quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

O QUE SIMBOLIZAVAM AS TRÊS TORRES DO SEMINÁRIO SÃO LUÍS DE TOLOSA ?






No livro As Torres das Três Virtudes do autor deste blog, ele fala de uma palestra de cunho espiritual na qual o palestrante, durante um retiro no Seminário São Luís de Tolosa, atribui às três torres que encimam a construção, um simbolismo de cunho espiritual de alta relevância. 

Em tempo: o Seminário São Luís de Tolosa não existe mais. Na década de 40, ele abrigava mais de 300 alunos oriundos de todas as regiões brasileiras. O livro em questão é uma narrativa do autor sobre sua passagem pelo educandário, da qual ele guarda boas reminiscências. No local, hoje funciona a Prefeitura da cidade do Rio Negro ( Estado do Paraná) e várias secretarias. A cidade se orgulha da belíssima construção estilo europeu, feita pelos franciscanos,  de origem alemã, além de um parque ecoturístico de grande relevância, importante atração turística da cidade. Os frades, seus idealizadores,  seguiram seu fundador, São Francisco de Assis, que tinha acentuado respeito pela natureza, respeito esse tão bem expresso no Cântico do Irmão Sol, de sua autoria. Ele é hoje o patrono da ecologia, assim declarado pelo papa Joao Paulo II.



Imagem de São Luís de Tolosa, frade franciscano, de origem nobre, sagrado bispo da cidade de Tolosa (Toulouse), na França, em 30 de dezembro de 1296 pelo papa Bonifácio VIII. 

A seguir, o texto do livro As Torres das Três Virtudes, que explica o simbolismos das mesmas.

"No sábado de Aleluia, seguindo a tradição, alguns alunos prepararam um boneco para a malhação do Judas, mas o padre prefeito não permitiu o espetáculo, ao afirmar que a figura do apóstolo que traiu seu mestre era por demais trágica para ser objeto de risos e brincadeiras. O grupo de malhadores desistiu  da cena   e nunca  mais houve malhação do Judas, nas dependências do Seminário São Luís de Tolosa.

 Para pregação do retiro daquele ano, foi escalado um padre oriundo do Rio de Janeiro, de nome Frei Marcelo.  Ele centrou suas conferências no amor de Cristo, que veio ao mundo para salvar e não para condenar. Suas palestras tiveram grande aceitação por parte dos alunos.

No último dia de pregações, o tema da palestra do jovem frade teve o sugestivo título: As Torres das Três Virtudes, e usou como símbolo, as torres que encimavam a construção do seminário. E as virtudes a que se referia eram as chamadas teologais: Fé, Esperança e Caridade.

– Temos três torres sobre o telhado do São Luis de Tolosa – disse – e, para mim, elas simbolizam as três virtudes teologais, que ligam nossa alma a Deus através de Cristo. E o pregador prosseguiu:

– A primeira torre, à esquerda da construção, se eleva sobre a capela do nosso santo patrono e pode representar a fé, pois ali está o sino que toca três vezes ao dia e nos conclama a oração, que reforça e capacita o nosso intelecto e a nossa vontade a aceitar a palavra de Deus com plena adesão à  autoridade  revelada  por  ela,  através  das escrituras sagradas. Aliás, sobre esse sino – prosegiu o conferencista – quando aqui estudei, circulava uma curiosa história. Alguns anos antes da construção do seminário, morava nas proximidades um casal de colonos e a mulher dizia que ouvia  todos os dias, na hora do Angelus, tocar um sino no alto do morro, onde depois seria construído o seminário. Seu companheiro sorria incrédulo e achava que ela não estava boa da cabeça, até que um dia, quando o seminário foi inaugurado, o sino tocou pela primeira vez e o homem disse à mulher, que ouvia as badaladas vindas da torre da nova construção. Ela, então, lhe confirmou: era esse o toque do sino que sempre ouvira ao longo do tempo.

 A seguir, o pregador se referiu à torre da direita, que representava a esperança, a virtude que dá ao homem a capacidade e a confiança em Deus para merecer a vida eterna.

A terceira torre, a do meio, a mais importante, representava, segundo Frei Marcelo, a caridade, que dá ao  homem  a  capacidade e a vontade de amar a Deus,  amar  a  si  mesmo  e ao próximo, por causa de Deus. E neste ponto, ele citou a primeira epístola de São Paulo aos Conríntios, que diz num determinado trecho: 

Se falar as linguas de homens e anjos, mas não tiver caridade, sou como bronze que soa ou címbalo que retine. Se possuir o dom da profecia, e conhecer todos os mistérios e toda a ciência, e alcançar tanta fé que chegue a transportar montanhas, mas não tiver caridade, nada sou. E, se repartir toda minha fortuna e entregar meu corpo ao fogo, mas não tiver caridade, nada disso me aproveita.”

E o orador concluiu:

– Meus irmãos, são essas as três virtudes teologais, bem representadas pelas torres que se erguem sobre a nossa casa. Elas são três sentinelas, sempre vigilantes, fortes e imponentes. Apontam para o alto, para o céu... apontam para Deus. Quando as comtemplarem, lembrem-se das palavras deste humilde pregador e permaneçam firmes na fé, na esperança e na caridade. E lembrem-se: sem caridade, sem amor, nada somos, como diz o Apóstolo Paulo em sua epístola. Sursum corda, irmãos! Sim, corações ao alto.

As pregações do jovem sacerdote foram bem recebidas pelos alunos, que as aceitaram  de corações abertos. A imagem das  torres, como símbolos concretos das três virtudes, ficaram gravadas nas mentes dos jovens seminaristas durante muito tempo."

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sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

HÉLÈNE GRIMAUD, A FAMOSA PIANISTA QUE TAMBÉM CUIDA DE LOBOS

   

                                    

Hélène Grimaud é uma pianista francesa, considerada uma das mais famosas intérpretes dos grandes clássicos no mundo da música atual. Ficou célebre na Europa, notadamente na França, tendo estudado em vários conservatórios com renomados professores. Hoje, ela vive nos Estados Unidos, onde, além  da carreira artista musical, mantém um centro de conservação de lobos, tendo também publicado três livros sobre sua carreira e prefaciado diversos trabalhos referentes a música e também sobre sua paixão com relação aos lobos. Vejamos mais detalhes sobre esse assunto, de acordo com diversas publicações, nas quais ela fala também sobre outra peculiaridade de sua arte: a sinestesia.

Mas antes é bom lembrar que Hélèle Grimaud já esteve no Brasil em 2013 e deu concertos na Bahia, no Rio de Janeiro e também em São Paulo, oportunidade para o brasileiros admirarem sua maravilhosa arte.





Hélène, atualmente lidera uma fundação na qual  estuda o comportamento dos lobos, depois de obter todos os diplomas necessários. Isto não é um hobby: Héléne Grimaud é correspondente de várias organizações científicas. Mulher solitária e secreta, partilha a sua vida com uma matilha de lobos, da qual nunca se desvia muito tempo.[7] A conservação da música e da vida selvagem pode não parecer ter muito em comum na superfície, mas Grimaud disse que a ajudam a encontrar o que realmente importa. A pianista francesa criou um centro de conservação de lobos em Nova Iorque, porque "eles têm muitos mitos, muitas histórias e mistérios, que não são verdade; é isso que os torna interessantes. Desde 1999, o seu centro tem organizado palestras, visitas guiadas, sessões de cinema e recitais de música.

Pela sua experiência com os lobos diz: "Aprende-se a conhecer outro ser nos seus termos, o que é uma grande lição de humildade, baseada em ouvir e prestar atenção e estar consciente. Trata-se de viver o momento e essa interação tem de ser 100% física, intelectual, emocional, espiritual."[8] Mas não é isso que ele acha mais interessante deste predador em extinção. Os lobos lembram-nos um tema mais amplo que afeta todo o planeta. "É preciso salvar o habitat. Não pode falar a sério sobre a preservação da espécie sem falar da sua casa. É sobre a saúde do ecossistema em geral"

Grimaud tem a capacidade particular conhecida como sinestesia, o que no seu caso a faz representar a música com cores. Às vezes, quando tocas piano ou ouves música, experimentas os sons a cores. A sinestesia é consistente. Para ela, ré menor é sempre azul escurodó menor é sempre preto, o sol é verde é vermelho e si bemol é amarelo. "A cor muda com cada modulação, mas a cor dominante é a da tonalidade em que a peça é escrita. Não acontece sempre que tocas ou ouves música e não ajuda necessariamente a memorizar a música, mas é, no entanto, uma coisa bonita de experimentar", disse.[4]



Referências

 «Helene Grimaud Biography». Consultado em 8 de março de 2021
 «De niña genial a mujer lobo». Consultado em 25 de outubro de 2016
 «Helene Grimaud»Opera World (em espanhol). 19 de setembro de 2013. Consultado em 25 de outubro de 2016
↑ 
Ir para:
a b The Epoch Times (22 de fevereiro de 2016). «Pianist Hélène Grimaud on Her Tribute to Water» (em inglês). Consultado em 25 de outubro de 2016