sábado, 17 de novembro de 2012

E, ENTÃO, O SOL PAROU ...SEGUNDO O LIVRO DE JOSUÉ


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                                                       Galileu Galilei

No dia 22 de junho de 1633, na cidade de Roma, se realizava uma reunião do Santo Ofício com o objetivo de julgar  Galileu Galilei por causa de sua teoria do heliocentrismo, segundo a qual a terra girava em torno do sol e não ao contrário, como se acreditava à época. Predominava, então, a teoria do geocentrismo, segundo a qual a terra era o centro do universo e,  em torno dela, girava o sol. Assim, ensinavam Aristóteles e Ptolomeu. Mas a Igreja defendia essa tese baseada principalmente na Bíblia, mais precisamente no Antigo Testamento, livro de Josué (Js 10.12-14), cujo texto mostramos a seguir:

“Então, Josué falou ao SENHOR, no dia em que o SENHOR deu os amorreus na mão dos filhos de Israel, e disse aos olhos dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeão, e tu lua, no vale de Aijalom. E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Isso não está escrito no Livro do Reto? O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro. E não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, ouvindo o SENHOR, assim, a voz de um homem; porque o SENHOR pelejava por Israel.” 

O curioso  é que Galileu baseava seus estudos nas teoria de um cônego católico, o polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) que apresentava argumentos contundentes em favor da tese do heliocentrimo, sendo considerada  uma das teorias científicas mais importantes de todos os tempos e que marcou o início da moderna astronomia.

Para não ser condenado à fogueira, Galileu se retratou, mas, mesmo assim, foi condenado à prisão domiciliar e impedido de publicar suas obras. Conta-se que, ao ouvir a sentença do Santo Ofício, ele teria resmungado: “Epur si muove!”, cuja tradução é “E, no entanto, ela se move!”
A condenação de Galileu Galilei só foi reconsiderada pela Igreja em nossos dias, por iniciativa do papa João Paulo II que o absolveu em 1998.

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