O escritor grego Xenofonte participou de uma das maiores epopeias do mundo antigo. Ele fez parte de uma expedição de 10 mil guerreiros que foram à Pérsia para combater em favor de Ciro o jovem contra seu irmão Artaxerxes II. Os gregos venceram, mas Ciro foi morto depois da batalha de Cunaxa e o exército expedicionário foi traído pelos persas que simularam um acordo de paz. Para isso, convidaram todos os comandantes para um banquete durante o qual eles foram trucidados. Sem lideranças, os gregos tiveram que se retirar através de um território hostil, enfrentando todo tipo de perigo. Xenofonte participou da retirada e foi mesmo um dos comandantes da tropa. Em seu livro Anábasis, ele conta episódios pitorescos, como aquele em que os gregos, ao chegarem a uma aldeia, para agradar o chefe bárbaro, presentearam-no com uma escrava de extraordinária beleza. O chefe não conversou. Ali mesmo, diante da tropa, agarrou a jovem e a estuprou perante os gregos estarrecidos.
Depois de percorrerem caminhos perigosos e desconhecidos, os 10 mil guerreiros gregos chegaram finalmente ao mar e o saudaram com um grito imenso: thálatta, thálatta (o mar! o mar!).
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