem que o tempo está passando mais rápido.
Foi constatado também que os seres humanos, quando fora dessa frequência biológica, ficam doentes. Isso teria acontecido com os astronautas em diversas viagens espaciais, sendo necessária a instalação  nos ônibus espaciais de um simulador Schumann para lhes devolver o equilíbrio necessário, embora o site da NASA não faça nenhuma referência ao fato.
Para outros cientistas, as pulsações do planeta continuam inalteradas, permanecendo em 7,83 Hz  por segundo e que o aumento da frequência  das mesmas é obra da imaginação de alguns desavisados.
Cabe ao distinto leitor tirar suas próprias conclusões, mas eu prefiro ficar com aquele provérbio espanhol que diz: “Yo non creo en brujas, pero que las hay... las hay”.




 

segunda-feira, 4 de julho de 2011

JOÃO MARIA, O SANTO QUE O POVO CANONIZOU

                                                                

Na minha infância e adolescência, morei no interior de Santa Catarina e tive oportunidade de conhecer diversas localidades que foram cenário da famosa Guerra do Contestado, como Campos Novos, Joaçaba, Curitibanos, Porto União, Mafra e muitas outras. Ao visitar casas de caboclos da região, observava sempre a foto de um personagem exótico, de longas barbas, semblante humilde, sentado com as mãos cruzadas envolvendo as pernas, calçando sandálias rústicas. A foto que aqui publicamos  estava sempre colocada no oratório da família, ao lado do crucifixo e de imagens de santos diversos. Ao perguntar de quem se tratava, as pessoas explicavam que era São João Maria, venerado pelo povo em razão das muitas curas e milagres que, em vida, realizou. Em certa ocasião, viajando com um amigo de infância para a localidade de Santo Antônio, observei em determinado ponto da estrada uma pequena construção de madeira  que lembrava um oratório. Perguntei ao amigo o que aquilo significava e ele esclareceu que se tratava de lugar sagrado, onde um dia São João Maria dormira. No local onde ele passava a noite, sempre deixava plantada uma cruz. E foi essa a razão da construção do oratório à beira da estrada, um sinal da devoção do povo pelo santo milagreiro.
Mas quem foi esse São João Maria? Na virada do século XIX  para o século XX, diversos monges surgiram em localidades do Paraná e Santa Catarina. Foram eles: João Maria Agostini, João Maria de Jesus e José Maria. Esse último liderou contingentes de caboclos na chamada Guerra do Contestado na qual morreram mais de 20 mil pessoas.

A figura dos dois primeiros monges se confundem, pela semelhança de atuação. João Maria Agostini era italiano e percorreu a região, realizando curas e milagres. João Maria de Jesus adotou os dois primeiros nomes do primeiro monge e tinha atuação semelhante a dele o que levou a população a considerá-los uma só pessoa.
João Maria de Jesus realizava curas e milagres, fazia profecias e confortava as pessoas por onde passava. Contam as lendas que, nos lugares onde ele dormia, surgiam olhos d´água e que suas águas eram milagrosas. Fez várias profecias que se cumpriram, segundo a voz do povo. Estava em determinado local e disse que ali surgiria uma cidade com o nome da Santa Cruz. Na verdade, a cidade foi depois fundada com o nome de Cruzeiro, hoje município de Joaçaba, Santa Catarina.Teria previsto, alguns anos antes, o advento da República, a chegada do trem de ferro que ele definiu  como “Linhas de burros pretos, de ferro, carregando o pessoal”.  Previu a derrota dos sertanejos na Guerra do Contestado e a chegada dos aviões que ele chamou de “gafanhotos de asas de ferro que seriam os mais perigosos porque destruiriam  as cidades ”. Certamente era uma referência aos aviões que seriam usados pelo governo brasileiro para derrotar os rebeldes na referida guerra, com o bombardeio de suas povoações, sendo que essa foi a primeira vez em que a aviação foi usada no Brasil  com tal objetivo.  As lendas dizem que o santo tinha o poder da bilocação, ou seja, estar em dois lugares ao mesmo tempo: rezando em sua gruta e ao lado de um doente que precisasse de sua ajuda. Quando perseguido, podia se tornar invisível  ou andar sobre as águas de um rio, como fez Jesus Cristo no Mar da Galileia. As cruzes que ele plantava no solo se transformavam em árvores com o mesmo formato da cruz.
Essas e outras lendas são transmitidas pelos contemporâneos do monge João Maria, o santo que o povo canonizou. Ele é venerado até hoje em regiões do Paraná e em todo o Estado de Santa Catarina, onde logradouros levam  o seu nome e até estátuas são erguidas em sua homenagem.
São João Maria, rogai por nós!