Para o escritor Leandro Narloch, em seu livro, Guia
Politicamente Incorreto da História do Brasil, Alberto Santos
Dumont não foi o verdadeiro inventor do avião, mas sim os
irmãos Orville e Wilbur Wrihgt.
Para comprovar sua teoria, ele enumera, entre outros, os seguintes argumentos:
- Enquanto os dois americanos inventavam o avião, Santos Dumont lidava com balões, pois achava que esse seria o veículo aéreo do futuro. O voo dos irmãos aconteceu em 17 de dezembro de 1903, enquanto que o 14 Bis só teve seu voo registrado em 12 de novembro de 1906. O aparelho voou a uma altura de 6 metros, percorrendo 220 metros. Santos Dumont voaria mais uma vez nesse aparelho em 1907. ”Depois de um voo de 30 metros de distância – escreve o escritor -, a máquina se desequilibrou bruscamente e bateu no chão. A asa esquerda despedaçou-se. É instigante imaginar Santos Dumont exatamente nesse momento. Após meses, tentando tirar o aparelho do chão e mantê-lo equilibrado no ar, ele se vê dentro de uma geringonça defeituosa e quebrada. Em silêncio e secretamente deve ter percebido a verdade dolorosa: o 14 Bis não voava. No máximo, dava uns pulinhos”.
Em outro argumento do autor, os irmãos Wrihgt, embora tenham lançado seu primeiro aparelho de uma catapulta, prosseguiram nas pesquisas e, 3 anos antes do voo do 14 Bis, pediram a patente de uma máquina de voar “em que o peso é sustentado por reações resultantes em aeroplano sob um pequeno ângulo de incidência, através da aplicação de força mecânica ou pela utilização da força da gravidade”. Isso lembra um avião, conclui Narloch. Os irmãos conseguiram a patente em maio de 1906, seis meses antes de Santos Dumont voar com o 14 Bis e ganhar o prêmio de 1.500 francos do Aeroclube de Paris.
Ainda segundo o autor, “em 1905, enquanto os irmãos Wright preparavam o Flyer para a venda, Santos Dumont passava tardes soltando pipas e atirando com arco e flecha. Não era só um passatempo francês, mas o aviador tentava aprender mais sobre aerodinâmica e asas planas, uma ciência nova para ele”.
Além de muitos outros argumentos em favor de sua tese, Leandro Narloch conclui que, depois de conhecerem o invento dos irmãos Wrihgt, os franceses esqueceram Santos Dumont.
Leandro Narloch também afirma que Santos Dumont não inventou o relógio de pulso, como se afirma, pois ele já era conhecido desde os tempos de Shakespeare. A rainha Elizabeth I (1533-1603) tinha um. Em 1868, a empresa Patek Philippe reinventou a peça, que também foi usada por militares nos campos de batalha do século 19, como na Guerra Franco-Prussiana.
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