Júlio César, fundador do império romano
Quem melhor nos transmitiu conhecimentos sobre a vida da maioria dos imperadores romanos, foi Suetônio, que trabalhou na corte do imperador Adriano. Ele escreveu o livro A Vida dos Doze Césares no qual narra as diversas facetas do caráter desses imperadores, inclusive suas taras sexuais.
Júlio César foi o fundador do império. Um homem de extraordinária capacidade, grande conquistador. Com a conquista da Gália, anexou um imenso território ao império romano. Era idolatrado pelos seus comandados, mas esses diziam que o general era o homem de todas as mulheres e a mulher de todos os homens. Os relacionamentos sexuais de Júlio César remontam a sua juventude. Entre três casamentos, Júlio ainda encontrou tempo para diversos relacionamentos extraconjugais, destaca-se aqui Cleópatra, com quem teve um filho e o abandonou: Cesarião, o último faraó da Dinastia Ptolomaica. Não só com mulheres o romano mantinha relações, César viveu amores intensos também com homens.
Tibério (de 14 a 37 d.C.) filho adotivo de Augusto. Em seu reinado, apesar de muita violência, sufocando rebeliões em várias províncias, não empreendeu guerras de conquistas. Era uma verdadeiro tarado sexual. Em seu palácio, na ilha de Capri, para onde se retirou nos últimos anos do governo, criou um verdadeiro bordel, cercado de numerosas prostitutas. Era também dado à pedofilia, usando crianças em sua banheira para as práticas mais abomináveis.
Calígula (de 37 a 41 d.C.) - Seu nome significa O Sandalinha, apelido que lhe deram os legionários, quando ele ainda era criança e costumava circular pelos acampamentos militares, calçando caligas (cáligas), as sandálias dos soldados. Seu governo, inicialmente, dava mostras de bem intencionado, ajudando os pobres e ensaiando algumas práticas democráticas. Mais tarde, provavelmente acometido por uma doença que lhe atingiu o cérebro, passou a cometer atos insanos. Costumava convidar os senadores para banquetes em seu palácio e, no final, arrastava a mulher do convidado para seus aposentos, onde a estuprava. Casou com sua irmã Drusila, por quem era muito apaixonado. Segundo alguns historiadores, teria tido relações incestuosas também com outras duas irmãs.
Nero (54-6 d.C. ). Agripina, mãe de Nero fez com que
ele se casasse com a filha de Cláudio, Otávia. Depois envenenou o marido,
Cláudio, e conseguiu que a guarda pretoriana
aclamasse Nero imperador, com apenas 17 anos, esperando governar em seu
lugar, pois o filho não estava preparado para o cargo. Os primeiros anos do
governo de Nero foram profícuos, aconselhado que era por seu preceptor, o
filósofo Sêneca e por Burrus, prefeito do pretório. Sentindo-se fora do poder,
Agripina uniu-se a Britânico, que foi logo condenado à morte por Nero. A
seguir, ele assassinou Agripina, repudiou a esposa Otávia, casou-se com
Pompeia, exilando-a e depois mandando
também matá-la. Com a morte de Burrus e
o afastamento de Sêneca (depois assassinado por ordem do imperador), Nero entregou-se a uma vida devassa,
promovendo orgias e assassinatos. Acusou os cristãos pelo incêndio de Roma que
provavelmente foi ateado a mando do próprio Nero. Os generais se revoltaram e o
imperador teve que fugir, sendo morto por um de seus auxiliares.
Segundo Suetônio, Nero mantinha relações sexuais com a própria mãe e isso era comum quando passeavam em liteiras. Ao sair, as vestes do imperador mostravam manchas relativas ao ato sexual. Isso não impediu que mais tarde ele mandasse matar a genitora.
Cômodo (180-192 d.C.) Filho de Marco Aurélio, chegou a
dividir o governo com o pai, durante um período, em razão de uma grande revolta
verificada no Oriente. Depois da morte do pai, consolidou a paz no Danúbio, mas
foi desafiado pelo Senado ao nomear estrangeiros para ministros, resultando daí várias
conspirações que ele abafou à custa de muitas execuções. Foi acusado de ter
condenado à morte a irmã Lucila e a esposa Crispina. Era conhecido em Roma por
sua vida depravada. Participava das
lutas de gladiadores, nos anfiteatros, vestindo-se como Hércules, temas muito
bem explorados pelos filmes O Fim do
Império Romano e O Gladiador.
Morreu estrangulado, mas antes, sua
amante de nome Márcia, tentou
envenená-lo.
Apesar
do governo despótico de alguns imperadores, depois de Augusto, o império gozou
de relativa paz e prosperidade, por mais de dois séculos, tendo alcançado com
Trajano o auge das conquistas territoriais. O comércio expandiu-se, alcançando
as mais remotas províncias. Roma torna-se um centro cultural, com numerosas
obras de arte, com uma arquitetura desenvolvida, onde se destacam os
templos, os palácios, os arcos de
triunfo, os estádios monumentais como o Coliseu. Nas províncias, os romanos
constroem aquedutos, estradas, ginásios esportivos, palácios para seus
administradores.
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