quarta-feira, 17 de junho de 2020

A REVOLTA DA VACINA QUE ABALOU O GOVERNO BRASILEIRO






    • Cena de destruição no centro do Rio de Janeiro,  provocada pela revolta da Vacina




No momento  em que o mundo sofre diante do perigo do coronavirus,  todos correm em busca de uma vacina para nos livrar desse terrível mal. E quando sair a primeira vacina, multidões se formarão em filas em busca da prevenção contra o terrível mal. Mas nem sempre foi assim. No Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro, quando foi criada a vacina contra a varíola, obrigando o povo a se vacinar, houve uma tremenda revolta, apoiada pela opinião pública,  políticos e imprensa. Vejamos o relato feito pela revista NOSSO SÉCULO, uma extraordinária publicação da Editora Abril  do ano de 1980.

" A 31 de outubro de 1904, por iniciativa de Oswaldo Cruz, o congresso aprovou a lei que tornava obrigatória a vacina contra a varíola. Aplicada com êxito na Europa, a vacina era desconhecida do povo brasileiro e encarada com desconfiança. A imprensa atiçava os ânimos, fazendo correr boatos de que a vacina, em vez de imunizar, provocaria a varíola. E as Brigadas Sanitárias, acompanhadas de policiais, entravam nas casas e vacinavam seus ocupantes a força.

No dia 10 de novembro, o descontentamento popular explodiu numa revolução. Por mais de uma semana, as ruas centrais da capital federal encheram-se de barricadas. Bondes foram incendiados, lojas foram depredadas e saqueadas, e postes de iluminação foram destruídos. A Escola Militar da Praia Vermelha aliou-se ao povo, comandados por altos escalões do exército. Os alunos saíram armados à rua, enquanto o prédio era bombardeado por navios fiéis ao Governo. Morreram centenas de pessoas. O que haveria por trás disso?

Em primeiro lugar, uma razão política: os positivistas, civis e militares, que junto com Deodoro e Floriano, haviam proclamado a República  e participado de sua direção nos primeiros anos, tinham sido alijados pelos cafeicultores de São Paulo, que impunham seus políticos ao Governo.

De outro lado, a política de saneamento econômico de Campos Salles reerguera as finanças do país, mas causara o rápido aumento do custo de vida das cidades. Os pobres tornavam-se cada vez mais pobres, e mais abertos à pregação antigovernamental. A vacina obrigatória foi o estopim. Com a imprensa a seu serviço, os positivistas a chamavam de "violadora dos lares" e "túmulo da liberdade". Aproveitando-se da revolta popular, políticos como o senador Lauro Sodré e militares como o general Travassos pretendiam derrubar o Governo. Lauro Sodré seria "proclamado ditador". Mas a revolução frustrou-se.

Ameaçado, o Governo agiu rápido e com dureza. Tropas federais foram chamadas para atacar os revolucionários e percorreram os cortiços, capturando não apenas os que haviam participado do motim, mas todos aqueles encontrados desocupados. E enfiou-os todos, sem ouvi-los, em porões de navios, despachando-os para o Território do Acre, que o Brasil acabava de conquistar da Bolívia. Terminava o levante positivista. Começaria a vacinação em massa da população carioca. Em alguns meses, a varíola desapareceria do Rio."


                                         

“A lei da vacina obrigatória é uma lei morta.(...)
 Assim como o direito veda ao poder humano invadir-nos a consciência, as “A lei da vacina obrigatória é uma lei morta.(...)
  sim lhe veda transpor-nos a epiderme. (...) Logo não tem nome, na categoria dos crimes do poder, a temeridade, a violência, a tirania, a que ele se aventura, expondo-se, voluntariamente, obstinadamente, a me envenenar, com a introdução, no meu sangue, de um vírus, em cuja influência existem os mais fundados receios de que seja condutor da moléstia, ou da morte”.
(Discurso de Ruy Barbosa no Senado.)

O presidente Jair Messias Bolsonaro pode se consolar, porque Ruy Barbosa, o baiano mais famoso, também não acreditava em vacina. Como dizem os italianos: cáspite!


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sexta-feira, 12 de junho de 2020

A ROSA DE OURO PARA A PRINCESA ISABEL


                     
  A morte brutal do negro americano George Floyd desencadeou uma avassaladoura reação no mundo inteiro, com passeatas e protestos nos Estados Unidos e em muitos países do mundo. Estátuas de antigos traficantes de escravos foram arrancadas de seus  pedestais e lançadas aos rios. O filme E o Ventou Levou foi retirado do serviço de streaming em meio a protestos antirracistas.


Tela do pintor Vitor Meireles sobre o momento
da entrega da Lei Áurea
 ao parlamento brasileiro pela Princesa Isabel.

O momento é oportuno para lembrarmos a figura da Princesa Isabel que, através da Lei Áurea, libertou os escravos brasileiros no dia 13 de maio de 1888. Ao entregar a lei com sua assinatura ao Barão de Cotegipe, este teria lhe dito:" Vossa Alteza imperial ganhou a aposta, redimiu uma raça, mas perdeu o trono". Na verdade, um ano depois era proclamada a república e a família imperial enviada ao exílio.

O ato da princesa teve repercussão internacional, pois o Brasil era um dos últimos países do mundo a se livrar da escravatura.O papa Leão XIII, outro defensor dos direitos humanos , através da encíclica Rerum Novarum, enviou à princesa brasileira a rosa de ouro (foto) com a qual o Vaticano homenageava pessoas no mundo, que se destacavam em prol dos direitos humanos. Junto com a rosa ele também lhe enviou uma carta na qual exalta a grandeza de seu ato. 


"Leão XIII, Papa

 

À muita amada em Cristo Filha Nossa, Saúde e Benção Apostólica.

 

As preclaras virtudes que adornam Tua pessoa e as brilhantes demonstrações de singular dedicação que Nos deste a Nós e a esta Sé Apostólica, pareceu-nos merecer sem dúvida um testemunho particular e insigne de Nosso Apreço e paternal afeto para contigo.

 

Para te apresentarmos porém esse testemunho, nenhuma oportunidade mais favorável podia dar-se, conforme entendemos, do que a atual. Com efeito, novo esplendor acaba de realçar ainda mais os Teus louvores por ocasião da Lei que aí foi recentemente decretada e por Tua Alteza Imperial sancionada, relativa àqueles que, achando-se nesse Império Brasileiro, sujeitos à condição servil, adquiriram em virtude da mesma lei a dignidade e os direitos de homens livres.

 

Assim, pois, muito amada em Cristo Filha Nossa, Nós te enviamos de mimo a Rosa de Ouro que, ao pé do altar, consagramos com a prece apostólica e os demais ritos sagrados, consoante a usança antiga de Nossos Predecessores.

 

Por esta razão investimos do caráter de Nosso Delegado apostólico ao amado Filho Francisco Spolverini, Nosso Prelado Doméstico e Protonotário Apostólico, que exerce as funções de Internúncio e de Enviado extraordinário Nosso e desta Santa Sé, junto ao muito amado em Cristo Filho Nosso Pedro II Imperador do Brasil, e na ausência dele junto à Tua Alteza Imperial, com o fim de levar-Te a referida Rosa e de exercer o honrosíssimo ministério de fazer-Te a tradição dela, observando as sagradas cerimônias do estilo.

 

Nesse mimo, porém, que Te ofertamos, é desejo Nosso que Tua Alteza Imperial não olhe para o preço do objeto e seu valor, mas atenda aos mais sagrados mistérios por ele significados. Assim é que nessa flor e no esplendor do ouro se manifesta Jesus Cristo e sua suprema Majestade. É Ele que se denomina a flor do campo e o lírio dos vales. Na fragrância da mesma flor se exibe um símbolo do bom odor de Cristo, que ao longe reascendem todos os que cuidadosamente imitam as suas virtudes.

 

Daí é impossível que o aspecto deste mimo não inflame cada vez mais o Teu zelo em respeitar a religião e em trilhar a vereda árdua, sim, mas esplêndida da virtude.

 

No entanto, implorando toda a sorte de prosperidades e venturas para Ti, e todo o Império Brasileiro, muito afetuosamente no Senhor outorgamos a Benção Apostólica a Ti, muito amada em Cristo Filha Nossa, e à Tua Imperial Família.

 

Dado em Roma, junto a São Pedro, sob o anel do Pescador, no dia 29 de maio do ano de 1888, IIº no Nosso Pontificado.

 




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terça-feira, 9 de junho de 2020

TODO REINO DIVIDIDO CONTRA SI MESMO SERÁ ARRUINADO ...

 
 "Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado e uma casa dividida contra si mesma, ruirá". (Lucas (11:16.17


Ato e manifesto denominado Pró-Bolsonaro leva centenas de pessoas a se reunirem no posto 5 na orla da praia de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. Foto: Jorge Hely/Framephoto / Estadão Conteúdo


Estou prestes a completar 9 décadas de existência e assisti a todas as grandes crises pelas quais o este país passou, mas nada se compara à crise atual que vivemos. Hoje, o país está dividido.
 
Nasci sob a égide da revolução de 30, quando, nas escolas, tínhamos que praticar o culto à personalidade .  Getúlio Vargas era  o chefe da nação e a ele devíamos render as nossas homenagens. Depois, veio a guerra,  com o afundamento de dezenas de navios brasileiros e a perseguição aos colonos alemães e italianos, perseguição que, no Sul do Brasil,  foi muito acirrada. Com a guerra,  tivemos a escassez de produtos. Faltava gasolina e,  então, inventarem os famosos carros a gasogênio, que andavam bem ladeira abaixo e tinham grande dificuldade ladeira acima.

E passamos por diversas outras crises, com a oposição a Vargas e o seu suicídio. Tivemos a grande crise que foi a renúncia de Jânio Quadros e a posse de Jango, resultado da grande campanha dos Jan/Jan. E veio o movimento de 64, com os militares assumindo o poder.

 Foram grandes e pequenas crises, mas nada assisti que se compare ao que  está acontecendo agora. O país está dividido. Dizem que estamos às vésperas de uma guerra civil, quando o supremo mandatário da nação estimula a população   a se armar. 

Para quem acredita em profecias, vamos transcrever o texto por nós já publicado sobre uma aparição da Virgem Maria a duas meninas no sertão nordestino, no ano de   1936. 

Segundo essa profecia, a Virgem Maria teria afirmado que o Brasil passará por uma sangrenta revolução promovida pelo comunismo. Se meditarmos sobre a atual conjuntura por que passa o país, parece que estamos perto de um grande desastre. 

A Virgem Maria afirma que o Brasil passará por uma sangrenta revolução promovida pelo comunismo. A seguir, vou publicar o relato sobre as referidas aparições de Nossa Senhora, descritas por Francisco Almeida Araújo, ex-pastor batista, convertido ao catolicismo e ordenado diácono. Ele faleceu em 2012. Eis o seu relato: 

"Naquele dia, enquanto trabalhavam na colheita de mamona, conversavam sobre o que se passava na região e é neste momento que Maria da Conceição, olhando para uma pequena montanha bem próxima do local onde estavam, disse para Maria da Luz: “Veja lá uma Senhora”. Era uma Senhora com um belo menino segurado pelo braço esquerdo e que acenava para elas, chamando-as. Enquanto falavam entre si como chegariam até o local, a mãe de Maria da Luz chamou-as para almoçarem. Eram onze horas da manhã. As meninas disseram-lhe que queriam antes subir até a montanha, contando tudo o que viam para a mãe de Maria da Luz. O assunto chegou ao conhecimento do pai de Maria da Luz, o senhor Artur. Este interrogou as meninas e dando crédito às meninas, tomou uma foice para abrir uma trilha e foi com elas até o local. Logo seguiu a eles a mãe de Maria da Luz com demais filhos menores.
Maria da Luz e Maria da Conceição alegavam estarem vendo diante delas uma bela senhora com um belíssimo menino. Nada, no entanto viam os demais. O pai de Maria da Luz mandou então que perguntassem àquela senhora o que desejava. Ao fazerem a pergunta, a senhora respondeu: “Minhas filhas, virão tempos calamitosos para o Brasil! Dizei a todo o povo que se aproximam três grandes castigos, se não fizer muita penitência e oração”.Logo a notícia se espalhou por toda a redondeza, chegando ao conhecimento do Pároco e do Bispo da Diocese.

As advertências de Nossa Senhora eram reiteradas. Ela sempre pedia insistentemente que era preciso rezar e fazer penitência caso contrário o Brasil receberia um severo castigo.

O bispo diocesano designou um sacerdote para investigar o caso e este padre entregou às meninas, seis perguntas que elas deveriam apresentar à Senhora. Mencionarei apenas a quarta e a sexta pergunta e as respostas dadas pela Senhora.

º Dizei quem sois e que quereis? – “ Sou a Mãe da Graça e venho avisar ao povo que se aproximam três grandes castigos”.
º Que significa o sangue das vossas mãos? – “Representa o sangue que será derramado no Brasil”.

O mesmo sacerdote designado pelo bispo, por várias vezes, interrogou as meninas, em separado e por fim foi ao local com elas e fez cerca de noventa perguntas em alemão, língua que as meninas nada compreendiam e a Senhora respondia, através das videntes, em português. Dentre estas perguntas, em alemão, o padre procurou saber por que Nossa Senhora estava aparecendo ali e esta respondeu: “Para avisar ao povo que três grandes castigos cairão sobre o Brasil”. Por mais duas vezes, em dias diferentes, a mesma pergunta foi feita e a mesma resposta foi dada. O sacerdote perguntou também, sempre em alemão, o seguinte:

º Que é necessário fazer para desviar os castigos? – “Penitência e oração”.
º Qual a invocação desta aparição? – “Das Graças”.
º Que significa o sangue que corre das vossas mãos? – “O sangue que inundará o Brasil”.
º Virá o comunismo a penetrar no Brasil? – “ Sim”.
º Em todo o País? – “Sim”.
º Os padres e os bispos sofrerão muito? – “Sim”.
º Será como na Espanha? – “Quase”.
º Quais as devoções que se devem praticar para afastar esses males? - “ Ao coração de Jesus e a mim”.
º Esta aparição é a repetição de La Salette? – “Sim”.

Aqui termino o resumo que fiz do texto do intrépido Pe. Júlio Maria, conclui Francisco Almeida Araújo” 


 


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