sexta-feira, 1 de agosto de 2025

ALGUMAS CURIOSIDADES NA VIDA DE UM CABOCLO NO INTERIOR DO BRASIL

 



OS textos apresentados, a seguir, são do livro MENINO TROPEIRO do autor deste blogue, livro que descreve alguns costumes dos caboclos que povoavam o interior do Planalto Catarinense, na década de trinta. Para melhor se informar sobre o assunto, compre o livro: atendimento@clubedeautores.com.br

"João Machadeiro trabalhava de sol a sol, derrubando pinheiros, preparando os rachões para as cercas. Além do trabalho, ele precisava preparar as próprias refeições, o que fazia à noite. Durante o trabalho ele só parava para fazer o seu cigarro de palha, que exigia um ritual todo especial e eu não me cansava de observá-lo. Primeiro, com seu longo facão, cortava o fumo  de rolo em  pedacinhos.  Depois, colocava-os cuidadosamente na palha de milho e a enrolava com cuidado. Agora, era a vez de acender o pito. O acendedor vinha dentro de uma pequena sacola, de onde ele tirava a ponta de um chifre de boi de uns quinze centímetros, cheio com uma espécie de algodão inflamável. Em seguida, encostava na extremidade do chifre uma pederneira (ou pedra de fogo como a chamavam) e, com um pedaço de lima, feria a pedra, arrancando-lhe faíscas, projetadas sobre o algodão, inflamando-o. Então, era só encostar a  ponta do cigarro na brasa e dar as primeiras baforadas. Era uma operação um tanto complicada, mas funcionava, pois fósforo era uma raridade na região e de preço um tanto elevado para a população mais pobre do lugar. É isso mesmo: não existia fósforo para os pobres do lugar e isqueiro eles nem conheciam. Isso, em pleno século XX.

Outra peculiaridade: João Machadeiro não tinha botas, nem sapato, nem chinelo. Ele usava como calçado para andar pela mata, um pedaço de pneu velho, onde  enfiava o pé, prendendo-o com uma espécie de cadarço. Era um tipo de calçado usado por muitos caboclos da região.

Um dia de manhã, eu estava em frente à casa, olhando a paisagem, quando percebi uma fileira de homens se deslocando silenciosamente em direção a Anita Garibaldi. Todos eles  apresentavam  ferimentos diversos, na cabeça, nos braços, nas pernas. Tinham as roupas sujas de sangue. Meu pai se aproximou e perguntou ao último homem da fila o que tinha acontecido e ele fez um relato sucinto:

– Foi briga de pixirum – disse o homem. – Meu compadre José Inácio chamou esse povo pra fazer um roçado na terra dele. No final, deu comida com muita pinga pra todo mundo e tá aí o resultado: foi briga de foice, seu moço.

– E para onde vão, agora?

– Vamos procurar o doutor lá em Anita pra tratar da gente, pois tem homem aí que perdeu muito sangue.

O pixirum, em linguagem cabocla, era um mutirão realizado com frequência na região, quando alguém reunia amigos e conhecidos para a realização de uma tarefa em sua propriedade, como roçado, plantio, colheita, tarefa para muitos braços. No final, o organizador do pixirum oferecia aos participantes um almoço, regado a cachaça, que, geralmente, terminava em briga. E foi isso o que aconteceu com aquela gente." 











segunda-feira, 9 de junho de 2025

FREI ROGÉRIO NEUHAUS - O APÓSTOLO DO PLANALTO CATARINENSE

 

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Frei Rogério Neuhaus nasceu na Alemanha no ano de 1863 e falece no Rio de Janeiro no ano de 1924. Passou grande parte de sua vida no planalto catarinense. no convento franciscano da cidade de Lages, percorrendo a áreas do interior, onde exerceu um trabalho  apostólico da mais elevada relevância, tanto é que o povo do interior, até hoje o considera um santo, pelo trabalho que exerceu junto as suas populações mais pobres. Muitos moradores davam o nome Rogério a um de seus filhos, em homenagem ao grandes apóstolo. O autor deste texto teve um irmão que recebeu esse nome, pois a mãe da família tinha grande veneração pelo frade alemão.
Num subúrbio da cidade de Lages existia mesmo uma capela, que recebeu o nome de Capela Frei Rogério, onde todos os domingos eram celebradas missas com grande afluência de público.

Quando explodiu a chamada Guerra do Contestado, entre os fanáticos de João Maria e o Governo Federal, Frei Rogério enfrentou o perigo e procurou o chefe dos rebeldes,  tentando sustar o conflito, mas seus esforços foram em vão. O fanatismo falava mais alto e o resultado foram mais de 20 mil rebeldes massacrados pelas forças federais que, pela primeira vez no Brasil, empregaram  aviões de combate e artilharia. Frei Rogério se desvelou para minorar os sofrimentos da população que restou depois da guerra.

Frei Rogerio se destacou também como exorcista,  tento participado ativamente de vários episódios, pois parece que naquele tempos, o diabo estava solto. Sobre isso, o  livro sobre Frei Rogério, escrito pelo seu irmão de hábito. Frei Pedro Sinzig, editado pela  Editora Vozes,   relata com minúcias diversos episódios ocorridos com o humilde frade.

Depois de exercer sua atividade pastoral, com grandes sacrifícios, viajando em lombo de burro pelas estradas tortuosas do Planalto Catarinense, Frei Rogério estava com a saúde abalada, sendo transferido pelos seus superiores para o Convento de Santo Antônio, no Rio de Janeiro, onde veio a falecer alguns anos depois.




sexta-feira, 16 de maio de 2025

POR QUE A IGREJA É O SAL DA TERRA?

 


Jesus foi o maior especialista no uso de imagens
para perpetuar verdades. Quando falou da influência
da igreja no mundo usou duas metáforas: sal e luz.
Qual é o significa do sal? 1) O sal é vital para impedir
a decomposição. Antes da invenção da refrigeração,
a carne era preservada pelo uso do sal. Assim como
sal impede a podridão do alimento, a presença da
igreja no mundo é anti-séptica. 2) O sal é importante
para dar sabor. A presença da igreja no mundo dá
tempero à vida e sabor aos relacionamentos na sociedade.
3) O sal é importante para provocar a sede.
A presença de Deus no mundo tem como propósito
despertar as pessoas para conhecerem a Deus.
Texto de Hernandes Dias Lopes, enviado por Maria Auxiliadora
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