Thomas Malthus, um economista inglês, estudioso das ciências
sociais e que viveu no século XVIII,
desenvolveu uma teoria sobre o crescimento populacional e a produção de alimentos, afirmando que, enquanto a produção de alimentos crescia em ritmo aritmético
(2,4,6,8,10...) o crescimento populacional se fazia em escala
geométrica (2,4,8,16,32,64, 128 ...). Suas teorias são conhecidas como maltusianismo.
As teorias do pensador inglês foram consideradas por
muitos, à época, como exageradas, mas
hoje existe uma forte corrente científica que dá apoio às mesmas, pois os
números confirmam sua veracidade.
Vejamos esses números: a população da terra só alcançou um bilhão de habitantes
no início do século XIX, mas, em apenas 100 anos, esse número duplicou. A partir
de então, essa mesma população dobrou, novamente, e chegou a 4 bilhões na década
de 70. Até o final do século XXI, deveremos ter entre 9 a 10 bilhões de moradores
no planeta. A cada ano, o planeta recebe uma média de 90 milhões de habitantes,
equivalente a população total da Alemanha ou mais do que duas Argentinas. Para isso, contribui o elevado
índice de natalidade, como o aumento médio de vida das populações, graças aos
avanços da medicina.
Apesar dos avanços científicos, a produção de
alimentos não tem acompanhado o ritmo do crescimento populacional. Calcula-se
que cerca de 800 milhões de pessoas passem fome no mundo. O fato é que os
recursos naturais estão se esgotando, principalmente, a água potável, além das
incertezas climáticas. Uma seca recente nos Estados Unidos, reduziu drasticamente
sua produção de milho, forçando o maior produtor do mundo desse cereal, a importá-lo, para atender às próprias
necessidades. Se os Estados Unidos, o maior produtor mundial de alimentos, deixassem de exportá-los, causariam verdadeiras catástrofes em muitos países.
A Organização Mundial da Saúde e fundações
particulares, como a Fundação Bill Gates, procuram conter o crescimento
populacional, com a divulgação de métodos contraceptivos nos países mais pobres,
como o uso da camisinha nas relações sexuais, mas esbarram em grupos religiosos
que condenam tais práticas e ameaçam seus usuários até mesmo com o fogo no
inferno. Isso aconteceu, recentemente, em diversos países africanos, onde milhões de
camisinhas doadas e não usadas, foram parar no lixo.
Um organismo da ONU declarou, recentemente, que, se o
crescimento populacional continuar no ritmo atual, com o aumento descontrolado do consumo por parte dos diversos povos, à semelhança do que ocorre nos países desenvolvidos, em breve, serão necessárias
quatro terras para atender às necessidades
básicas de suas populações.
**************************************