quarta-feira, 7 de agosto de 2013

CRESCIMENTO POPULACIONAL, UMA BOMBA DE RETARDO


               



Thomas Malthus, um economista inglês, estudioso das ciências sociais e que viveu no século XVIII, desenvolveu uma teoria sobre o crescimento populacional e a produção de alimentos, afirmando que, enquanto a produção de alimentos crescia em ritmo aritmético (2,4,6,8,10...) o crescimento populacional se fazia em escala geométrica (2,4,8,16,32,64, 128 ...). Suas teorias são conhecidas como maltusianismo.

As teorias do pensador inglês foram consideradas por muitos, à época,  como exageradas, mas hoje existe uma forte corrente científica que dá apoio às mesmas, pois os números confirmam sua veracidade.

Vejamos esses números:  a população da terra só alcançou um bilhão de habitantes no início do século XIX, mas, em apenas 100 anos, esse número duplicou. A partir de então, essa mesma população dobrou, novamente, e chegou a 4 bilhões na década de 70. Até o final do século XXI, deveremos ter entre 9 a 10 bilhões de moradores no planeta. A cada ano, o planeta recebe uma média de 90 milhões de habitantes, equivalente a população total da Alemanha ou mais do que duas Argentinas. Para isso, contribui o elevado índice de natalidade, como o aumento médio de vida das populações, graças aos avanços da medicina.

Apesar dos avanços científicos, a produção de alimentos não tem acompanhado o ritmo do crescimento populacional. Calcula-se que cerca de 800 milhões de pessoas passem fome no mundo. O fato é que os recursos naturais estão se esgotando, principalmente, a água potável, além das incertezas climáticas. Uma seca recente nos Estados Unidos, reduziu drasticamente sua produção de milho, forçando o maior produtor do mundo desse cereal, a  importá-lo, para atender às próprias necessidades. Se os Estados Unidos, o maior produtor mundial de alimentos,  deixassem de exportá-los, causariam verdadeiras catástrofes em muitos países. 

A Organização Mundial da Saúde e fundações particulares, como a Fundação Bill Gates, procuram conter o crescimento populacional, com a divulgação de métodos contraceptivos nos países mais pobres, como o uso da camisinha nas relações sexuais, mas esbarram em grupos religiosos que condenam tais práticas e ameaçam seus usuários até mesmo com o fogo no inferno. Isso aconteceu, recentemente,  em diversos países africanos, onde milhões de camisinhas doadas e não  usadas, foram  parar no lixo.

Um organismo  da ONU declarou, recentemente, que, se o crescimento populacional continuar no ritmo atual, com o aumento descontrolado do consumo por parte dos diversos povos, à semelhança do que ocorre nos países desenvolvidos, em breve, serão necessárias quatro terras  para atender às necessidades básicas de suas populações.



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