
Marcus Tullius Cicero era o seu nome em latim.
Nasceu em Arpino em 3 de Janeiro de 106 a.C e faleceu em Formia a 7 de Dezembro
de 43 a.C. É considerado uma das personalidades mais importantes da história
romana, tendo sido filósofo, orador, escritor, político e advogado, além de
grande defensor da República Romana. Viveu num dos momentos mais conturbados da
história de R0ma, assolada pela guerra civil, entre Pompeu e Júlio César,
resultando na derrota e morte do primeiro. Cícero posicionou-se em favor de
Pompeu, mas, depois da vitória, Júlio César procurou atraí-lo para seu lado,
face às suas qualidades extraordinárias de homem público. Com o assassinato de Júlio
César, dominavam a cena política romana, Otávio, herdeiro do ditador e Marco
Antônio que tinha um profundo ódio a Cícero. Os últimos dias do grande político
romano são narrados por Taylor Galdwell, consagrada escritora inglesa, radicada
nos Estados Unidos, em seu magnífico livro: Um
Pilar de Ferro (Editora Record), cujo texto apresentamos a seguir:
“Devagar a
luz brilhante e dourada abriu-se como uma cortina e por entre as dobras
vibrantes estendeu-se a mão de um homem, firme e jovem, exprimindo amor em
todas as suas curvas, em sua palma virada para cima, nos dedos que o chamavam.
Era ao mesmo tempo a mão de um jovem e de um pai, acalentando, alcançando,
protegendo. Ao vê-la, todo o coração de Cícero agitou-se com ansiedade, alegria
e humildade. E, então, ele ouviu uma voz que parecia tocar as estrelas mais
longínquas:
“Não
temas, pois estou contigo. Não desanimes, pois sou teu Deus. Quando tu passares
por entre as águas eu estarei contigo, e os rios não te submergirão; quando
andares por entre o fogo, não serás queimado e a chama não arderá em ti. Porque
eu, o Senhor teu Deus, seguro a tua mão direita.”
A luz
apagou-se e a mão se retirou e, no entanto, Cícero não sentia mais frio, nem
que estava abandonado e desesperado. Caiu num sono profundo e repousou como uma
criança, o rosto na palma da mão, dormindo como dorme um bebê, com confiança e
sem medo.
Na manhã
seguinte, ele levantou-se, e os escravos se espantaram ao ver a animação de seu
rosto e sua expressão decidida.
- Viajo hoje para a Macedônia - disse ele.
Eles ficaram desanimados. Não obstante, prepararam tudo para ele. O mar estava
mais revolto do que na véspera. Mas havia um barco para a Macedônia no cais e o
barco de Cícero, remado por escravos fortes, dirigiu-se para ele. As ondas levantaram-se
mais alto ainda. Cícero suspirou:
- Temos de
voltar para a vila – disse ele. – Amanhã pode ser mais propício.
É Plutarco
quem dá o relato mais eloquente do último dia do chefe da casa de Cícero:
“Havia em
Gaeta uma capela em homenagem a Apolo, não distante do mar, de onde um bando de
corvos elevou-se, aos gritos, dirigindo-se para a embarcação de Cícero, quando
ele se dirigia para a terra; pousando de ambos os lados do lais de verga,
alguns dos corvos ficaram crocitando, enquanto outros bicavam as pontas das
cordas. Todos a bordo acharam que aquilo era um sinal de mau agouro. Cícero
desembarcou e, logo depois de entrar em casa, foi deitar-se na cama para
descansar um pouco. Muitos dos corvos pousaram junto da janela, crocitando
tristemente. Um deles pousou sobre o leito em que Cícero estava coberto e, com
o bico, tentou pouco a pouco puxar a coberta do rosto dele. Os empregados vendo
aquilo, culparam-se por ficar ali para ver o patrão ser morto e nada fazer para
defendê-lo, enquanto que as criaturas irracionais chegavam para ajudar a cuidar
dele em suas privações imerecidas. Portanto, em parte por súplicas, em parte à
força, pegaram-no e carregaram-no na liteira em direção ao mar.
“Mas,
entrementes, os assassinos tinham chegado, Herênio, um centurião, e Popílio, um
tribuno, a quem Cícero anteriormente defendera, quando ele fora processado pelo
assassínio do pai. Com eles estavam soldados. Encontrando fechadas as portas da
vila, eles as arrombaram. Quando Cícero não apareceu e os que estavam em casa
disseram que não sabiam onde ele se encontrava, dizem que um jovem a quem
Cícero dera uma educação liberal, um escravo liberto de seu irmão Quinto,
chamado Filólogo, informou ao tribuno que a liteira estava a caminho do mar, no
meio do bosque cerrado. O tribuno, levando consigo alguns homens, apressou-se
para o ponto de onde ele deveria sair, enquanto Herênio corria pelo caminho
atrás dele. Cícero o viu correndo e mandou que os servos baixassem a liteira.
Depois, afagando o queixo, como costumava fazer com a mão esquerda, ele olhou
com firmeza para seus assassinos, estando ele todo coberto de pó, os cabelos
desgrenhados, o rosto abatido. Assim, a maior parte dos que estavam ali cobriu
o rosto, enquanto Herênio o matava. Ele tinha posto a cabeça para fora da
liteira e Herênio a degolou. Depois, por ordem de Antônio, também cortou-lhe as
mãos, com as quais foram escritas as Filípicas.
“Quando
esses membros foram levados a Roma, Antônio estava presidindo uma assembleia para
escolha de funcionários públicos. Quando ele soube da notícia, e viu a cabeça e
as mãos, exclamou: ´Agora acabem-se as proscrições!´Mandou que a cabeça e as
mãos fossem pregadas sobre o rostro, de onde falavam os oradores, espetáculo
que os romanos contemplaram tremendo. Eles acreditaram ver ali não o rosto de
Cícero, mas a imagem da própria alma de Antônio.”
O corpo
mutilado de Cícero foi enterrado no local onde fora assassinado.
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