quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

O QUE SIMBOLIZAVAM AS TRÊS TORRES DO SEMINÁRIO SÃO LUÍS DE TOLOSA ?






No livro As Torres das Três Virtudes do autor deste blog, ele fala de uma palestra de cunho espiritual na qual o palestrante, durante um retiro no Seminário São Luís de Tolosa, atribui às três torres que encimam a construção, um simbolismo de cunho espiritual de alta relevância. 

Em tempo: o Seminário São Luís de Tolosa não existe mais. Na década de 40, ele abrigava mais de 300 alunos oriundos de todas as regiões brasileiras. O livro em questão é uma narrativa do autor sobre sua passagem pelo educandário, da qual ele guarda boas reminiscências. No local, hoje funciona a Prefeitura da cidade do Rio Negro ( Estado do Paraná) e várias secretarias. A cidade se orgulha da belíssima construção estilo europeu, feita pelos franciscanos,  de origem alemã, além de um parque ecoturístico de grande relevância, importante atração turística da cidade. Os frades, seus idealizadores,  seguiram seu fundador, São Francisco de Assis, que tinha acentuado respeito pela natureza, respeito esse tão bem expresso no Cântico do Irmão Sol, de sua autoria. Ele é hoje o patrono da ecologia, assim declarado pelo papa Joao Paulo II.



Imagem de São Luís de Tolosa, frade franciscano, de origem nobre, sagrado bispo da cidade de Tolosa (Toulouse), na França, em 30 de dezembro de 1296 pelo papa Bonifácio VIII. 

A seguir, o texto do livro As Torres das Três Virtudes, que explica o simbolismos das mesmas.

"No sábado de Aleluia, seguindo a tradição, alguns alunos prepararam um boneco para a malhação do Judas, mas o padre prefeito não permitiu o espetáculo, ao afirmar que a figura do apóstolo que traiu seu mestre era por demais trágica para ser objeto de risos e brincadeiras. O grupo de malhadores desistiu  da cena   e nunca  mais houve malhação do Judas, nas dependências do Seminário São Luís de Tolosa.

 Para pregação do retiro daquele ano, foi escalado um padre oriundo do Rio de Janeiro, de nome Frei Marcelo.  Ele centrou suas conferências no amor de Cristo, que veio ao mundo para salvar e não para condenar. Suas palestras tiveram grande aceitação por parte dos alunos.

No último dia de pregações, o tema da palestra do jovem frade teve o sugestivo título: As Torres das Três Virtudes, e usou como símbolo, as torres que encimavam a construção do seminário. E as virtudes a que se referia eram as chamadas teologais: Fé, Esperança e Caridade.

– Temos três torres sobre o telhado do São Luis de Tolosa – disse – e, para mim, elas simbolizam as três virtudes teologais, que ligam nossa alma a Deus através de Cristo. E o pregador prosseguiu:

– A primeira torre, à esquerda da construção, se eleva sobre a capela do nosso santo patrono e pode representar a fé, pois ali está o sino que toca três vezes ao dia e nos conclama a oração, que reforça e capacita o nosso intelecto e a nossa vontade a aceitar a palavra de Deus com plena adesão à  autoridade  revelada  por  ela,  através  das escrituras sagradas. Aliás, sobre esse sino – prosegiu o conferencista – quando aqui estudei, circulava uma curiosa história. Alguns anos antes da construção do seminário, morava nas proximidades um casal de colonos e a mulher dizia que ouvia  todos os dias, na hora do Angelus, tocar um sino no alto do morro, onde depois seria construído o seminário. Seu companheiro sorria incrédulo e achava que ela não estava boa da cabeça, até que um dia, quando o seminário foi inaugurado, o sino tocou pela primeira vez e o homem disse à mulher, que ouvia as badaladas vindas da torre da nova construção. Ela, então, lhe confirmou: era esse o toque do sino que sempre ouvira ao longo do tempo.

 A seguir, o pregador se referiu à torre da direita, que representava a esperança, a virtude que dá ao homem a capacidade e a confiança em Deus para merecer a vida eterna.

A terceira torre, a do meio, a mais importante, representava, segundo Frei Marcelo, a caridade, que dá ao  homem  a  capacidade e a vontade de amar a Deus,  amar  a  si  mesmo  e ao próximo, por causa de Deus. E neste ponto, ele citou a primeira epístola de São Paulo aos Conríntios, que diz num determinado trecho: 

Se falar as linguas de homens e anjos, mas não tiver caridade, sou como bronze que soa ou címbalo que retine. Se possuir o dom da profecia, e conhecer todos os mistérios e toda a ciência, e alcançar tanta fé que chegue a transportar montanhas, mas não tiver caridade, nada sou. E, se repartir toda minha fortuna e entregar meu corpo ao fogo, mas não tiver caridade, nada disso me aproveita.”

E o orador concluiu:

– Meus irmãos, são essas as três virtudes teologais, bem representadas pelas torres que se erguem sobre a nossa casa. Elas são três sentinelas, sempre vigilantes, fortes e imponentes. Apontam para o alto, para o céu... apontam para Deus. Quando as comtemplarem, lembrem-se das palavras deste humilde pregador e permaneçam firmes na fé, na esperança e na caridade. E lembrem-se: sem caridade, sem amor, nada somos, como diz o Apóstolo Paulo em sua epístola. Sursum corda, irmãos! Sim, corações ao alto.

As pregações do jovem sacerdote foram bem recebidas pelos alunos, que as aceitaram  de corações abertos. A imagem das  torres, como símbolos concretos das três virtudes, ficaram gravadas nas mentes dos jovens seminaristas durante muito tempo."

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sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

HÉLÈNE GRIMAUD, A FAMOSA PIANISTA QUE TAMBÉM CUIDA DE LOBOS

   

                                    

Hélène Grimaud é uma pianista francesa, considerada uma das mais famosas intérpretes dos grandes clássicos no mundo da música atual. Ficou célebre na Europa, notadamente na França, tendo estudado em vários conservatórios com renomados professores. Hoje, ela vive nos Estados Unidos, onde, além  da carreira artista musical, mantém um centro de conservação de lobos, tendo também publicado três livros sobre sua carreira e prefaciado diversos trabalhos referentes a música e também sobre sua paixão com relação aos lobos. Vejamos mais detalhes sobre esse assunto, de acordo com diversas publicações, nas quais ela fala também sobre outra peculiaridade de sua arte: a sinestesia.

Mas antes é bom lembrar que Hélèle Grimaud já esteve no Brasil em 2013 e deu concertos na Bahia, no Rio de Janeiro e também em São Paulo, oportunidade para o brasileiros admirarem sua maravilhosa arte.





Hélène, atualmente lidera uma fundação na qual  estuda o comportamento dos lobos, depois de obter todos os diplomas necessários. Isto não é um hobby: Héléne Grimaud é correspondente de várias organizações científicas. Mulher solitária e secreta, partilha a sua vida com uma matilha de lobos, da qual nunca se desvia muito tempo.[7] A conservação da música e da vida selvagem pode não parecer ter muito em comum na superfície, mas Grimaud disse que a ajudam a encontrar o que realmente importa. A pianista francesa criou um centro de conservação de lobos em Nova Iorque, porque "eles têm muitos mitos, muitas histórias e mistérios, que não são verdade; é isso que os torna interessantes. Desde 1999, o seu centro tem organizado palestras, visitas guiadas, sessões de cinema e recitais de música.

Pela sua experiência com os lobos diz: "Aprende-se a conhecer outro ser nos seus termos, o que é uma grande lição de humildade, baseada em ouvir e prestar atenção e estar consciente. Trata-se de viver o momento e essa interação tem de ser 100% física, intelectual, emocional, espiritual."[8] Mas não é isso que ele acha mais interessante deste predador em extinção. Os lobos lembram-nos um tema mais amplo que afeta todo o planeta. "É preciso salvar o habitat. Não pode falar a sério sobre a preservação da espécie sem falar da sua casa. É sobre a saúde do ecossistema em geral"

Grimaud tem a capacidade particular conhecida como sinestesia, o que no seu caso a faz representar a música com cores. Às vezes, quando tocas piano ou ouves música, experimentas os sons a cores. A sinestesia é consistente. Para ela, ré menor é sempre azul escurodó menor é sempre preto, o sol é verde é vermelho e si bemol é amarelo. "A cor muda com cada modulação, mas a cor dominante é a da tonalidade em que a peça é escrita. Não acontece sempre que tocas ou ouves música e não ajuda necessariamente a memorizar a música, mas é, no entanto, uma coisa bonita de experimentar", disse.[4]



Referências

 «Helene Grimaud Biography». Consultado em 8 de março de 2021
 «De niña genial a mujer lobo». Consultado em 25 de outubro de 2016
 «Helene Grimaud»Opera World (em espanhol). 19 de setembro de 2013. Consultado em 25 de outubro de 2016
↑ 
Ir para:
a b The Epoch Times (22 de fevereiro de 2016). «Pianist Hélène Grimaud on Her Tribute to Water» (em inglês). Consultado em 25 de outubro de 2016


sábado, 25 de novembro de 2023

O MÉDIUM QUE ERA CAPAZ DE MANIFESTAÇÕES MEDIÚNICAS INCRÍVEIS

 


Seu  nome: DANIEL DUNGLAS HOME. Espiritualista britânico  (1833-1886), nascido em Edimburgo na Escócia, tornando-se personagem conhecido em toda a Europa, em razão de suas incríveis manifestações mediúnicas. Era admirado pela nobreza de diversos países, onde deu demonstrações incríveis em sessões promovidas pelos seus admiradores. Entre as suas manifestações se destacam as seguintes: mesas que se erguiam nas salas dessas reuniões, instrumentos que executavam músicas sem músicos por perto. Ele era capaz de levitar a alturas de dois ou mais metros. Certa vez, na sala de uma dessas manifestações, ele saiu por uma janela do terceiro andar da casa e retornou por outra. Colocava a mão num braseiro sem ser atingido pelo fogo. Em certa ocasião, colocou a cabeça nas chamas de uma lareira, diante de uma plateia assustada e a retirou sem ter queimado um só fio de cabelo. Seus familiares contavam que essas manifestações do médium vinham desde o  berço, quando o mesmo balançava sozinho ou mudava de lugar, para espanto da babá.

Daniel Home era admirado por muitos, mas acusado de charlatanismo por outros. O fato é que não recebia dinheiro pelas suas incríveis manifestações, tendo feito apresentações até para monarcas, como o imperador Napoleão III, que governava a França na ocasião e também para o papa Pio IX no Vaticano, que o condecorou com uma medalha de prata.


Daniel Dunglas Home

Entre os defensores de Daniel Home se destaca o próprio Allan Kardec, o codificador do espiritismo, que escreveu diversos artigos em defesa de Home, na revista espírita que era editada por ele. Daniel atuava na Inglaterra, esteve nos Estados Unidos, em Paris,  e também em Roma, onde foi hostilizado pela policia local, sob influência de elementos do Vaticano. Em certa ocasião ele foi obrigado a fugir da cidade para não ser preso.



Para maiores informações sobre o médium voador, compre o livro de Adilton Pugliese da ebm editora. Detalhes na internet.






















sexta-feira, 17 de novembro de 2023

CIDADE DO VATICANO, O MENOR PAÍS DO MUNDO, COM APENAS 0,44 km² DE EXTENSÃO



 A cidade do Vaticano é a sede da Igreja Católica e fica encravada na cidade de Roma. O chamado Estado do Vaticano foi criado em 1929 pelo tratado do Latrão, assinado entre BenitoMussolini e o Papa Pio  XI. Antes da unificação da Itália, a Igreja Católica era dona dos chamados Estados Pontifícios, uma vasta região da Itália que vivia sob a soberania dos papas, que  tinham exército próprio e exerciam o poder absoluto sobre essas populações. Houve papas, como Júlio II, que trocavam as vestes papais por armaduras militares, comandando o seu exército em defesa de seus territórios.

Com a unificação da Itália, movimento iniciado por  Garibaldi, a Itália se tornou uma república e a Igreja perdeu seus estados pontifícios, ficando apenas com a cidade do Vaticano. Sua situação jurídica permanecia indefinida, até a chegada de Mussolini, quando foi, finalmente resolvida com o chamado tratado de Latrão, ganhando o status de nação independente, se relacionando com outros países, onde mantém embaixadores, os chamados núncios apostólicos.

O chefe da cidade do Vaticano é o papa e nela residem perto de 1000 pessoas, entre funcionários, bispos e cardeais. Para proteção da cidade existe a chamada Guarda Suíça, formada por soldados oriundos daquele país. Eles ainda usam os uniformes criados por Michelangelo e usam, como armas, as antigas alabardas e espadas, mas existe um corpo especial de agentes munidos com as mais modernas armas, como pistolas e metralhadoras.

O vaticano não possui indústrias nem empresas geradoras de impostos. Então, como se mantem a administração do pequeno estado. Em primeiro lugar, o turismo, que gera recursos para o Vaticano, como também para a cidade de Roma, pois a média de visitantes que chegam ao Vaticano, diariamente, é de 20.000 pessoas. Mas a Igreja é também dona de um vasto patrimônio, como prédios e ações, sob administração do Banco do Vaticano. E também existe o chamado óbulo de São Pedro. que é uma coleta realizada em  todas as igrejas católicas do mundo e enviada ao Vaticano, uma vez por ano.

O Vaticano é dono de um vasto patrimônio, artístico e cultural. O seu acerco artístico e imenso. Além da Catedral de São Padro, um imenso templo renascentista, para cuja construção colaboram artistas como Michelangelo. A praça  em frente a catedral é circunda pela chamada colunata de Bernini, outro grande artista da Renascença. A Capela Sistina é uma obra incrível, executada por Michelangelo, em sua abóbada, durante 4 anos de trabalho intenso. Ele trabalhava de dia e, à noite também, usando na cabeça um capacete formado por numerosas velas, tudo sob a vigilância do Papa Júlio II.

 E está ali  também o Museu do Vaticano, com um acervo de arte inigualável. Merece destaque a Biblioteca do Vaticano, uma das maiores do mundo, com 1.6OO.OOO volumes, 180.000 manuscritos, 9.000 incunábulos, assim chamadas as obras impressas nos primórdios da imprensa. Isso tudo, além de 300.000 moedas e 150.000 medalhes. As estantes que guardam essas preciosidades têm uma extensão calculada de 84 quilômetros. Nessa biblioteca está registrada grande parte da história do Ocidente, com seus grandes momentos e também os seus podres, como os abomináveis processos da "santa" inquisição, que levou milhares ao suplício da fogueira. Está tudo documentado nos manuscritos do Vaticano.

E existe uma lenda de que o vaticano possui uma misteriosa máquina do tempo, chamada de cronovisor, que teria captado imagens da Paixão de Cristo. Existe até um livro escrito por um padre, que teria conhecido o inventor da misteriosa máquina. E também há relatos que o Vaticano teria feito contatos com alienígenas. A conferir,



Praça de São Pedro, com capacidade para 300 mil pessoas, onde os católicos podem ouvir as palavra do papa, emitidas de uma janela das dependências do vaticano, na qual ele reza o angelus todos os domingos, com a participação de milhares de fiéis.










sábado, 28 de outubro de 2023

POR QUE XERXES, REI DOS PERSAS, MANDOU SEUS SOLDADOS APLICAREM 300 CHIBATADAS NO MAR?





No século V a.c., Xerxes I, rei da Pérsia, desejava que suas tropas cruzassem o Helesponto (atual Estreito de Dardanelos, na Turquia) sem auxílio de barcos e ordenou que uma imensa ponte fosse construída. 

Os persas queriam invadir a Grécia e o mar era o problema. Seus engenheiros trabalharam incansavelmente e reuniram dezenas de barcos, unindo-os, conseguiram construir uma gigantesca ponte sobre o mar. Xerxes examinou a construção e a aprovou, mas seus objetivos foram frustrados, pois uma grande tempestade, durante a noite, destruiu a gigantesca ponte.

O que fez o poderoso monarca? Mandou aplicar 300 chibatadas no mar, como castigo pelo acidente. E fez mais. Mandou cortar a cabeça  dos inocentes engenheiros que construíram  a ponte. 

Na oportunidade, ele teria pronunciado a seguinte frase:

"Oh vil curso d’água! Xerxes ordenou sua punição porque você o ofendeu. O grande rei irá cruzá-lo mesmo sem sua permissão porque você é um traiçoeiro e estúpido rio!” 



Em seguida, mandou outra equipe de engenheiros construir uma nova ponte e conseguiu atravessar o famoso estreito e invadir a Grécia.

    

Em outro episódio, em ataque à Grécia, Xerxes encontrou grande resistência dos espartanos, quando 300 guerreiros enfrentaram o grande exército persa no desfiladeiro das Termópilas, sob o comando do general Leônidas. O exército de Xerxes contava com 300 mil combatentes e, depois de três dias de combate, venceram os espartanos. O episódio foi tema de filme, com o nosso compatriota, Rodrigo Santoro, fazendo o papel de Xerxes, (foto) numa caracterização um tanto esdrúxula.

A Pérsia de Xerxes, hoje tem o nome de Irã, governado pelos aiatolás, cujo nome significa: sinais de Deus ou sinais de Alá, seguidores do Profeta Maomé. É o país onde as mulheres são obrigadas a usar véu na cabeça, o hijab, senão, como as águas do Helesponto, também levam chibatadas. Mas eles são bonzinhos, pois em vez de 300 chibatadas, como fazia o malvado Xerxes, eles aplicam apenas 75 nas coitadas infratoras, embora, elas possam também  ganhar alguns anos de cadeia. Arre! Algumas não aguentam o tranco e morrem.  Coitadas!


Afinal, como diz um antigo provérbio:"Cada terra com seu uso, cada roca com seu fuso."







domingo, 1 de outubro de 2023

OS PROTESTANTES E O CULTO A VIRGEM MARIA, ATRAVÉS DO FAMOSO MANIFESTO DE DRESDEN

 



Os protestantes, de um modo geral, não reconhecem o papel de Maria, mãe de Jesus, como a mediadora das graças entre os homens e seu filho e alguns até a relegam a um segundo plano. A escutar as palestras na televisão, proferidas por centenas de pastores, em nosso país, dificilmente você vai ouvir eles falarem de Maria, como fazem, em profusão, os sacerdotes católicos, seguindo uma tradição milenar, que remonta às catacumbas romanas, de veneração a Maria, a mãe de Jesus.
Alguns evangélicos fanáticos, quando indagados sobre o que acham das aparições da Virgem Maria em Lurdes, Fátima e dezenas de outros lugares, respondem com desdém: é obra de Satanás. No passado, houve um fato que estarreceu a opinião pública no Brasil, quando um desses elementos chutou uma estátua de Nossa Senhora Aparecida, durante um programa de televisão, obrigando sua igreja  vir a público para condenar, com veemência, o ato de seu prosélito.

Os fundadores do protestantismo, Lutero e Calvino, eram grandes devotos de Maria. Conta-se que Lutero recitava diariamente o Magnificat.


"Maria é a mulher mais elevada e a pedra preciosa mais nobre no Cristianismo depois de Cristo… Ela é a nobreza, a sabedoria e a santidade personificadas. Nós não poderemos jamais honrá-la o bastante. Contudo, a honra e os louvores devem ser dados de tal forma que não ferem a Cristo nem às Escrituras.”

(Martinho Lutero, Sermão na Festa da Visitação, 1537)


Mas existe, hoje, um documento protestante que procura reconhecer o papel de Maria na vida de todo cristão, seja católico ou protestante. É conhecido como O Manifesto de Dresden e foi publicado em 5 de maio de 1982. Leia, a seguir, alguns trechos do referido documento:

"O documento é chamado de o "Manifesto de Dresden",

no qual um grupo de teólogos protestantes alemães

 reconhecem alguns pontos essenciais da doutrina católica,

 notadamente os referentes à Nossa Senhora.

Curiosamente esse documento não é utilizado,

 nem divulgado, pelos teólogos modernistas-católicos

 (desculpem-nos pelo nome contraditório) promotores

 do "ecumenismo".

Seria de se esperar, caso houvesse realmente interesse

 desses teólogos em promover a "união com nossos irmãos

 separados", em se divulgar amplamente esse manifesto,

 já que eles mesmos o fizeram.

Claro que não existe um grupo que represente o

 pensamento generalizado do protestantismo,

 pois a mentira não tem unidade. No entanto,

 pela importância do local e da época (Alemanha Oriental

 na era comunista), essa oportunidade deveria ser

 amplamente utilizada para promover a "união",

 mas desta vez, na Verdade.


OS PROTESTANTES E NOSSA SENHORA
O Manifesto de Dresden

 

Um grupo de teólogos luteranos (protestantes)

da Alemanha Oriental publicou um texto denominado 

 "Manifesto de Dresden", na revista "Spiritus Domini",

 número 5, em maio de 1982. Eis alguns trechos:

"Em Lourdes, em Fátima e em outros santuários

 marianos, a crítica imparcial se encontra

 diante de fatos sobrenaturais, que tem relação

 direta com a Virgem Mariaseja mediante as aparições,

 seja por causa das graças milagrosas solicitadas

 pela sua intercessão. Estes fatos são tais que

 desafiam toda a explicação natural.

Sabemos ou deveríamos saber que as curas

 de Lourdes e Fátima são examinadas com elevado

 rigor científico por médicos católicos e não-católicos.

 Conhecemos a praxe da Igreja Católica, que deixa

 transcorrer vários anos antes de declarar alguma

 cura milagrosa. Até hoje, 1200 curas

 ocorridas em Lourdes foram pelos médicos

 consideradas cientificamente inexplicáveis. 

 Todavia a Igreja Católica só declarou milagrosas 44 delas.

 Nos últimos 30 anos, 11000 médicos passaram por

 Lourdes. Todos os médicos, qualquer que seja a

 sua religião ou posição científica, tem livre

 acesso ao "Bureau des Constatations Medicales".

 Por conseguinte, uma cura milagrosa é cercada

 das maiores garantias possíveis.

Qual é, pois, o sentido profundo destes milagres

 no plano de Deus? Bem parece que Deus quer

 dar uma resposta irrefutável à incredulidade dos

 nossos dias. Como poderá um incrédulo continuar

 a viver de boa fé na sua incredulidade diante de

 tais fatos? E também nós, cristãos-evangélicos,

 podemos ainda, em virtude de preconceitos,

 passar ao lado destes fatos sem nos aplicarmos

 a um atento exame? Uma tal atitude não implicaria

 grave responsabilidade para nós? Por que um 

 cristão evangélico pode ter o direito de ignorar

 tais realidades pelo fato de se apresentarem

 na Igreja Católica e não na sua comunidade religiosa? 

 Tais fatos não deveriam, ao contrário, levar-nos

 a restaurar a figura da Mãe de Deus na Igreja Evangélica?

Somente Deus pode permitir que Maria se dirija ao mundo,

 através de aparições.

Não nos arriscamos talvez a cometer um erro fatal

 fechando os olhos diante de tais realidades

 e não lhes dando atenção alguma? Cristãos

 Evangélicos da Alemanhadeveremos talvez

 continuar a opor-lhes recusa e indiferença?

 Continuaremos a nos comportar de modo que

 o inimigo de Deus nos mantenha em atitude de

 intencional cegueira?

Não deveremos talvez abrir o nosso coração

 a esta luz que Deus faz brilhar para a nossa salvação?

 Tal problema evidentemente merece exame,: não deve

 ser afastado de antemão, por preconceito,

 pelo único motivo de que tais curas são apresentadas

 pela Igreja Católica. Uma tal atitude acarretaria grave

 dano para nós mesmos e para o mundo inteiro.

Grande responsabilidade nos toca. Temos o direito

 de examinar tias fatos. Não nos é possível passar

 ao largo e encampar tudo no silêncio. Hoje,

 em alguns países, está em causa a existência mesmo

 do Cristianismo. Seria o cúmulo da tolice ignorarmos

 a voz de Deus que fala ao mundo, pela mediação

 de Maria, e dar-lhe as costas, unicamente, porque

 Ele faz ouvir sua voz através da Igreja Católica.

 Como quer que seja, não podemos calar por

 muito tempo sobre tais realidades. Temos que

 examiná-las, sem preconceito, pois é iminente

 uma catástrofe.

Poderia acontecer que, rejeitando ou ignorando

 a mensagem que Deus nos faz chegar através

 de Mariaestejamos recusando a última

 graça que ele nos oferece para a nossa salvação.

 É, por isso, um dever muito grave para todos

 os chefes da Igreja luterana e para outras comunidades 

cristãs examinar tais fatos e tomar uma posição objetiva.

Este dever impõe-se também pelo fato de que a 

 Mãe de Deus não foi esquecida somente depois

 da Guerra dos 30 anos e na época dos livres

 pensadores da metade do século XVIII.

Sufocando no coração dos evangélicos o culto

 da Virgemdestruíram os sentimentos mais

 delicados da piedade cristã.

No seu Magnificat, Maria declara que todas

 as gerações a proclamarão bem-aventurada

 até o fim dos tempos. Todos nós verificamos

 que esta profecia se cumpre na Igreja

 Católica e, nestes tempos dolorosos, com intensidade

 sem precedentes. Na Igreja Evangélicatal profecia

 caiu em tão grande esquecimento que dificilmente

 se encontra algum vestígio da mesma. Ainda

 uma vez estas reflexões nos impõe o dever de examinar

 os fatos acima citados e de tirar dos mesmos todas

 as conclusões pertinentes."


 

 Para citar este texto:
"Os protestantes e Nossa Senhora: o Manifesto de Dresden"
MONTFORT Associação Cultural
http://www.montfort.org.br/bra/imprensa/igreja/igreja20030904_1/
Online, 01/10/2023 às 18:06:53h