quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

QUEM É O JESUS DO NATAL

 




"Aquele menino que foi envolto em panos e deitado na manjedoura é o Rei da glória; aquele que cresceu em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens é o que mediu as águas dos mares na concha da sua mão. Aquele que trabalhou com as mãos calejadas na carpintaria de Nazaré é o mesmo que mediu os céus a palmos e espalhou as estrelas no firmamento. Jesus é a última palavra de Deus aos homens. Ele é o Filho de Deus, o herdeiro de Deus, o criador do universo. Ele é a síntese de todo o fulgor de Deus, a exegese de Deus, o único que pode purificar-nos de todo o pecado. Ele está entronizado acima dos querubins e recebeu o nome que está acima de todo nome! "


Texto de autoria de Hernandes Dias Lopes (foto)
enviado a este blog por Maria Auxiliadora

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quinta-feira, 19 de novembro de 2020

FUI COLEGA DE FACULDADE DO BICHEIRO CASTOR DE ANDRADE




Em 1965, eu estudava direito na Faculdade Nacional de Direito, situada no Largo do Caco, próxima à Praça da República, no Rio de Janeiro. Foi um ano muito tumultuado face à situação política da época, gerada pelos governos  militares e agitação nos meios estudantis.

Eu estudava na turma da noite e entre meus colegas havia um jovem bem apessoado, vestindo ternos requintados, da última moda. Chegava à faculdade num belo carro, trazido por um motorista particular, que ali o aguardava até o final das aulas. Em determinadas ocasiões, mandava o referido motorista levar professores até suas residências, gentileza que, certamente, o favorecia no curriculum acadêmico. 

Era um jovem simpático e bem falante, que  se relacionava bem com os colegas, aos quais costumava exibir um belo revólver, com cabo de madrepérola, arma que sempre o acompanhava. O nome do colega: Castor de Andrade, filho de Eusébio da Andrade, famoso bicheiro do Rio de Janeiro. 

Castor de Andrade não se envolvia nos movimentos estudantis da época, pois seus olhos estavam voltados para as atividades do pai, o jogo do bicho. Com a morte do pai, ele se tornou herdeiro de um grande império, tornando-se um dos homens mais ricos do Brasil, patrocinando escolas de samba, futebol e outras ações voltadas para as comunidades que o cercavam. Morreu de infarto, com a idade de 71 anos, deixando para seus herdeiros uma trágica herança, com numerosos atentados, chegando a 50 o número de mortes pelo controle das atividades criminosas da família. Seu filho, Paulinho  de Andrade, foi assassinado em 1998, a mando do próprio primo, Rogério de Andrade. 

 


A figura da capa deste livro é de Hermes, deus da mitologia grega (Mercúrio para os romanos). Ele é o protetor de vendedores e compradores, carregando na mão o bastão da riqueza e da prosperidade. Este  livro está na amazon.com.br e para comprá-lo e ler no seu computador ou tablet, basta clicar no link, onde tem um resumo completo do mesmo. 



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URBANO VIII, O PAPA DA PROPAGANDA

 


O termo propaganda foi empregado pela primeira vez pelo Papa Urbano VIII, em 1633, quando criou a Congregação de Propagação da Fé, um órgão que tinha por objetivo difundir a fé católica em todo o mundo. 

O termo propaganda vem do latim - propagare - que significa difundir. Propaganda (publicity, em inglês) tem originalmente o sentido de propagação de ideias, enquanto que publicidade (advertising, em inglês) significa a atividade de difundir conceitos com o objetivo de vender alguma coisa. Em nosso país os dois termos são usados como sinônimos, sempre com o sentido de vender alguma coisa ou propagar uma ideia.

 A publicidade nasceu na era industrial com o objetivo de fazer uma ponte entre o fabricante e o mercado, para comunicar aos compradores em potencial as características e a qualidade de seus produtos, induzindo-os a adotarem uma posição favorável aos mesmos. 

Nos mercados dos povos antigos, a publicidade era feita oralmente, face a face. Nas ruas de Atenas e de Roma, os pregoeiros procuravam chamar a atenção dos compradores, conduzindo-os até as tendas onde estavam expostas suas mercadorias. A revista Advertising Age publicou um texto que teria sido escrito por um fabricante ateniense de cosméticos, em período anterior a Cristo, e que dizia o seguinte: “Se queres olhos que brilham, uma cútis sem par, encanto de moça, para sempre ficar, a preços em conta, vá logo comprar os produtos de beleza na Aeschlyptoe”.  

Com o surgimento da imprensa, surgiram os primeiros anúncios. O primeiro anúncio de que se tem notícia teria aparecido no Mercurius Britanicus, em 1625, na Inglaterra, divulgando a publicação de um livro. Já outros historiadores dizem que o primeiro anúncio foi publicado em 1650, no Several Proceedings in Parliament, editado em Londres, oferecendo uma recompensa a quem devolvesse 12 cavalos roubados. Nos Estados Unidos, o primeiro anúncio foi publicado na Gazette, jornal editado por Benjamin Franklin, em 1729, cuja primeira edição trazia um anúncio de sabonete.

 No Brasil, no século XIX, o Diário de Pernambuco publicava os primeiros anúncios sobre escravos foragidos.

Hoje, todos sabemos que a publicidade é a grande alavanca de vendas, seja qual for o produto a ser vendido, porque ninguém compra o que não conhece. Os Publicitários fazem uma antiga comparação entre o ovo da pata e o ovo da galinha O primeiro é maior, mais nutritivo, mas a pata o põe em silêncio. Já o mesmo não acontece com a galinha que, logo que põe o ovo, faz um grande estardalhaço. É por isso que todos nós comemos ovo de galinha e ignoramos o ovo da pata. 

A tarefa de criar a mensagem publicitária e levá-la ao público é executada por empresas especializadas, as agências de propaganda, que são assim definidas pela lei nº 4.680 de 18 de junho de 1965, que regulamentou a atividade no Brasil. “Agência de Propaganda, segundo essa lei, é a pessoa jurídica especializada nos métodos, nas artes e nas técnicas publicitárias, que, através de profissionais a seu serviço, estuda, concebe, executa e distribui propaganda aos veículos de divulgação por ordem e conta de clientes anunciantes, com o objetivo de promover a venda de mercadorias, produtos e serviços, difundir ideias ou informar o público a respeito de organizações ou instituições a que servem”. 


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quinta-feira, 12 de novembro de 2020

UM FEROZ ATAQUE DE ÍNDIOS A UM GRUPO DE ESTUDANTES ALEMÃES QUE CHEGAVAM AO BRASIL



Na década de 20, padres franciscanos alemães fundaram um grande seminário no município de Rio Negro, no Estado do Paraná. Esse seminário, cujo nome era Seminário Seráfico São Luiz de Tolosa, abrigava estudantes  brasileiros, mas também estudantes alemães, que vinham estudar no Brasil.   

Nos primeiros anos de vida do educandário, uma caravana de alunos, vindos da Alemanha, chegou ao Brasil. Eles desceram na estação ferroviária de Rio Negro e tinham que andar três quilômetros, a pé, até chegar ao topo do morro, onde fora construído o seminário. Eles carregavam suas bagagens, portando máquinas fotográficas, binóculos, relógios e outros apetrechos, que os seminaristas brasileiros não possuíam. 

Cansados e sofrendo com o calor (pois era o mês de dezembro), o grupo avançava, lentamente, até chegar a uma pequena ponte sobre o Rio Passa Três, ao sopé do morro do seminário. Nesse momento, foram surpreendidos por um grande alarido e um grupo de índios, com rostos pintados com as cores de guerra, saiu da mata e do terreno sob a ponte, avançando contra os apavorados viajantes, que correram em direção ao aluno que viera buscá-los na estação ferroviária. 

– Fiquem calmos e não reajam – disse o guia. – Entreguem tudo o que eles quiserem. Isso sempre acontece por aqui.

Vestidos de tangas e cocares, os selvagens avançaram com os arcos retesados em direção aos apavorados alemães e os foram despojando de tudo o que traziam. 

Em seguida, os índios se embrenharam na mata, enquanto os viajantes seguiam desolados em direção ao seminário, caminhando pela estrada, de subida íngreme, que ia dar ao São Luís de Tolosa.

 Quando lá chegaram, foram recebidos no salão de festas pelos alunos e professores e, para surpresa deles, no local estavam também os índios, que entregaram aos recém-chegados os objetos roubados na estrada. 

Na verdade, a pretensa tribo era formada por um grupo de alunos do seminário, que resolveu fazer uma recepção diferente aos estudantes alemães, que acreditaram piamente que estavam diante de um ataque de ferozes índios brasileiros.

 Na mata, existia uma trilha que também levava ao seminário e, através dela, conseguiram chegar  bem antes dos viajantes. Depois do grande susto, houve a confraternização.




Prédio majestoso do antigo Seminário Seráfico 
São  Luis de Tolosa, onde hoje funciona a  Prefeitura
e numerosas secretarias do Município de Rio Negro, Paraná.
O prédio é cercado por um magnífico parque florestal, herança deixada pelos frades franciscanos, seguindo os passos de São Francisco de Assis, hoje patrono da ecologia.




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segunda-feira, 26 de outubro de 2020

TRAPACEAR, UMA VELHA TRADIÇÃO BRASILEIRA. APRESENTAMOS UMA HISTÓRIA VERDADEIRA






A preocupação hoje com relação às trapaças é muito grande em nosso país. São os produtos vendidos através de publicidade enganosa, são as bandalheiras na internet, a violação de contas bancárias e muitos outros truques desenvolvidos pelos espertalhões. Precisamos ficar vinte e quatro horas atentos para não sermos enganados. Mas as práticas desonestas com relação aos consumidores não é coisa de nossos dias. Elas sempre existiram. Vou relatar um fato estarrecedor ocorrido em minha infância, que bem demonstra essa afirmação. O texto foi extraído de meu livro Menino Tropeiro. Leia, a seguir:

"Voltando a falar da criação de suínos, um fato me foi narrado nessa época, deixando-me estarrecido, apesar da minha pouca idade. Durante uns feriados, fomos convidados a visitar um fazendeiro rico, cuja propriedade ficava perto do povoado. Ele mandou um empregado com uma carreta, para buscar nossa família. A fazenda era muito bem cuidada, com muitas plantações. A casa principal era grande, pois se tratava de uma família numerosa. O proprietário não se encontrava, pois precisou viajar para tratar dos negócios de suínos, mas sua mulher nos recebeu com muitas atenções. Eles tinham numerosos filhos e um deles, um menino mais ou menos da minha idade, me acompanhava durante todo o tempo. Ele falava pelos cotovelos e um dia me contou que, um ano antes, a criação de porcos da fazenda fora atingida pela peste. Morreram muitos animais - disse-me ele. 

– O prejuízo era muito grande – prosseguiu o menino, cujo nome era João –, mas meu pai teve uma grande ideia ... 

– Que ideia foi essa? 

– Ora, pegamos a banha dos porcos pesteados e a colocamos nas latas até a metade e, depois, completamos com banha boa. 

– Por que até a metade? 

– Ora, porque a banha do porco pesteado é amarelada e a do porco bom é branca. Assim, a banha ruim ficava escondida e o comprador só iria perceber quando tirasse a banha boa da parte de cima. E isso iria demorar, porque as latas eram grandes. 

– Sim, mas aí seria fácil saber quem lhe vendeu essa banha estragada. 

– Meu pai disse ser muito difícil, pois as latas eram todas iguais e, ao chegarem ao frigorífico, ficavam nos depósitos, misturadas a outras latas e, só depois de um tempo, vendidas para os comerciantes. As vendas ao povo seriam feitas em pequenas quantidades, demorando um bom tempo para esses comerciantes darem de cara com a banha amarelada. Então, não adiantava mais chorar, porque a merda já estava completa.

Acabei de ouvir a sinistra história e nada falei. João pediu para eu não contar nada pra ninguém, pois iria complicar a vida de seu pai. Fiquei muito assustado com o fato e lá em casa, sempre que minha mãe comprava banha de porco eu ia verificar sua cor. Graças a Deus, era sempre branca, porque, se fosse amarela, era preciso contar a história para ela. 

Uns tempos depois, viemos a saber que João, um dia, saíra a cavalo pelas matas da fazenda atrás de um novilho e se perdeu. Foi necessário reunir diversos cavaleiros da região para procurá-lo e só o encontraram três dias depois, quase morto, deitado ao pé de uma árvore, tiritando por causa do frio intenso." 



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sexta-feira, 2 de outubro de 2020

ELE ANEXOU AO BRASIL UMA ÁREA EQUIVALENTE AO ATUAL TERRITÓRIO DA ESPANHA


                 




Sem disparar um só tiro, um homem conquista
sozinho quase 500 000 quilômetros quadrados
de território: é o Barão do Rio Branco


A estrela de José Maria da Silva Paranhos Junior, barão do Rio Branco, iluminou por longos anos, os caminhos  da política externa do Brasil. Servindo na Guerra do Paraguai(1865-1870), quando tinha 20 anos, tornou-se amigo de Floriano Peixoto, com quem praticava esgrima. Monarquista e barão do império, a proclamação da República não produziu sequer uma arranhão em sua promissora carreira. Ao contrário, quando a queda da Monarquia já era um fato consumado. Dom Pedro II pedia que comunicassem "ao Rio Branco que ele é um bom servidor do país (...), que ele continue a trabalhar pelo Brasil (...) Eu passo e o Brasil fica".
E, nomeado ministro das Relações Exteriores em 1902, a vida pública do Barão sobreviveria à de Rodrigues Alves e Affonso Pena, presidindo a política externa brasileira durante toda a década.

Como chanceler, Rio Branco empenhou-se vigorosamente em projetar  o nome do Brasil no plano mundial e em resolver os problemas fronteiriços herdados do Império e dos tempos coloniais. Já em 1895, graças à sua argúcia e a seus conhecimentos históricos, o Barão obtivera uma vitória para o Brasil no caso da disputa com a Argentina pelo antigo território das Missões, com 30 621 quilômetros quadrados.

Em 1900, tendo como mediador o Governo suíço, o Brasil teve ganho de causa na questão com a França, envolvendo uma parte do Amapá, zona de litígio com a Guiana Francesa. Cerca de 250.000 quilômetros quadrados foram então incorporados ao território nacional. Depois, vieram as questões do Acre, da lagoa Mirim e do rio Jaguarão, além da pendência com o Peru e torno de uma vasta região da Amazônia, todas elas enfrentadas pelo Barão, já no cargo de ministro das Relações Exteriores (em que permaneceu por três governos sucessivos)).

Se em relação à lagoa Mirim e ao rio Jaguarão o litígio com o Uruguai encontrou fácil solução por meio de uma proposta salomônica do Ministro Rio Branco, que chegou a contentar os próprios uruguaios; se na questão da disputa com o Peru, envolvendo mais de 48 000 quilômetros quadrados da Amazônia, a tese do ministro - que defendia o direito brasileiro do uti possidetis sobre a região- foi vitoriosa; se isso aconteceu em relação aos dois conflitos, no caso com o litígio com a Bolívia, em torno do Acre, a questão era mais complexa. Com seus 143 000 quilômetros quadrados situados entre o Brasil e a Bolívia, numa região de difícil demarcação, o Acre fora sempre um pomo de discórdia a separar os dois países.

Em 1900, os Estados Unidos apoiavam as reivindicações territoriais do Governo boliviano.  Em troca, a Bolívia concedia a uma empresa anglo-norte-americana, o Bolivian Syndicate, um abatimento de 50% nos impostos sobre exportação de borracha, durante dez anos. Depois de algumas tentativas fracassadas de rebelião, a população acreana acabou por levantar-se em armas sob a chefia do caudilho gaúcho Plácido de Castro. Conhecedor das táticas de guerrilha, veterano da rebelião federalista de 1893 no Rio Grande do Sul, onde lutara ao lado dos maragatos, Plácido de Castro, de vitória em vitória, terminou por colocar em cheque a dominação boliviana. Enquanto a luta armada prosseguia, o Barão do rio Branco procurava, pela diplomacia, dar fim ao conflito. Em novembro de 1903, Rio Branco finalmente conseguiu impor  os seus pontos de vista, assinando com o representante boliviano  o Tratado de Petrópolis, pelo qual o Brasil estabelecia sua soberania sobre o Acre, mediante o pagamento de uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas à Bolívia.

Homenageando as habilidades diplomáticas do Barão, Joaquim Nabuco comentou: "O árbitro era obrigado a dar ao Brasil ou tudo ou nada, e ao Barão do Rio Branco devemos o ter nos dado tudo...

(Texto transcrito do Nosso Século - Editora Abril - copyright 1980).

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OPERAÇÃO KAABA – A sensacional narrativa do sequestro de um papa por terroristas islâmicos, no ano de 2035. 

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MENINO TROPEIRO – As aventuras de um menino, no interior da Região Sul do Brasil. 

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terça-feira, 29 de setembro de 2020

HISTÓRIA REAL: UMA APARIÇÃO QUE ASSUSTOU MINHA MÃE NA CALADA DA NOITE

 


A narrativa publicada, a seguir, está  no livro Menino Tropeiro, de autoria do autor deste blog. Trata-se de um caso verídico, vivenciado por sua mãe, uma mulher que tinha sensibilidade paranormal, sensibilidade essa demonstrada em várias oportunidades, ao longo de sua curta existência, pois ela morreu com a idade de apenas 29 anos. A seguir, a narrativa do fato.

"Meu pai tinha uma letra muito bonita, apreciada por todos e ganhava alguns trocados fazendo cópias de certidões no cartório e também coletoria do sr. Otacílio Couto, situado no casarão, aos fundos da escola, do outro lado da estrada estadual. Esse trabalho era feito à noite e, muitas vezes, minha mãe o acompanhava com os filhos pequenos, eu e minha irmã Julieta. Ela ficava conversando na sala do casarão com a mulher de Otacílio. 

Depois de uma dessas noitadas, quando a família, já altas horas, retornou à residência, minha mãe trazia ao colo minha irmã Julieta, que dormia. Ao chegarmos em casa, meu pai abriu a porta e minha mãe se adiantou para levar a criança para o quarto. Mal ela colocou o pé na varanda, recuou muito assustada e falou para meu pai: 

– Heitor, tem alguém em casa. 

– Como pode ter alguém em casa, mulher, se a porta estava fechada.

 – Tem, sim. Eu vi um homem atravessando a varanda em direção ao nosso quarto.

 Diante da convicção da mulher, meu pai entrou em casa, acendeu uma lamparina e penetrou no quarto. Percorreu, a seguir, os outros cômodos e não encontrou ninguém. Voltou-se para minha mãe e falou: 

– Deves estar sonhando, mulher. Não encontrei homem nenhum. 

 – Pois eu vi. Era um homem gordo, de botas e vestia um sobretudo. 

No dia seguinte, em contato com a mulher de Otacílio Couto, minha mãe descreveu a estranha aparição e obteve a informação a respeito de um homem com tais características, falecido na casa, alguns anos antes. A descrição do homem, feita pela vizinha, deixou dona Lina muito impressionada.

 Nos dias seguintes, quando ela ficou sozinha com os filhos, à noite, enquanto meu pai trabalhava no cartório, aconteceram coisas inusitadas. Ela ouvia ruídos pela casa e pedras eram atiradas no telhado, que depois rolavam até o chão. 

Numa noite dessas, quando meu pai chegou em casa, muito assustada, ela lhe relatou os fatos, mas foram por ele desdenhados. Tirou a roupa para dormir, deitou-se na cama e virou-se para a mesinha de cabeceira para apagar a luz da vela, mas, antes que o fizesse, um sopro forte a apagou e ele sentiu o deslocamento de ar em direção a seu rosto. 

Desde então, passou a dar crédito aos relatos de dona Lina e ela resolveu fazer uma novena pela alma daquele homem que, provavelmente, vagava desesperada à procura do descanso eterno. Rezou muito nos dias seguintes e os fenômenos, com o passar do tempo, desapareceram. Daquela data em diante, minha mãe se tornou uma fervorosa adepta do culto às almas do purgatório, que precisavam de ajuda para atravessar o caminho até o paraíso."

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quarta-feira, 9 de setembro de 2020

SANTA TERESA D´ÁVILA, UMA MULHER EXTRAORDINÁRIA

Ver a imagem de origem

  1.    




    1. Teresa nasceu em 1515 em Gotarrendura, uma cidade na província de Ávila, no reino de Castela. Foi criada numa família cristã. Quando ainda era criança, se encantou com a leitura da vida de santos e mártires, tendo mesmo combinado   com o irmão para fugirem para uma região onde cristãos eram martirizados, sendo impedida pelos pais.Com a idade de 20 anos, ingressou na ordem carmelita, quando viveu momentos de relaxamento, até o dia em que teve uma visão do Cristo sofredor, mudando completamente o seu comportamento. Tornou-se grande reformadora  da ordem carmelita, fundando numerosos mosteiros na Espanha. Escreveu vários livros, pregando uma profunda espiritualidade para suas irmãs carmelitas. Santa Teresa deixou-nos várias obras grandiosas e profundas, principalmente escritas para as suas filhas do Carmelo : “O Caminho da Perfeição”, “Pensamentos sobre o Amor de Deus”, “Castelo Interior”, “A Vida”. Morreu em Alba de Tormes na noite de 15 de outubro de 1582 aos 67 anos, e em 1622 foi proclamada santa. O seu segredo foi o amor. Conseguiu fundar mais de trinta e dois mosteiros, além de recuperar o fervor primitivo de muitas carmelitas, juntamente com São João da Cruz. Teve sofrimentos físicos e morais antes de morrer, até que em 1582 disse uma das últimas palavras: “Senhor, sou filha de vossa Igreja. Como filha da Igreja Católica quero morrer”. Teresa é considerada por cristãos e até por ateus, um dos maiores gênios da humanidade. Teve grande influência sobre seus contemporâneos. Manteve contatos, através de correspondência, com as lideranças de seu país. Apesar da doença que atingiu o seu corpo, trabalhava intensamente. Viajou por toda a Espanha. Era uma inteligência brilhante. Conta-se que, ao redigir sua famosas cartas, reunia um grupo de irmãs, encarregadas de transcreve-las, para as quais ditava o conteúdo das mesmas, tratando, simultaneamente, dos assuntos das diversas mensagens, sem perder o controle das mesmas. O fato deixava suas irmãs admiradas. Um pensamento dela ficou famoso, quando disse:" A vida é como uma noite  mal dormida em péssima hospedaria." Teresa foi canonizada 40 anos depois de sua morte pelo papa GregórioXV. No dia 27 de setembro de 1970 o Papa Paulo VI reconheceu-lhe o título de Doutora da Igreja. Sua festa litúrgica é no dia 15 de outubro. Santa Teresa de Ávila é considerada um dos maiores gênios que a humanidade já produziu. Mesmo ateus e livres-pensadores são obrigados a enaltecer sua viva e arguta inteligência, a força persuasiva de seus argumentos, seu estilo vivo e atraente e seu profundo bom senso. Ela é também patrona da Espanha, seu país natal.

    2. Oração escrita por Santa Teresa D´Ávila, que bem reflete o seu profundo pensamento cristão

  1. Nada te perturbe, Nada te espante,
    Tudo passa, Deus não muda,
    A paciência tudo alcança;
    Quem a Deus tem, Nada lhe falta:
    Só Deus basta.

    Eleva o pensamento, Ao céu sobe,
    Por nada te angusties, Nada te perturbe.
    A Jesus Cristo segue, Com grande entrega,
    E, venha o que vier, Nada te espante.
    Vês a glória do mundo? É glória vã;
    Nada tem de estável, Tudo passa.

    Deseja as coisas celestes, Que sempre duram;
    Fiel e rico em promessas, Deus não muda.
    Ama-o como merece, Bondade Imensa;
    Quem a Deus tem, Mesmo que passe por momentos difíceis;
    Sendo Deus o seu tesouro, Nada lhe falta.
    SÓ DEUS BASTA.

  2.                                                              
    O Êxtase de Santa Teresa, estátua de Bernini na igreja de Santa Maria della Vittoria, em Roma. Os profundos êxtases de Santa Teresa são descritos em detalhes em suas obras e inspiraram diversos outros religiosos, principalmente São João da Cruz.



  1.             




















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sábado, 22 de agosto de 2020

FICAMOS JUNTOS DURANTE 62 ANOS E, AGORA, ELA FOI EMBORA ...



Gilda, no vigor de seus 20 anos. Ela morreu com 80.
Para nós, que a conhecemos, valem aquelas palavras do filme:
"Nunca houve uma mulher como Gilda".

Gilda, uma esposa dedicada, uma mãe amorosa, uma avó especial,  mulher de muitos... muitos amigos. A doença a levou, mas ficamos com a lembrança de sua personalidade marcante, de seu temperamento dinâmico, de seu coração generoso. A seguir, um texto em que ela mesma se revela.

 

"Gilda é o meu nome! É de origem teuto germânica, quer dizer valorosa e foi escolhido pelo meu pai. Na Europa pronuncia-se Guilda e na França também é nome masculino. Minha mãe, gostaria de ter me chamado de Leonor mas sinceramente, prefiro o meu nome. Apesar de achar Leonor muito bonito e delicado gosto mais de Gilda por ser menos comum e de bonita grafia. Leonor me lembra uma jóia antiga e muito delicada com pedras verdes. Gilda tem mais a minha cara.

 Nasci em abril, portanto sou ariana um sério problema, pois sou teimosa, explosiva, arrebatada, passional, (agora nem tanto, pois já sou uma mulher madura, mas isso quer dizer apenas que fiquei mais esperta e mais velha também), sou muito apegada a detalhes acho até que exagero, cobrando mais do que devia de mim mesma. Sou muito crítica em relação a minha pessoa.

Sou impulsiva, rebelde, contestadora, ansiosa como só eu mesma. Sou apaixonada pela vida, pela natureza, pelas pessoas. Meu marido costuma dizer que eu me acho. Mas, aquilo que sou realmente capaz de fazer bem feito aí, eu me acho mesmo, não somente por orgulho ou vaidade mas pelo prazer de saber fazer com esmero, capricho, com cuidado. Amorosamente. Meu Deus! Como sou vaidosa! Acho que tenho senso de justiça aguçado mas sou apenas um ser humano passível de erros. Aliás sou cheia de defeitos mas também tenho algumas raras qualidades. 

Sou amiga das pessoas, ajudo no que me for possível, sou amorosa, extremamente romântica, receptiva, não guardo rancores. Enfim, sou de Áries!

 Meus pais foram: Mario, um belo tipo brasileiro. Alto, moreno, esguio e Maria da Piedade uma bonita portuguesinha, baixinha, de cabelos louros e olhos muito azuis que,quando nova era chamada de russa por ser tão loura. Tive apenas um irmão de nome Mario, de quem gosto muito. 

Aos dezoito anos casei-me com meu querido amor, Reinaldo, que tinha à época 27 anos. Isso aconteceu há quase quarenta e oito anos. Reinaldo é filho de Aristotelina Gomes de Sousa e Heitor Sousa, naturais do estado de Santa Catarina no sul do Brasil. Tivemos cinco filhos que nos proporcionaram até o presente momento cinco netos. Por ordem de nascimento são eles: Pedro Henrique de 21 anos, Nina e João Felipe de 19, Fernanda de 17 e o mais novo de todos Ricardo Augusto de 10 anos.* Três filhos nossos moram aqui no Rio, os outros dois moram uma em São Paulo e outro em Santana do Livramento.


Pedro e Nina são morenos e de biotipo bem magro. João, Fernanda e Ricardo são bem claros lembrando tipos europeus. Todos são extremamente bonitos, inteligentes e saudáveis nessa mistura maravilhosa de raças que cambiam em nosso país. Realmente, abaixo da linha do Equador tudo é diferente. Somos mais ardentes, passionais, apaixonados e apaixonantes. Somos assim!


Parece que o verão chegou afinal para nosso tormento. Tanta bobagem escrita apenas para treinar o teclado do computador. Aos poucos vou me acostumando novamente com a posição dos dedos sobre o mesmo. Afinal,eu possuía um diploma (como era chamado nos anos cinquenta) de datilografia. Media quase um metro, um horror! Estou mesmo enferrujada mas vou conseguir. Hei de vencer!  Por hoje é só, pois estou um pouco tonta, mas a posição dos dedos já está se tornando mais fácil. Ontem dia 13 de setembro se completaram 48 anos da morte do meu pai, algo tão distante. Nós éramos muito próximos, gostávamos de sair juntos. Meu pai era tão novo. Quando faleceu tinha apenas 48 anos e eu 18. Ele sentia imenso prazer em apresentar-me às pessoas suas conhecidas. Quando eu tinha 14, 15 anos ele sempre me acompanhava à escola e além de ser, possuía uma aparência tão jovem que as outras alunas achavam que ele era meu namorado. Meu pai morreu muito novo. Não tivemos tempo de nos conhecermos melhor. Ele não pôde ser meu pai por mais tempo.


Hoje já estou um pouco mais ambientada com o teclado mas nem de leve posso imaginar que algum dia conseguirei bater algum texto sem que não possa olhá-lo. Preciso aprender a fazer isso o mais rápido possível, pois o tempo urge, passamos por ele muito depressa. Enquanto espero a hora da novela vou me habituando a digitar, vagarosamente. Quero aprender a passar e-mails para todos. Não quero ser uma pessoa que ficou parada no tempo apenas olhando e limpando a poeira dessa máquina de fazer loucos. Quero ser uma também! Apesar de achar que o computador ainda é uma trapizonga muito cheia de fios, estou começando a gostar da brincadeira, pois assim sinto-me um pouco inserida nesse mundo da informática coisa que jamais pensei que veria. 


Hoje é sexta-feira e faz três dias que comecei esta tarefa insana de querer aprender a digitar. Só mesmo sendo louca! Mas, apesar de tudo vou indo bem.Comecei a usar os sinais que pareciam um grande mistério mas na verdade não são. Agora, vou assistir à novela. Amanhã tem mais."



*Quando ela faleceu, já tinha dois bisnetos: Gael, filho de Fernanda e Lohan, filho de Pedro Henrique.



O mãezona, amiga, incentivadora, guerreira, brigona, colo, sorriso, força, amor, carinho. São tantas coisas que a senhora foi e sempre será em nossa vida que não cabe em palavras todo o privilégio de ter sido um dos passarinhos do seu grande ninho. Passarinho emprestado, nesse grande e generoso ninho. Vou lutar aqui para não deixar a tristeza me invadir, eu sei que a senhora não gostaria e diria com sua voz doce e firme, cara levanta a cabeça, acalma esse coração, estou bem, a vida é uma benção. Fica comigo o imenso carinho, o abraço que era conforto e esse gigantesco amor por todos nós. Mãezinha segue a viagem e que na imensa generosidade divina nos encontraremos para as mais deliciosas risadas. O peito aperta e a responsabilidade aumenta de ser digno do amor que recebi da senhora dona Gilda.